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Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão
15 de Agosto de 2022

Em ambos os lados da estrada que cruza a cidade de Cristalina, no estado de Goiás, milhares de pequenos arbustos invadem a paisagem, interrompendo as sequências de soja e milho. A lavoura, que de longe parece coberta de neve, faz parte de uma revolução silenciosa na agricultura brasileira: o avanço do algodão, uma das maiores cadeias produtivas do país que aposta em um modelo sustentável para atender consumidores cada vez mais exigentes. O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo atrás dos Estados Unidos e também seu principal produtor sustentável, já que 84% possuem o selo internacional Better Cotton Initiative (BCI) que reconhece, entre outras coisas, a redução do uso de agrotóxicos. "O público mudou e as pessoas não querem mais consumir produtos que não estão preocupados em respeitar os ciclos da natureza", disse à AFP Cristina Schetino, entomologista e professora da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em cultivo de algodão. A indústria tenta melhorar a imagem do país no exterior, associada a práticas predatórias da natureza – especialmente na Amazônia –, desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência em 2019; e a do setor, com histórico de trabalho escravo e uso em grande escala de agrotóxicos. Em 2005, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) iniciou a capacitação dos produtores e introduziu protocolos de boas práticas, como o uso eficiente de água e defensivos e a substituição gradual de agroquímicos por fertilizantes biológicos. "É um processo de reeducação, a princípio o agricultor tende a buscar melhores resultados econômicos e lucratividade. Vencida essa etapa(…) o produtor está consciente de que produzindo algodão sustentável ele tem um mercado garantido", afirma Márcio Portocarreiro, diretor-executivo da Abrapa. Em 2012, essas práticas deram origem ao protocolo Algodão Brasileiro Responsável (ABR), certificado complementar ao BCI. Vendidos A Fazenda Pamplona em Cristalina, a 130 quilômetros de Brasília, é uma das maiores do país e expoente da ABR. Com mais de 27 mil hectares plantados, a propriedade, operada pela empresa SLC Agrícola, parece uma pequena cidade no meio do campo. Um espaço para festas, um parque com jogos para crianças, um campo de futebol e outro centro esportivo acompanham um setor de moradia para funcionários: uma forma de proporcionar conforto à mão de obra e se beneficiar da baixa rotatividade, explica Diego Goldschmidt, coordenador de produção de Pamplona. Goldschmidt está de costas para dois enormes fardos de algodão, embalados e identificados com códigos QR que fornecem informações sobre a colheita. "Já estão vendidos", comemora o coordenador da fazenda, que exporta 99% de sua produção, de mais de 600 mil toneladas em 2021. O algodão sustentável é vendido até 10% a mais que o algodão convencional do mercado. "Além de estar fazendo o certo perante a sociedade, meio ambiente, você está agregando valor ao seu produto", explica Goldschmidt. Desafios Entre as práticas sustentáveis, os produtores estão recorrendo a drones para pulverizar agrotóxicos de forma mais eficiente e foi implantado um programa de rastreamento, em parceria com marcas brasileiras de roupas, que permite ao consumidor acompanhar desde a colheita no campo até a confecção da roupa. Além disso, na última safra, 34% dos defensivos químicos foram substituídos por biológicos, segundo a Abrapa. Apesar de ser chamado de sustentável, esse tipo de algodão não é 100% orgânico porque ainda é uma das culturas com maior uso de agroquímicos, mais que o dobro da soja por hectare. Schetino cita a praga do gorgulho, inseto que se alimenta dos botões do algodoeiro, e a falta de produtos biológicos para combatê-la, entre os motivos. "Ainda depende-se muito de insumos sintéticos e vários deles são sim impactantes do ponto de vista ambiental", resume a professora. Uma meta ambiciosa No Brasil, são cultivados aproximadamente 1,6 milhão de hectares de algodão para uma produção de quase 2,4 milhões de toneladas na última safra. China, Vietnã, Paquistão e Turquia são os principais compradores desse material para a indústria têxtil. Depois de ter multiplicado por 15 o volume de exportações nos últimos 20 anos, a Abrapa trabalha com a ambiciosa meta de tornar o Brasil o maior exportador em 2030. Dessa forma, Goldschmidt confia que se o país "ainda não é bem visto" do ponto de vista ambiental, esse momento chegará.   Leia Mais: Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão - Internacional - Estado de Minas Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão (correiobraziliense.com.br) Mídia: Estado de Minas – 11/08/2022

Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão
15 de Agosto de 2022

Em ambos os lados da estrada que cruza a cidade de Cristalina, no estado de Goiás, milhares de pequenos arbustos invadem a paisagem, interrompendo as sequências de soja e milho. A lavoura, que de longe parece coberta de neve, faz parte de uma revolução silenciosa na agricultura brasileira: o avanço do algodão, uma das maiores cadeias produtivas do país que aposta em um modelo sustentável para atender consumidores cada vez mais exigentes. O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo atrás dos Estados Unidos e também seu principal produtor sustentável, já que 84% possuem o selo internacional Better Cotton Initiative (BCI) que reconhece, entre outras coisas, a redução do uso de agrotóxicos. "O público mudou e as pessoas não querem mais consumir produtos que não estão preocupados em respeitar os ciclos da natureza", disse à AFP Cristina Schetino, entomologista e professora da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em cultivo de algodão. A indústria tenta melhorar a imagem do país no exterior, associada a práticas predatórias da natureza – especialmente na Amazônia –, desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência em 2019; e a do setor, com histórico de trabalho escravo e uso em grande escala de agrotóxicos. Em 2005, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) iniciou a capacitação dos produtores e introduziu protocolos de boas práticas, como o uso eficiente de água e defensivos e a substituição gradual de agroquímicos por fertilizantes biológicos. "É um processo de reeducação, a princípio o agricultor tende a buscar melhores resultados econômicos e lucratividade. Vencida essa etapa(…) o produtor está consciente de que produzindo algodão sustentável ele tem um mercado garantido", afirma Márcio Portocarreiro, diretor-executivo da Abrapa. Em 2012, essas práticas deram origem ao protocolo Algodão Brasileiro Responsável (ABR), certificado complementar ao BCI. Vendidos A Fazenda Pamplona em Cristalina, a 130 quilômetros de Brasília, é uma das maiores do país e expoente da ABR. Com mais de 27 mil hectares plantados, a propriedade, operada pela empresa SLC Agrícola, parece uma pequena cidade no meio do campo. Um espaço para festas, um parque com jogos para crianças, um campo de futebol e outro centro esportivo acompanham um setor de moradia para funcionários: uma forma de proporcionar conforto à mão de obra e se beneficiar da baixa rotatividade, explica Diego Goldschmidt, coordenador de produção de Pamplona. Goldschmidt está de costas para dois enormes fardos de algodão, embalados e identificados com códigos QR que fornecem informações sobre a colheita. "Já estão vendidos", comemora o coordenador da fazenda, que exporta 99% de sua produção, de mais de 600 mil toneladas em 2021. O algodão sustentável é vendido até 10% a mais que o algodão convencional do mercado. "Além de estar fazendo o certo perante a sociedade, meio ambiente, você está agregando valor ao seu produto", explica Goldschmidt. Desafios Entre as práticas sustentáveis, os produtores estão recorrendo a drones para pulverizar agrotóxicos de forma mais eficiente e foi implantado um programa de rastreamento, em parceria com marcas brasileiras de roupas, que permite ao consumidor acompanhar desde a colheita no campo até a confecção da roupa. Além disso, na última safra, 34% dos defensivos químicos foram substituídos por biológicos, segundo a Abrapa. Apesar de ser chamado de sustentável, esse tipo de algodão não é 100% orgânico porque ainda é uma das culturas com maior uso de agroquímicos, mais que o dobro da soja por hectare. Schetino cita a praga do gorgulho, inseto que se alimenta dos botões do algodoeiro, e a falta de produtos biológicos para combatê-la, entre os motivos. "Ainda depende-se muito de insumos sintéticos e vários deles são sim impactantes do ponto de vista ambiental", resume a professora. Uma meta ambiciosa No Brasil, são cultivados aproximadamente 1,6 milhão de hectares de algodão para uma produção de quase 2,4 milhões de toneladas na última safra. China, Vietnã, Paquistão e Turquia são os principais compradores desse material para a indústria têxtil. Depois de ter multiplicado por 15 o volume de exportações nos últimos 20 anos, a Abrapa trabalha com a ambiciosa meta de tornar o Brasil o maior exportador em 2030. Dessa forma, Goldschmidt confia que se o país "ainda não é bem visto" do ponto de vista ambiental, esse momento chegará.   Leia Mais: Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão (opovo.com.br) Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão - #Acesse Política | O site de política mais acessado da Bahia! (acessepolitica.com.br) Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão - Jornal de Brasília (jornaldebrasilia.com.br) Mídia: O Povo – 11/08/2022

Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão
15 de Agosto de 2022

Em ambos os lados da estrada que cruza a cidade de Cristalina, no estado de Goiás, milhares de pequenos arbustos invadem a paisagem, interrompendo as sequências de soja e milho. A lavoura, que de longe parece coberta de neve, faz parte de uma revolução silenciosa na agricultura brasileira: o avanço do algodão, uma das maiores cadeias produtivas do país que aposta em um modelo sustentável para atender consumidores cada vez mais exigentes. O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo atrás dos Estados Unidos e também seu principal produtor sustentável, já que 84% possuem o selo internacional Better Cotton Initiative (BCI) que reconhece, entre outras coisas, a redução do uso de agrotóxicos. "O público mudou e as pessoas não querem mais consumir produtos que não estão preocupados em respeitar os ciclos da natureza", disse à AFP Cristina Schetino, entomologista e professora da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em cultivo de algodão. A indústria tenta melhorar a imagem do país no exterior, associada a práticas predatórias da natureza – especialmente na Amazônia –, desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência em 2019; e a do setor, com histórico de trabalho escravo e uso em grande escala de agrotóxicos. Em 2005, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) iniciou a capacitação dos produtores e introduziu protocolos de boas práticas, como o uso eficiente de água e defensivos e a substituição gradual de agroquímicos por fertilizantes biológicos. "É um processo de reeducação, a princípio o agricultor tende a buscar melhores resultados econômicos e lucratividade. Vencida essa etapa(…) o produtor está consciente de que produzindo algodão sustentável ele tem um mercado garantido", afirma Márcio Portocarreiro, diretor-executivo da Abrapa. Em 2012, essas práticas deram origem ao protocolo Algodão Brasileiro Responsável (ABR), certificado complementar ao BCI. Vendidos A Fazenda Pamplona em Cristalina, a 130 quilômetros de Brasília, é uma das maiores do país e expoente da ABR. Com mais de 27 mil hectares plantados, a propriedade, operada pela empresa SLC Agrícola, parece uma pequena cidade no meio do campo. Um espaço para festas, um parque com jogos para crianças, um campo de futebol e outro centro esportivo acompanham um setor de moradia para funcionários: uma forma de proporcionar conforto à mão de obra e se beneficiar da baixa rotatividade, explica Diego Goldschmidt, coordenador de produção de Pamplona. Goldschmidt está de costas para dois enormes fardos de algodão, embalados e identificados com códigos QR que fornecem informações sobre a colheita. "Já estão vendidos", comemora o coordenador da fazenda, que exporta 99% de sua produção, de mais de 600 mil toneladas em 2021. O algodão sustentável é vendido até 10% a mais que o algodão convencional do mercado. "Além de estar fazendo o certo perante a sociedade, meio ambiente, você está agregando valor ao seu produto", explica Goldschmidt. Desafios Entre as práticas sustentáveis, os produtores estão recorrendo a drones para pulverizar agrotóxicos de forma mais eficiente e foi implantado um programa de rastreamento, em parceria com marcas brasileiras de roupas, que permite ao consumidor acompanhar desde a colheita no campo até a confecção da roupa. Além disso, na última safra, 34% dos defensivos químicos foram substituídos por biológicos, segundo a Abrapa. Apesar de ser chamado de sustentável, esse tipo de algodão não é 100% orgânico porque ainda é uma das culturas com maior uso de agroquímicos, mais que o dobro da soja por hectare. Schetino cita a praga do gorgulho, inseto que se alimenta dos botões do algodoeiro, e a falta de produtos biológicos para combatê-la, entre os motivos. "Ainda depende-se muito de insumos sintéticos e vários deles são sim impactantes do ponto de vista ambiental", resume a professora. Uma meta ambiciosa No Brasil, são cultivados aproximadamente 1,6 milhão de hectares de algodão para uma produção de quase 2,4 milhões de toneladas na última safra. China, Vietnã, Paquistão e Turquia são os principais compradores desse material para a indústria têxtil. Depois de ter multiplicado por 15 o volume de exportações nos últimos 20 anos, a Abrapa trabalha com a ambiciosa meta de tornar o Brasil o maior exportador em 2030. Dessa forma, Goldschmidt confia que se o país "ainda não é bem visto" do ponto de vista ambiental, esse momento chegará.   Leia Mais: Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão | Brasil: Diario de Pernambuco Brasil inova na produção de algodão com modelo sustentável | ND Mais Mídia: Diário de Pernambuco – 11/08/2022

