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Orientação aos laboratórios
29 de Maio de 2023A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) deu início à agenda de visitas técnicas aos laboratórios participantes do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), em 2023. O primeiro a receber o time do programa de Qualidade da Abrapa foi o laboratório da Associação Sul Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul), no dia 23 de maio, na cidade de Chapadão do Sul. A visita foi realizada pelo assistente do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), Deninson Lima, que viajou acompanhado do técnico Alexandre Alves. As vistorias técnicas fazem parte do Terceiro Pilar do programa SBRHVI, de orientação aos laboratórios. Na ocasião, os técnicos da Abrapa foram recebidos pelo gestor do laboratório da Ampasul, Renato Marinho de Souza. Segundo Deninson, a visita técnica avalia se o laboratório cumpre os requisitos do programa SBRVI, assim como analisa a sua evolução, desde a implantação do programa. Este ano, o foco sul mato-grossense é a implementação do Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ), de acordo com a norma ABNT ISO/IEC 17.025 de 2017. ""Constatamos um grande amadurecimento em relação ao SGC, quanto à documentação. Eles também visam dar entrada, em breve, no processo de acreditação da Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (CGCRE), o único organismo reconhecido pelo Governo Brasileiro para essa finalidade"", disse. Para Renato Souza, a visita foi muito produtiva. ""Além de abordarmos o preenchimento de todos os itens obrigatórios da lista de Verificação e Diagnóstico de Conformidade do Laboratório (VDCL), conversamos sobre a implementação da normativa, a preparação para a visita dos auditores, e fizemos alinhamentos em relação aos procedimentos adotados pelo CBRA sobre melhores práticas para análise do algodão. São oportunidades de atualização muito positivas"", concluiu o gestor. 29.05.2023 Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 9 8881-8064
Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
26 de Maio de 2023Destaque da Semana – O impasse político nos EUA com o teto de gastos, aliado às chuvas que caíram no Texas, fez com que o algodão tivesse a maior queda entre as commodities agrícolas esta semana. Algodão em NY 1 – O contrato Jul/23 fechou ontem a 80,12 U$c/lp (-7,5%). Algodão em NY 2 - Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 78,50 U$c/lp (-6,2%) e o Dez/24 a 76,30 (-2,2%) para a safra 2023/24. Basis Ásia (25/05), o Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 903 pts para embarque próximo (Middling 1-1/8"" (31-3-36), fonte Cotlook) Baixistas 1 – O foco do mercado continua nas negociações sobre a solução do teto da dívida dos EUA antes do prazo limite de 1º de junho. Baixistas 2 – Além do teto de gastos, as incertezas sobre a política de juros impactam os mercados. Com isso, o dólar americano tem subido, o que pressiona as commodities. Baixistas 3 – No algodão, chuvas em um momento chave no Oeste do Texas esta semana pressionaram as cotações. Altistas 1 – Apesar das chuvas recentes no Texas, as perspectivas de clima para o estado neste verão são de temperaturas de mais de 2 graus Fahrenheit acima da média e a precipitação abaixo do normal em quase todo o estado (DTN). Altistas 2 – Os preços internos na China se mantém mais altos e continuam favorecendo a importação de algodão. Altistas 3 – A safra chinesa está tendo um início ruim e a redução de produção para 23/24 pode ser maior que o estimado. EUA 1 - O plantio de algodão nos EUA chegou a 45% da área, aumento de 10pp em relação à semana passada, mas atrás do ano passado (52%) e dos cinco anos (50%). EUA 2 - Chuvas caíram no Oeste do Texas. Nos últimos sete dias a região recebeu entre 13mm e 90mm em um momento importante para garantir o plantio. EUA 3 - O relatório de Monitoramento de Seca dos EUA desta quinta-feira continuou mostrando condições de seca na região Oeste do Texas, mas com melhora da umidade. EUA 4 - O ano passado foi um ano desastroso para o algodão do Oeste do Texas. Em um ano típico, a região de South Plains recebe cerca de 460mm de chuva. Em 2022, Lubbock recebeu apenas 400mm, com mais de um terço somente em agosto. China 1 - No gigante asiático, o mercado continua melhorando, com demandas crescentes