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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
27 de Maio de 2022

- Destaque da Semana –Mais uma semana de volatilidade, com notícias de chuva no Texas, seca no Brasil, calor extremo no Sul da Ásia e continuidade das incertezas econômicas no mercado global - Algodão em NY – O contrato Jul/22 fechou ontem a 140,61 U$c/lp (-4,80%). Referência para a safra 2021/22, o contrato Dez/22 era cotado a 124,33 U$c/lp (-3,03%) e o Dez/23 a 96,19 U$c/lp (-1,62%) para a safra 2022/23. - Preços - Ontem (26/05), o algodão brasileiro estava cotado a 164,75 U$c/lp (+50 pts) para embarque em Jun-Jul/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22: 142,75 U$c/lp (-475 pts). - Altistas 1 - O contrato Jul/22 continua suportado pelo alto número de contratos a fixar pelas fiações. - Altistas 2 - Problemas climáticos na maioria das regiões produtoras (agora também no Brasil) e também altos preços dos fertilizantes colocam dúvidas sobre a oferta de algodão. - Baixistas 1 – Chuvas esta semana no Oeste e Sul do Texas deram esperança aos produtores, permitindo o plantio em muitas áreas. No entanto, informações de campo indicam que muitas áreas não receberam precipitação e a situação ainda é grave. - Baixistas 2 – Após agências preverem que a China deve crescer menos que os EUA este ano, pela primeira vez desde 1976, mais números negativos de desempenho econômico foram publicados nesta semana no país. - Cotton Brazil - Na próxima semana, uma delegação de produtores (Abrapa) e exportadores (Anea) realiza uma missão comercial à Indonésia, Tailândia e Bangladesh. A agenda inclui visitas a fiações, reuniões com entidades e eventos “Cotton Days”. - China 1 - O governo Chinês está planejando injetar mais de US$ 5 trilhões para estimular a economia neste ano. A medida, entretanto, é vista como pouco eficaz caso as restrições da política de Covid Zero persistam. - China 2 - Xangai lentamente sai do lockdown completo. Algumas escolas voltaram a abrir após três meses. Em Pequim e outras cidades, permanecem muitas incertezas e insegurança. - China 3 - Em abril, a China importou 173,2 mil tons de algodão, -15,2% em relação ao mês anterior e -24,80% em relação ao ano anterior. Os EUA foram a principal origem (77%), seguidos do Brasil (14,5%). - China 4 - Os números refletem redução na demanda recente da China. Um dos grandes indicadores da falta de competitividade do algodão importado no país é a diferença de preço: hoje, está 28 centavos de dólar por libra-peso mais caro que o algodão doméstico para as fiações. - Índia 1 - A baixa tecnologia aplicada na produção de algodão na Índia está em pauta neste momento de altos preços e pouca disponibilidade de algodão no mercado local. A produtividade é inferior a 470kg de pluma por ha. - Índia 2 - Algodão transgênico foi liberado no país em 2002 e contribuiu para aumento de 90% na produtividade. Mas alegações de perda de eficiência e discussão sobre valor de royalties fizeram com que as empresas de biotecnologia optassem por não lançar novos eventos na Índia. - Paquistão - Apesar da escassez de água e do calor excessivo, produtores paquistaneses estão empenhados em continuar com o plantio, que segue em ritmo um pouco maior que ano passado. Os preços altos são o grande incentivo para os cotonicultores. - Plantio 1 - Nos EUA, até o último domingo (22) 54% da área tinha sido plantada, aumento de 17% na semana. Média de cinco anos é 51%. - Plantio 2 - Na China, onde o plantio em Xinjiang começou em abril, há relatos de replantio em algumas áreas. No Norte da Índia, boas chuvas na semana suavizaram o extremo calor. - Agenda - Segunda-feira (30/Maio) é feriado de Memorial Day nos EUA, portanto os mercados estarão fechados. - Exportações - De acordo com dados do Ministério da Economia, o Brasil exportou 49,66 mil tons de algodão nas três primeiras semanas de maio/22. A média diária de embarque é 39,7% inferior quando comparado com mai/21. - Safra 2022 - Anea divulgou nesta semana projeção de 2,6 milhões de toneladas de algodão para a safra 2022 em comparação aos 2,75 milhões de toneladas da projeção anterior. Efeito da seca na Bahia e em Mato Grosso. - Colheita 2021/22 - Até ontem (26/05): GO (1,6%); MS: (2%); PR (89%); SP (39%). Total Brasil: 0,8% colhido. Na Bahia, é a partir desta semana que a colheita avança em maiores áreas. - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇

Relatório de Safra Maio/2022 - Algodão
25 de Maio de 2022

Presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, é o entrevistado do Agricultura BR, do Canal do Boi. Ele avalia a safra 2021\2022 e a produção de algodão.   Assista: https://www.youtube.com/watch?v=l4GZHUdE-hw

Fazendas do setor algodoeiro investem na proteção de direitos e bem-estar dos trabalhadores
25 de Maio de 2022

As boas práticas agrícolas adotadas nas propriedades produtoras de algodão no País são uma realidade. O trabalho permanente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), voltado para a proteção dos direitos e bem-estar do trabalhador, possibilita avanços e a abertura do mercado aos profissionais. Os programas Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e ABR-UBA para unidades de beneficiamento, coordenado pela Abrapa, em parceria com as associadas e os produtores, por exemplo, garantem que todas as fazendas e algodoeiras participantes cumpram a legislação trabalhista e por consequência os colaboradores tenham direitos assegurados. Critérios voltados à conscientização dos trabalhadores, ao respeito a diferenças culturais, de gênero, orientação sexual, saúde, segurança ocupacional, entre outros, devem ser atendidos pela fazenda/unidade de beneficiamento terem a certificação dos programas. São itens que demonstram os cuidados com os profissionais envolvidos nas atividades, sejam os que atuam no plantio, colheita, beneficiamento ou comercialização da fibra. No mês em que comemoramos o Dia do Trabalho (1º) e o Dia do Trabalhador Rural (25), vamos mostrar um pouco do cotidiano desses profissionais, homens e mulheres que se destacam na cadeia produtiva do algodão. Maria dos Santos Silva, coordenadora agroindustrial na Fazenda Pamplona, em Cristalina, é um exemplo. Ela cresceu em uma família de agricultores na Bahia e aos 19 anos decidiu mudar para o Centro-Oeste. Lembra que, ao chegar, buscou colocação na agricultura. Formou-se em Técnica Agrícola e em Gestão de RH e, há 11 anos, trabalha na Fazenda Pamplona. Em seu papel como coordenadora agroindustrial, Maria, de 31 anos, atua no gerenciamento de atividades pós-colheita de algodão. No período de safra, chega a comandar mais de 60 pessoas, na maioria homens. "Tenho visto muitas mudanças positivas ao longo dos anos, inclusive o ingresso de mulheres nas algodoeiras e avanços na questão de legislação. Quando comecei, poucas mulheres ocupavam cargos de gestão e foi difícil lidar com equipes exclusivamente masculinas e maduras, mas sempre tive o apoio e o respeito do grupo e isso me ajudou a alcançar uma posição de liderança dentro da unidade. Quero ser inspiração para outras mulheres que, assim como eu, sonham em trabalhar com uma cultura tão linda como o algodão", ressalta. Mulheres que inspiram e usam sua experiência e sensibilidade para impulsionar mudanças positivas no cultivo da fibra dividem espaços com homens e se destacam em cargos de chefia, coordenação, aviação agrícola e patrulha mecanizada, assim como em muitas outras áreas. A habilidade e dedicação delineiam a participação feminina na cotonicultura e coletivamente com os homens vem dando destaque à cultura no País. A trajetória de Cleiton Chagas no setor algodoeiro começou no almoxarifado da fazenda Planalto, onde fazia o recebimento e a movimentação e estocagem de matérias-primas e produtos. Não demorou muito para atuar como monitor de qualidade e chegar a coordenador Agroindustrial de Algodoeira e Armazém. São pouco mais de oito anos atuando no setor e nos períodos de pico da safra chega a coordenar 75 pessoas. Como gestor, preza o diálogo, o trabalho em equipe e a proatividade dos colaboradores. "Acredito que quando a gente gosta do que faz, o tempo é relativo e as oportunidades aparecem", diz. "O importante é estarmos preparados para assumirmos as tarefas." Daniella Dias é o outro exemplo de que o setor abriu espaços e garantiu direitos para que pudesse exercer sua função: tocar o Patrulha Mecanizada, projeto de recuperação e pavimentação de estradas vicinais que tem revolucionado a logística no Oeste da Bahia. Ela fez da estrada seu caminho. Inspirada no pai, cursou engenharia civil e se especializou em