Congresso do Algodão proporcionará conexões com temas atuais e demandas do setor algodoeiro
12 de Agosto de 2022

Produtores, pesquisadores, empresários e influentes lideranças do setor cotonicultor se reunirão entre os dias 16 e 18 de agosto, em Salvador, no 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA). Serão ciclos de palestras para discutir temas da atualidade no mercado da pluma, os desafios e as perspectivas da fibra brasileira. A programação diversificada tratará ainda de tendências, políticas para o setor, pesquisa, uso da tecnologia e da inovação para melhor gerir as fazendas. A cerimônia de abertura, às 9h, do dia 16, será feita pelo presidente da entidade organizadora do evento, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato. O tema desta edição será “Algodão brasileiro – desafios e perspectivas no novo cenário mundial". A expectativa de Busato é de que seja um debate assertivo sobre os desafios e oportunidades da cotonicultura do País. "A cada nova edição do Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), nós, produtores, através da Abrapa, nos preparamos para fazer se não o maior, o melhor, desde o primeiro, realizado em 1997. Nesta edição, não será diferente e por isso focamos em uma programação diversificada que atenda a diferentes interesses”, disse Busato. O evento é o principal encontro da cadeia produtiva do algodão e esta é a segunda vez que se realiza na Bahia, segundo maior produtor nacional da pluma. Reconhecidos nomes estarão presentes nas Plenárias, Salas Temáticas e Workshops nos dias do encontro, no Centro de Convenções da capital baiana. Até o momento, mais de 2.450 congressistas se inscreveram para participar dos painéis e acompanhar os diferentes assuntos que serão tratados pelos 121 palestrantes convidados. Toda a programação do 13º CBA está disponível no site  http://congressodoalgodao.com.br  ou pelo aplicativo Congresso do Algodão, basta fazer download nos sistemas Android e IOS.