e negócios de importação acontecendo em bom ritmo. China 2 - O plantio de algodão na China segue em andamento. Em Xinjiang (90% da área), o clima tem prejudicado o bom andamento. Além disso, os agricultores foram incentivados a mudar do algodão para os grãos. China 3 - Assim, USDA reduziu a projeção de área plantada no país em 4,8%, mas a Beijing Cotton Outlook mostra uma redução de 7%. Esta queda de área pode ser ainda maior, segundo fontes locais. África 1 - As iniciativas de sucesso da Abrapa, como o programa ABR, foram o tema central da participação do presidente da associação, Alexandre Schenkel, no seminário “Brasil-África, relançando parcerias”, em Brasília. África 2 - O Brasil tem sido uma das principais referências do projeto Mais Algodão, que desde 2012 une entidades, governo brasileiro e FAO para difundir tecnologias de produção de algodão em países da África. Bangladesh - Os avanços, inovações e perspectivas do setor do algodão do Brasil nortearam a apresentação do diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, em seminário da Missão Brasil-Tailândia, em Daca, Bangladesh. Bangladesh é o segundo maior importador global de algodão. Tailândia e Bangladesh - Esta semana, a Abrapa participou de eventos promovidos pelo MRE e pela Apex-Brasil em Bangcoc (Tailândia) e Daca (Bangladesh) com o objetivo de fomentar o comércio e investimentos entre os países. Agenda - Nesta segunda (29/5) é feriado de Memorial Day nos EUA e as bolsas estarão fechadas. Exportações – De acordo com dados do MDIC, o Brasil exportou 44,1 mil tons de algodão até a terceira semana de maio/23. A média diária de embarque foi 15% inferior quando comparado a maio/22. Colheita 2022/23 - A colheita da nova safra iniciou no Brasil. Até o dia 26/05 foram colhidos: MS (3%) ; PR (10%); SP (12%); MG (8%). BA e GO iniciaram colheita essa semana, em regiões especificas dos respectivos estados. Total Brasil: 0,30 % colhido. Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Quadro de cotações Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com
Sou de Algodão fecha parceria com curso de moda do Senac
26 de Maio de 2023Na última semana, o movimento Sou de Algodão fechou uma parceria com o Centro Universitário Senac de São Paulo, campus de Santo Amaro. Esta é a primeira instituição de ensino superior em moda do estado paulista a aderir à iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). O Senac é reconhecido por capacitar profissionais para o mercado da moda e está em constante inovação durante a formação de seus alunos. "Estamos muito felizes com a chegada do Senac para o nosso movimento. Eles contam com a coordenação artística e mentoria de João Pimenta, um dos nossos estilistas parceiros, que orienta os estudantes em trabalhos práticos de criação. Além disso, assim como nós, também possuem uma ligação de longa data com o São Paulo Fashion Week. No caso da instituição, eles possibilitam que os estudantes atuem no backstage e no apoio ao evento, ganhando experiência na principal semana de moda do Brasil", explica Silmara Ferraresi, gestora do movimento. A parceria entre Senac e Sou de Algodão visa estreitar o relacionamento com os diversos públicos envolvidos, desde a indústria têxtil até estilistas, de modo a ampliar a visão dos estudantes sobre a cadeia do algodão, do campo ao varejo, passando por temas como sustentabilidade e rastreabilidade. Para isso, serão realizadas ações presenciais e webinars no campus de Santo Amaro. Sobre Sou de Algodão É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 42% de toda a produção mundial de algodão sustentável. Abrace este movimento: Site:www.soudealgodao.com.br Facebook, Instagram, Youtube, LinkedIn e Pinterest: @soudealgodao
Sou de Algodão apresenta 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores para universidade de Foz do Iguaçu