Projetos Rodoviários. Sob seu comando, há um time de 75 pessoas, 100% masculino, com o qual ela aprendeu a lidar com estratégia, sabedoria e sensibilidade feminina. "Sempre existe um pouco de resistência, mas descobri que a melhor maneira para quebrar estas barreiras é angariar o respeito dos mais velhos. São eles os líderes que fazem a ponte com os demais", explica Daniella, que credita parte dessa habilidade ao fato de ser mulher. Há 20 anos Grasiele Scalco atua em uma cooperativa de classificação de algodão. Na unidade, passou por diversas funções até chegar à supervisão dos setores de administração de amostras, montagem de take-up e apresentação de take-up. Ela conta que os desafios são constantes e por isso é preciso dedicação e empenho na atividade. "Se você não ama o que faz, dificilmente alcançará os objetivos. O que me motiva diariamente é participar de uma parte do processo que movimenta e impacta milhares de vidas. Eu amo o que faço", afirma, acrescentando que participa do início e do final do processo de classificação da fibra. Grasiele é formada em Administração, com MBA em Gestão Financeira e em Gestão em Cooperativismo, recentemente formada também em Classificação de Algodão. Ela reconhece o trabalho que vem sendo feito pelo setor para que o mundo reconheça a qualidade e competitividade do algodão brasileiro no mercado. A gaúcha de Não me Toque, Joelize Friedrichs, chegou na Bahia em busca de oportunidade em uma área na qual é pioneira: piloto de avião agrícola. Quando começou, há dez anos, o setor de aviação agrícola computava apenas duas mulheres em todo o País. "Meu plano inicial era a aviação civil. A agrícola apareceu como uma opção, na qual eu pensava em me dedicar por uns dois anos, mas foi ficando cada vez mais interessante, e já estou nela há dez", afirma. O algodão é uma novidade, pois no Estado de origem não há lavouras da cultura. "Esta é a minha segunda safra. Quero, com meu trabalho, tornar mais fácil o acesso para outras mulheres que estão chegando agora. Essa é a minha contribuição", diz. Quem também migrou para a cultura do algodão foi o mineiro Eustáquio Salvador Rodrigues. Começou as atividades como auxiliar administrativo, no Grupo Farroupilha, e sem nunca ter trabalhado com lavoura, em 2008, assumiu a gerência da Fazenda São Francisco, um dos grandes do agro em Minas Gerais. Hoje, comanda um grupo de pouco mais de 60 pessoas que trabalham em uma área de 6.420 hectares de lavouras, fazendo a rotação de cultura entre milho, soja e algodão. Desse total, entre 2,5 e 3 mil hectares são da fibra, a cada safra. "Somos desafiados diariamente no nosso trabalho. Ora pelo clima, ora pelas pragas, mas é uma atividade apaixonante", conta Rodrigues. Os diferentes depoimentos dados por profissionais envolvidos na cadeia algodoeira são reflexos do trabalho contínuo da Abrapa, associações parceiras e produtores, assegurando as condições de trabalho e a integridade dos profissionais nas fazendas para uma produção mais eficiente e segura. "Nossa missão é promover a evolução progressiva das boas práticas agrícolas e o ABR é um dos mais completos programas de sustentabilidade da cotonicultura brasileira", ressalta o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. Segundo Busato, as fazendas de algodão e unidades de beneficiamento certificadas pelos programas ABR e ABR-UBA são a garantia de segurança no ambiente de trabalho e condições de desempenho das atividades pelos trabalhadores rurais. "Não chegaríamos aonde chegamos se não tivéssemos trabalhado e avançado em nossos processos. Certamente, a cotonicultura ganhou novo impulso com a implantação dos programas e é esse trabalho permanente de toda a cadeia que torna a cultura uma das mais organizadas no País", afirma. Busato atribui aos trabalhadores o avanço e o desempenho do agro brasileiro e lembra que, ao vestir ou comer um produto, há tecnologia embarcada, pesquisa científica envolvida em cada parte do processo, seja nas fazendas ou nas unidades de beneficiamento. E essa sistematização é fundamental para alimentar a produção e promover a geração de emprego e renda com proteção de direitos e do bem-estar dos trabalhadores rurais, destaca.