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
12 de Agosto de 2022

​- Destaque da Semana – O algodão fechou os últimos 7 dias em forte alta, com notícias do agravamento da seca no Texas, dólar em queda, e altas nos grãos, energia, e bolsas de valores.  Mercado realizando no momento, mas com foco no * relatório mensal do USDA* que sai logo mais às 13hs (Brasília). - Algodão em NY – O contrato Dez/22 fechou ontem a 104,59 U$c/lp (+10,5%). Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 86,60 U$c/lp (+5,92%) e o Dez/24 a 83,55 (+5,28%) para a safra 2023/24. - Preços (11/07), o algodão brasileiro estava cotado a 123,0 U$c/lp (+675 pts) para embarque em Out-Nov/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). - Altistas 1 – Semana passada, o USDA classificou quase 50% da safra do Texas como ruim a muito ruim.  No entanto, muitos analistas estão prevendo que a situação é ainda pior que a divulgada pelos órgãos oficiais. - Altistas 2 – Nos EUA, além de quantidade, as preocupações vão além da quantidade: qualidade também está sendo um foco de atenção. - Altistas 3 – A previsão de seis a 10 dias indica temperaturas acima do normal e chuvas abaixo do normal para o oeste do Texas, enquanto o de oito a 14 dias tem temperaturas e precipitações acima do normal. - Altistas 4 – O dólar caiu esta semana com notícias positivas sobre inflação nos EUA.  A taxa medida em julho no país (anualizada) foi 8,5%, contra 9,1% de junho, muito alta para o padrão americano. - Altistas 5 – Há quase um consenso que os números de oferta serão reduzidos no relatório de hoje do USDA.  A questão é quanto. Possivelmente, estes números ainda não serão os finais. - Baixistas 1 – Os números de consumo podem ser reduzidos no relatório de hoje, afinal, os dados macroeconômicos globais seguem preocupando. - Baixistas 2 – As tensões geopolíticas, a guerra na Ucrânia e a infindável batalha pela Covid-zero na China são também fatores de preocupação. - China - A China é um dos países que mais preocupa em termos de demanda total de algodão.  Entretanto, com o banimento de exportações de artigos feitos com algodão de Xinjiang, precisará de algodão importado se quiser continuar sendo o maior exportador de produtos têxteis do mundo. - Índia – Para aumentar o comércio com a Austrália, o governo indiano firmou um Acordo de Cooperação Econômica e Comércio. A Austrália fornecerá algodão isento de impostos para o mercado indiano. - Paquistão - A safra de algodão 2022/23 do País continua sob pressão, pois as estimativas foram reduzidas na semana passada para menos de 1,25 mi toneladas, contra a estimativa mais recente do USDA de 1,35 mi. -  Congresso 1 - O 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) começa na terça (16) e vai até 18/08, em Salvador (BA). O tema deste ano é "Algodão brasileiro – desafios e perspectivas no novo cenário mundial". - Congresso 2 – O congresso é organizado pela Abrapa e terá programação diversificada, com plenárias tratando de tendências, políticas para o setor, pesquisa, tecnologia e inovação. - Congresso 3 – Com o objetivo de atrair a atenção do mercado têxtil global, pela primeira vez a abertura do Congresso Brasileiro do Algodão será transmitida online exclusivamente para os clientes internacionais. - Congresso 4 – A transmissão ao vivo para clientes internacionais é uma iniciativa do projeto Cotton Brazil, iniciativa da Abrapa em parceria com Anea e Apex Brasil. - Exportações 1 - Maior compradora de algodão brasileiro no mundo, a China reduziu sua participação das exportações do Brasil de 30% para 27% no ciclo 2021/22 (Agosto de 21 a Julho de 22) - Exportações 2 – Na sequência, os maiores compradores de algodão do Brasil foram Vietnã (16%), Turquia (13%), Bangladesh (12%), Paquistão (11%) e Indonésia (9%). - Colheita 2021/22 - Até ontem (11/08):  BA (83%); GO (81%); MS: (87%); MT (74%); MG (66%); SP (98%); PI (88%); MA (39%); PR (100%). Total Brasil: 75% colhido. - Beneficiamento 2021/22 - Até ontem (11/08):  BA (43%); GO (42%); MA (12%) MS (36%); MT (23%); MG (38%); SP (98%); PI (34%); PR (94%). Total Brasil: 28% beneficiado. - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