26 de Maio de 2023No dia 24 de maio, a gestora de relações institucionais do movimento Sou de Algodão, Manami Kawaguchi Torres, participou de um webinar para divulgar o lançamento do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores. O encontro ocorreu por meio do Google Meet, com estudantes e docentes do curso de moda do Centro Universitário Dinâmica das Cataratas (UDC). Depois de apresentar, brevemente, o movimento e a Casa de Criadores, responsáveis pelo desenvolvimento do projeto, Manami esclareceu dúvidas dos participantes e explicou as regras da terceira edição deste concurso, destacando os principais pontos do regulamento e a premiação que contemplará os três primeiros colocados. "O Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores visa atrair estudantes de graduação em cursos superiores do Brasil todo e descobrir novos talentos para o mercado. O vencedor desta edição ganhará R$30 mil e passará a fazer parte do line-up oficial, com um desfile exclusivo na edição seguinte da Casa de Criadores, e seu professor orientador receberá R$10 mil em bolsa de pesquisa. Já os 2º e 3º lugares ganharão uma quantidade de tecidos de algodão para trabalharem em novas criações, como incentivo ao empreendedorismo", explicou. Como se inscrever no 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores Os interessados em participar devem realizar as inscrições no portalhttp://www.soudealgodao.com.br/desafio até o dia 30 de abril de 2024, podendo ser projetos individuais ou em duplas. Além disso, os trabalhos poderão ser dos segmentos de moda masculina, feminina, alta costura, prêt à porter, fitness, homewear/loungewear ou streetwear. Sobre Sou de Algodão É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 42% de toda a produção mundial de algodão sustentável. Abrace este movimento: Site:www.soudealgodao.com.br Facebook, Instagram, Youtube, LinkedIn e Pinterest: @soudealgodao
Sou de Algodão firma apoio institucional com Start by WGSN e Febratex
26 de Maio de 2023A Febratex e a Start by WGSN são as mais novas entidades que se juntam aos apoios institucionais do movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). As duas organizações conversam com setores importantes e fundamentais da cadeia, seja por meio de uma feira com novidades, caso da Febratex; ou entregando novas tendências do mundo da moda, especialidade da Start by WGSN. Conheça mais sobre os dois novos parceiros: Febratex Conhecida como a maior feira do setor têxtil, é voltada para a inovação e sustentabilidade. Tem como propósito dar escala à informação sobre gestão inovadora e sustentável para toda a indústria têxtil e de moda nacional, inspirando profissionais para buscarem soluções viáveis e que priorizem a responsabilidade socioambiental e a sustentabilidade econômica dos negócios. Start by WGSN Um braço da WGSN, uma empresa de previsão de tendências voltada a pequenos empreendedores e estudantes. Ela oferece serviço por assinatura para acessar informações importantes e estratégicas para os negócios e as pesquisas. O custo é mais acessível e, por isso, é ideal para pequenas empresas. Sobre Sou de Algodão É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 42% de toda a produção mundial de algodão sustentável. Abrace este movimento: Site: www.soudealgodao.com.br Facebook, Instagram, Youtube, LinkedIn e Pinterest: @soudealgodao
Iniciativas entre produtores e governo brasileiro para cotonicultura africana foram apresentadas em seminário
24 de Maio de 2023Para especialista da TMG, produtores devem se atentar ao manejo adequado para garantir qualidade da fibra e atingir bons resultados nas lavouras Levantamento divulgado no início de março pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) revela que com 1,68 milhão de toneladas de algodão exportadas na safra 2021/22, somando receita de US$ 3,208 bilhões, o Brasil voltou a se destacar no mercado internacional, alcançando o posto de segundo maior exportador mundial da commodity, atrás apenas dos Estados Unidos. A produção totalizou 2,5 milhões de toneladas, alta de 5,8% com relação ao período anterior. Para 2022/23, a área plantada deverá subir 1,3%, totalizando 1,657 milhão de hectare. A produção é projetada em 2,94 milhões de toneladas, variação de 17,6%. Para Vagner Grade, consultor de desenvolvimento de produto na TMG – Tropical Melhoramento & Genética – empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que busca trazer inovação ao campo, esses dados reforçam o crescimento da cultura no Brasil em razão dos investimentos constantes em pesquisa e inovação. Segundo ele, o país tem se destacado pela qualidade da fibra do algodão, o que é positivo do ponto de vista comercial. “Esse cenário é resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento de cultivares cada vez mais adaptadas as diversas condições climáticas, pragas e doenças”, diz. Grade explica