Congresso reunirá produtores e lideranças para discutir desafios e perspectivas do algodão brasileiro no cenário mundial
24 de Maio de 2022

Há 13 anos, o Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) reúne influentes lideranças, produtores, pesquisadores e empresários do setor em ciclos de palestras para discutir temas da atualidade no mercado da pluma. Nesta edição não será diferente. A agenda diária do CBA proporcionará aos congressistas conexões com as mais importantes e atuais demandas do setor algodoeiro. Não à toa o tema do 13ª CBA será "Algodão brasileiro – desafios e perspectivas no novo cenário mundial" e, para abordar o assunto e ideias relacionadas, reconhecidos nomes estarão presentes nas seis Plenárias que ocorrerão nos dias 16, 17 e 18 de agosto de 2022, no Centro de Convenções de Salvador. Organizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a programação diversificada das plenárias tratará de tendências, políticas para o setor, pesquisa, tecnologia e inovação. A cerimônia de abertura, é às 9h, e será feita pelo presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato. Segundo o presidente, a edição deste ano será assertiva para debater os desafios e oportunidades da cotonicultura brasileira. "A cada nova edição do Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), nós, produtores, através da Abrapa, nos preparamos para fazer dele se não o maior, o melhor, desde o primeiro, realizado em 1997. Queremos, até 2030, ser o maior exportador mundial de algodão. Para isso, precisamos colher mais, incrementar as nossas já altíssimas produtividades, e evidenciar os grandes diferenciais do nosso produto: sustentabilidade, qualidade, rastreabilidade e escala", enfatiza Busato. "Estamos mostrando aos nossos clientes, ao redor do globo e aqui no País, que o Brasil deixou de ser um mercado de oportunidade, para se tornar um supridor constante, com capacidade de fornecimento, ao longo dos 12 meses do ano."   Perspectivas do algodão brasileiro A plenária se inicia às 10h e traz entre os palestrantes os presidentes da Abrapa, Júlio Cézar Busato, da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Faus, e da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel. Eles abordarão os desafios e as perspectivas do algodão brasileiro e a evolução do setor nas últimas duas décadas. Com tecnologia e responsabilidade socioambiental, o Brasil produz algodão em grande escala, com atributos que tornam o País um grande competidor no mercado internacional. "Continuamos a consolidar a pluma brasileira nos principais mercados consumidores por meio de um produto de qualidade, com nível de competitividade elevado, regularidade no fornecimento e preço favorável", destaca Faus, ao acrescentar que o 13º Congresso Brasileiro do Algodão, promovido pela Abrapa, representa uma oportunidade tanto para os cotonicultores, quanto aos diversos participantes do nosso mercado, se atualizarem e debaterem sobre os principais avanços, tecnologias e desafios que envolvem o nosso setor. Para o presidente da Abit, o evento é um momento importante de discussão de temas relacionados não apenas à cotonicultura, mas que envolvem a rede de produção brasileira de têxteis e confeccionados. "O Brasil é um país que conseguiu preservar uma cadeia produtiva integrada, desde a matéria-prima, até o produto final. E o algodão é, sem dúvida nenhuma, a principal matéria-prima transformada em território nacional pela indústria brasileira", observa. Os três dias de encontro serão uma oportunidade para aprofundar conhecimentos e caminhos para que cada vez mais a fibra seja transformada dentro do País. O debate do painel será mediado pelo engenheiro agrônomo, professor e sócio-fundador da Markestrat Group, Marcos Fava.   O algodão brasileiro e o mercado mundial Essa mesma temática sobre o algodão brasileiro será abordada pelo pesquisador e professor sênior de agronegócio global do Insper, Marcos Jank, na segunda plenária do dia 16, entre 11h45 e 12h45, mas com enfoque no mercado mundial.  Jank trabalhou na Ásia entre 2015 e 2019, onde representou associações de exportadores agroindustriais (ABPA, Abiec e Única) e apoiou a expansão da BRF no continente. Anteriormente, presidiu a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA) e o Instituto de Estudos do Comércio e das Negociações Internacionais (ICONE), um dos principais think-tanks de análise do comércio exterior do agro brasileiro. O professor Jank também apoiou a instalação do escritório da Abrapa em Singapura, onde viveu.   