13° Congresso Brasileiro do Algodão 2022
11 de Agosto de 2022

Com a realização do Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), todos os setores se encontram na busca pelo fortalecimento da cadeia produtiva. O evento chega a 13ª edição em um ritmo acelerado de crescimento, sustentado pela programação científica qualificada e pelas inovações. Para manter o desejo entre os congressistas, pesquisadores e patrocinadores de marcar presença no CBA, a Abrapa trabalha, incessantemente, com as Comissões Organizadora, Científica e equipe técnica do CBA, durante 2 anos, para marcar o evento como o maior encontro da cadeia produtiva do algodão no Brasil, garantindo uma experiência valiosa a todos que passam pelo evento. Com uma programação diversificada, o Congresso une pesquisa, tecnologia e networking. Durante os três dias do evento é possível ouvir grandes nomes que acompanham as tendências e políticas para o setor, participar dos debates sobre novas técnicas para as lavouras e fechar importantes negócios na área de exposição.   Leia Mais: 13° Congresso Brasileiro do Algodão 2022 (agrolink.com.br) Mídia: Agro Link – 10/08/2022

Agricultores brasileiros apostam em algodão ambientalmente amigável
11 de Agosto de 2022

A estrada através de Cristalina, Brasil, fica no meio dos trópicos, mas os campos de ambos os lados parecem cobertos de neve -- pequenos sopros brancos de algodão que se estendem até o horizonte. As plantas de alabastro intercaladas com os campos de milho e soja fora da cidade do centro-oeste fazem parte de uma revolução silenciosa no Brasil: diante da atenção negativa sobre o impacto ambiental da indústria do agronegócio, os agricultores estão cada vez mais se voltando para o algodão e adotando técnicas sustentáveis para produzi-lo. Depois de aumentar as exportações 15 vezes nas últimas duas décadas, o Brasil é hoje o segundo maior fornecedor de algodão do mundo, atrás dos Estados Unidos -- e o maior produtor de algodão sustentável. Nada menos que 84% do algodão cultivado na gigante agrícola sul-americana é certificado pela Better Cotton Initiative (BCI), um grupo internacional sem fins lucrativos para promover a agricultura sustentável do algodão. "Os consumidores mudaram. As pessoas não querem comprar produtos mais do que não respeitam a natureza e seus ciclos", diz a entomologista Cristina Schetino, da Universidade de Brasília, especialista em algodão. A indústria está tentando melhorar a imagem internacional da agricultura brasileira, manchada por uma história de trabalho escravo, uso intenso de agrotóxicos e destruição da floresta amazônica para a agricultura, tendência que tem acelerado sob o presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro -- aliado do agronegócio. Em 2005, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) lançou um programa de treinamento em sustentabilidade para os agricultores e introduziu protocolos sobre o uso eficiente de água e agrotóxicos e a eliminação de produtos tóxicos em favor de fertilizantes biológicos. Um novo programa de rastreamento lançado com marcas brasileiras de vestuário, entretanto, permite que os consumidores verifiquem como os produtos de algodão foram produzidos. Na última temporada, os produtores de algodão no Brasil substituíram 34% dos agrotóxicos químicos por biológicos, diz a Abrapa. Eles também começaram a usar drones para aplicar pesticidas de forma mais eficiente. Mudar para técnicas sustentáveis é "um processo de reeducação", diz o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarreiro. "No início, os agricultores tendem a pensar virilmente sobre o impacto em seus resultados. Mas quando eles passam por essa fase... eles percebem que a agricultura de forma sustentável lhes dá um mercado garantido", disse à AFP. Valor agregado Localizada fora de Cristalina, a cerca de 130 quilômetros ao sul de Brasília, capital, a Fazenda Pamplona é uma das maiores defensoras do algodão sustentável no Brasil. A operação de 27.000 hectares, dirigida pela gigante do agronegócio SLC Agricola, é como uma pequena cidade no meio do campo, com um salão de banquetes, um parque infantil, campos esportivos e moradia para os funcionários. A fazenda tem como objetivo reter os trabalhadores criando uma casa onde eles vão querer ficar, diz o coordenador de produção Diego Goldschmidt. Ele está na frente de dois enormes fardos de algodão, rotulados com códigos QR que detalham sua colheita. "Estes já estão vendidos", ele sorri. A fazenda produziu mais de 600.000 toneladas no ano passado, 99% dela para exportação. O algodão sustentável vende por preços até 10% mais altos que o algodão convencional. "Além de ser a coisa certa a fazer para a sociedade e para o meio ambiente, ela fornece valor agregado", diz Goldschmidt. Mirando alto Mas o algodão continua sendo uma das culturas mais intensivas em pesticidas, usando mais que o dobro da soja por hectare. O problema é a prevalência de pragas como os maldoses de boll e a ausência de produtos orgânicos para detê-los, diz Schetino. "Ainda há muita dependência de produtos químicos, que têm um impacto ambiental negativo", diz o entomologista, que está pesquisando alternativas. O Brasil cultiva cerca de 1,6 milhão de hectares de algodão por ano. É um fornecedor-chave para a indústria global de vestuário, exportando para pessoas como China, Vietnã, Paquistão e Turquia. A Abrapa estabeleceu a ambiciosa meta de superar os EUA para se tornar a maior fornecedora de algodão do mundo em 2030. "O Brasil pode ainda não ter uma boa imagem sobre a agricultura sustentável", diz Goldschmidt. "Mas nós vamos em breve. Há muito potencial." Leia Mais: Agricultores brasileiros apostam em algodão ambientalmente amigável (yahoo.com) Mídia: AFP – 10/08/2022