que para manter o bom rendimento das lavouras e aumentar as vendas, tanto para o mercado interno quanto para outros países, o produtor precisa adquirir cultivares específicas para sua região e estar atento ao manejo correto das cultivares. “O algodão necessita de atenção para entregar produtividade e qualidade de fibra e o agricultor deve considerar questões como a fertilidade do solo, adubação e nutrição de plantas, manejo correto de inseticidas, fungicidas e herbicidas, acompanhamento da taxa de crescimento para um bom manejo de regulador de crescimento e atenção com a hora de definição final da cultura, para fazer a ‘capação’ na hora certa. É muito importante também a escolha da variedade correta para a lavoura do produtor, considerando a região em que o plantio será feito”, comenta. Segundo o especialista, o objetivo é conseguir colher um algodão com fibra de boa qualidade, um quesito muito importante para a indústria têxtil. “O HVI (High Volume Instrument) é considerado um conjunto de características bem importantes do produto final, mas depende de uma série de fatores, como potencial genético da cultivar, época de plantio, temperatura média, disponibilidade hídrica, interações entre o genótipo da cultivar e ambiente, manejo adequado e processo de maturação, além de cuidados no momento da colheita e do descaroçamento do algodão”, destaca. Reguladores de crescimento Sendo uma planta perene e de ciclo indeterminado, é comum a utilização de técnicas para manter o equilíbrio entre o crescimento vegetativo e reprodutivo da planta a fim de explorar o máximo potencial produtivo das cultivares e manter o porte adequado ao manejo. Para isso são usados reguladores de crescimento, produtos desenvolvidos para manter o equilíbrio da lavoura e potencializar o teto produtivo, facilitando os cuidados e a aplicação de nutrientes e defensivos. “Para tomar a melhor decisão para o uso do regulador, é necessário conhecer bem alguns pontos, como vigor da variedade que está plantada, fertilidade do solo, altitude, clima e região”, reforça Grade. O especialista enfatiza que “o regulador de crescimento é um condicionador de produtividade, pois ajuda a formar a arquitetura de planta, ação que favorece a eficiência dos tratamentos fitossanitários e aumenta a taxa de pegamento e formação de estruturas reprodutivas, fatores que também influenciam na qualidade da fibra”. Manejo Grade afirma que os bons resultados da cultura de algodão dependem muito do produtor. “Como não se pode controlar o clima é necessário cuidar de outros fatores, como a eliminação de ervas daninhas antes e durante o cultivo, controle de pragas e doenças, ter um perfil de solo descompactado e bem equilibrado nutricionalmente”, destaca. Ainda segundo ele, “atualmente, uma das principais doenças que provocam prejuízos nas lavouras é a ramulária. “É uma doença muito comum, que pode atingir todas as fases de crescimento do algodoeiro, causando danos as folhas. A doença pode reduzir a qualidade da fibra e comprometer em até 70% a produtividade da cultivar. Por ser uma doença transmitida de forma rápida, o produtor precisa estar atento para evitar a proliferação da doença. Para isso, é recomendado o manejo adequado e monitoramento diário da lavoura”, conta. Há no mercado produtos específicos para controlar a ramulária, assim como outras pragas e doenças, mas há também soluções genéticas que reduzem a necessidade de uso desses defensivos, tornando a agricultura mais sustentável e com resultados positivos para o produtor. A TMG conta com a tecnologia RX, que possui tolerância a essa doença, possibilitando a redução de 20% a 50% do número de aplicações de fungicida. “O trabalho do melhoramento genético possibilitou o desenvolvimento de cultivares que tornam o manejo mais sustentável, em razão da redução nas aplicações de defensivos. Como consequência, o produtor conta com mais segurança, maior produtividade e qualidade de fibra”, finaliza. Fonte: Renan de Figueiredo Pereira Acesso em: https://www.sucessonocampo.com.br/producao-brasileira-de-algodao-deve-crescer-176-e-atingir-294-milhoes-de-toneladas-este-ano/
Iniciativas entre produtores e governo brasileiro para cotonicultura africana foram apresentadas em seminário