Desafios e perspectivas econômicas O algodão é um produto de extrema importância socioeconômica para o Brasil. Além de ser a maior fonte de fibras naturais, garante ao País lugar privilegiado no cenário internacional, como um dos quatro maiores produtores mundiais, ao lado de Índia, China e Estados Unidos, respectivamente. Contudo, os desafios e as perspectivas econômicas nesse novo cenário mundial impactado pela guerra e aumento no preço de insumo podem afetar a rota de crescimento do setor. Para analisar e debater sobre o tema, o CBA traz para palestrar no evento Zeina Latif, Maílson da Nóbrega e Sérgio Vale. Eles serão os destaques na plenária 3, do dia 17.   A moderação do painel caberá ao jornalista Willian Waack.   ESG - Ambiental, Social e Governança A questão ambiental também estará presente nas discussões do CBA e um dos assuntos mais falados pelo mercado é a sigla em inglês ESG, para Ambiental, Social e Governança. Existem empresas que já se consolidam como referência em ESG, no entanto, há outras que o próprio negócio dificulta a percepção de boas práticas ambientais. É fato que todos estão preocupados em seguir normas que levem a uma gestão mais responsável do ponto de vista social, ambiental e de governança. E o ESG é uma temática bastante ampla e que precisa ser entendida na ótica de como e o quê as companhias estão fazendo para direcionar essa agenda. Para falar sobre o tema, o CBA convidou Marcella Ungaretti, sócia e analista de Research ESG da XP, e Ricardo Voltolini, jornalista com MBA pela FIA e diretor-presidente da consultoria Ideia Sustentável: Estratégia e Inteligência em Sustentabilidade. Eles participarão da plenária 4, do dia 17. Para Marcella, o interesse cada vez maior pela temática ESG tem rapidamente transformado a indústria de investimentos ao redor do mundo e isso é um bom indício do que está por vir no Brasil. "Embora ainda estejamos no início dessa jornada no país, a pandemia do coronavírus agiu como um catalisador, sendo possível analisar uma série de razões estruturais pelas quais a participação dos investimentos ESG continuará ganhando força no país. As empresas que não se adaptarem a este novo cenário ficarão para trás." Do ponto de vista corporativoi, não há dúvidas de que ainda há muito a ser feito, ressalta, para que os resultados de longo prazo em termos de sustentabilidade sejam alcançados. "Contudo, do lado positivo, vemos que o foco crescente nas questões ambientais, sociais e de governança pelos investidores, bem como pela sociedade em geral, já tem surtido efeitos no comportamento das companhias, sejam porque elas estão de fato alinhadas com os princípios ESG ou simplesmente por reconhecerem que para atrair capital esse é um fator cada vez mais imprescindível".   Disrupção e inovação Head de Inovação da StartSe, uma das maiores escola de negócios do Brasil e presente com escritórios nos polos tecnológicos do mundo, como Israel, Vale do Silício e China, Cristiano Kruel, marcará presença no CBA, na plenária do dia 18, entre 9h e 10h30, para falar sobre o que mais o seduz: a gestão disruptiva. O foco será nos desafios e perspectivas da disrupção e inovação e o que isso impacta nos negócios do dia a dia do Agro. Um assunto que está cada vez mais presente nas conversas sobre o ecossistema do setor: disrupção é aquilo que acelera a obsolescência e inovação o que se torna um imperativo nos negócios, todos os negócios. Segundo Kruel, a intenção é entender como aumentar a habilidade de perceber, decodificar e se antecipar aos riscos e benefícios das mudanças.   Universo metaverso, desafios e perspectivas O que é o Metaverso e como ele pode promover modelos de negócios disruptivos e altamente competitivos e inovadores. Renan Hannouche e Dante Freitas estarão no CBA, dia 18, para falar sobre essa questão que deve ser a próxima fronteira da internet. Responsável por potencializar diversos e diferentes serviços em todas as áreas e promover modelos de negócios disruptivos e inovadores, o Metaverso é a terminologia utilizada para indicar um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. "O Metaverso é o suprassumo da experiência digital, passando de uma prática 2D(tela), para a espacial, onde você consegue e passa a ter muito mais experiências multissensoriais", explica Renan. Para Dante, a chegada do Metaverso é uma oportunidade que permitirá aos humanos não apenas manifestar a arte, qualquer que seja, mas de tudo aquilo que se constrói no mundo físico. "É mais um palco de oportunidade e de como nós, humanos, vamos nos apropriar e alavancar com ajuda e apoio da tecnologia envolvida." A exposição deles ocorre entre 11h45 e 13h, na plenária seis, a última do evento. Toda a programação de palestras, salas temáticas e workshops do 13º CBA está disponível no site do evento:  http://congressodoalgodao.com.br/