Relatório de Safra agosto/2022
11 de Agosto de 2022

Até o dia 04 de agosto, 61% da área total de algodão foi colhida nas regiões produtoras do País. Os dados constam no Relatório de Safra de agosto/2022, divulgado nesta semana, pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).  Na sequência, os fardos do algodão em caroço são levados aos pátios das algodoeiras para serem beneficiados (separação da pluma e do caroço). A estimativa é que 23% da produção da safra 2021/2022, no Brasil, já foi beneficiada.   Fechamento das exportações 2021/2022 O Brasil exportou 1,68 milhão de toneladas no acumulado de agosto de 2021 a julho de 2022, totalizando uma receita de US$ 3,222 bilhões. O volume embarcado foi 29,8% inferior ao registrado no mesmo período de 2020/2021. O superávit da balança comercial do algodão brasileiro foi de US$ 3,208 bilhões, no acumulado de agosto de 2021 a julho de 2022, valor 14,5% inferior ao mesmo período, na temporada 2020/2021. O preço médio da pluma eportada foi 21,9% maior no acumulado, mas o menor volume embarcado reduz as receitas totais brasileiras.   Principais compradores A China é o principal destino da pluma brasileira no exterior (455 mil toneladas) e representou 27% das exportações acumuladas. A participação do país caiu em relação ao ano comercial anterior, quando foi o destino de 30% das exportações totais brasileiras. Apesar do menor volume total exportado, 13 países aumentaram as importações brasileiras, com destaque para Índia (12,7 mil toneladas), Filipinas (1,4 mil toneladas) e Portugal (1,4 mil toneladas). Fonte: ComexStat – ME, agosto/2022.   Leia na íntegra o relatório: Relatorio_safra_Abrapa.09Ago2022.pdf