23 de Maio de 2023Segundo maior exportador mundial de algodão, e reconhecido pela qualidade da pluma e sustentabilidade e altas produtividades na produção da commodity, o Brasil tem servido de parâmetro e difundido tecnologia em países vizinhos, África subsaariana e Caribe. Na última segunda-feira (22), o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel explanou sobre as iniciativas da parceria entre Abrapa, Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), Ministério das Relações Exteriores do Brasil, através da Agência Brasileira de Cooperação (MRE/ABC) e Escritório da FAO para a América Latina e Caribe, no continente africano, durante o seminário "Brasil-África, relançando parcerias", promovido pelo MRE e a Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Na África, a parceria, firmada em 2012, com o projeto Mais Algodão, tem permitido ações para a promoção de condições de trabalho dignas e erradicação do trabalho infantil, além de capacitação de pessoas, logística e combate à fome, em países produtores de algodão, como Mali, Moçambique e Tanzânia. Para isso, os signatários do projeto têm como aliado a Organização Internacional do Trabalho (OIT), parceira do Governo Brasileiro. "Desde a criação do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), em 2012, e posteriormente, em 2013, o benchmark com a Better Cotton Initiative (BCI), os cotonicultores brasileiros têm acumulado um conhecimento na promoção de condições de trabalho decentes. O ABR está presente em 83% das lavouras brasileiras e somos hoje o maior supridor de algodão licenciado pela BCI no mundo. Podemos, com este know how, ajudar os produtores africanos a organizar a cadeia produtiva e entender a importância de combater qualquer forma de trabalho degradante", disse Schenkel. No escopo da cooperação internacional "Sul-Sul", também são contemplados países como Benin, Burkina Faso, Burundi, Camarões, Chade, Costa do Marfim, Etiópia, Malavi, Quênia, Senegal, Togo e Zimbábue. Nestes, o objetivo é transferir os conhecimentos disponíveis no Brasil para o desenvolvimento do setor algodoeiro, além de ajudar a combater a fome e a miséria. "Fazemos um diagnóstico, desenvolvemos a estratégia e atuamos no monitoramento da execução das ações. Isso envolve a capacitação de pessoas e a transferência de tecnologia na cultura do algodão", continuou o presidente. Ação semelhante acontece em Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Ao longo dos anos de execução do projeto de cooperação, o Brasil ofereceu aos produtores, técnicos e representantes dos governos dos países da África a possibilidade de conhecer a realidade brasileira e, com o apoio da Embrapa e Emater, replicar as experiências em seus locais de origem. Segundo Alexandre Schenkel, a cooperação também engloba aspectos de escoamento dos subprodutos do algodão e culturas acessórias. Os recursos empregados para isso são uma contrapartida da vitória que o Brasil obteve na OMC contra os subsídios do governo americano aos seus produtores. Estes mesmos recursos permitiram que o país desse um grande salto no desenvolvimento de sua cotonicultura. "Transferir o que aprendemos e prover ferramentas para ajudar a transformar a realidade, através do cultivo de algodão, em países que precisam, é uma missão justa. Para potencializar esse trabalho de difusão de conhecimento, precisamos agora investir numa estratégia robusta de comunicação, principalmente, nos meios digitais africanos, para aumentar o alcance das informações", concluiu Schenkel. 23.05.2023 Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 9 8881-8064
Abrapa participa de Workshop sobre biológicos
19 de Maio de 2023Os insumos biológicos estão ganhando cada vez mais espaço no manejo integrado de pragas e doenças, nas fazendas brasileiras, mas ainda há muitas etapas a vencer, para a expansão do seu uso, a começar pelo sistema de registros. Sempre acompanhando as discussões sobre o tema, a Abrapa participou, ontem, em Brasília, do Workshop sobre produtos biológicos, promovido pela Associação Brasileira de Defensivos Pós-Patentes (Aenda) e pelo Instituto Brasileiro de Regulação e Sustentabilidade Agro. Além das questões regulatórias, de registro e de mercado, o evento tratou de assuntos em alta na agenda atual, como sustentabilidade e ESG. O workshop reuniu especialistas na área, autoridades governamentais e produtores de biológicos. A consultora em Sustentabilidade da Abrapa, Bárbara Bomfim, acompanhou as discussões.