Ações sustentáveis do setor algodoeiro são apresentadas em congresso que discute o mercado de carbono
23 de Maio de 2022

As ações voltadas para as boas práticas socioambientais na cotonicultura brasileira foram apresentadas pelo presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato, durante o Congresso Mercado Global de Carbono - Descarbonização & Investimentos Verdes, na quinta-feira (19), no Rio de Janeiro. O evento reuniu as principais lideranças empresariais, políticas e ambientais do Brasil e do mundo, na capital carioca.   Leia mais: http://textileindustry.ning.com/forum/topics/a-es-sustent-veis-do-setor-algodoeiro-s-o-apresentadas-em

Varejo ligado à moda inova para acompanhar evolução do consumo
23 de Maio de 2022

Moda e criatividade sempre andaram juntas e varejistas se modernizam para acompanhar as mudanças no perfil do consumidor, que exige mais do que estilo. Pernambucanas, Riachuelo, Renner e C&A têm utilizado dados de inteligência artificial para atender novo perfil. Leia mais: impressao_boxnet_2022-05-23_-_09h26m49s (4).pdf

Renner lança calças jeans rastreadas por blockchain
23 de Maio de 2022

A Renner lança hoje, ao lado da Youcom, marca de vestuário jovem do grupo, as primeiras calças jeans rastreadas com blockchain. A tecnologia permite o acompanhamento de todo o ciclo produtivo das peças, do cultivo do algodão à fabricação das roupas. O consumidor poderá acessar um QR Code impresso nas etiquetas que levará a uma página no endereço www.souabr.info, com as informações disponíveis. Serão três modelos de calça jeans feminina na Renner, já disponíveis para compra em 12 lojas físicas, sendo três no Rio Grande do Sul, três no Rio de Janeiro, duas em São Paulo, uma no Distrito Federal, duas na Bahia e uma em Pernambuco. A descrição das peças no e-commerce da Renner terá informações que direcionam para a landing page do projeto. No caso da Youcom, são dois modelos de calça jeans feminina que começam a ser vendidos na segunda quinzena de junho. A empresa ainda não divulgou em quais praças. Os lançamentos são resultado de uma parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) por meio do programa SouABR (Sou de Algodão Brasileiro Responsável), que rastreia as fazendas certificadas onde a matéria-prima é produzida. Segundo a empresa, a certificação fornecida pela Abrapa às fazendas possui 183 itens de verificação, incluindo, por exemplo, contrato de trabalho e condições dignas, veto a qualquer tipo de discriminação, segurança e saúde dos trabalhadores e boas práticas de preservação ambiental. A startup Ecotrace também entrou no projeto para desenvolver a ferramenta de rastreabilidade digital das calças. As outras duas empresas envolvidas são Vicunha Têxtil, nas etapas de fiação e tecelagem, e a Ease Confecções, na fabricação do produto final. "Este projeto mostra que é possível conciliar moda, inovação e sustentabilidade para dar maior transparência ao processo produtivo, ao mesmo tempo em que nos permite engajar e influenciar os fornecedores e parceiros do nosso ecossistema", diz o diretor de Produto da Lojas Renner, Henry Costa. Qual a vantagem de usar blockchain   A tecnologia blockchain criptografa e registra os dados de forma distribuída, garantindo a autenticidade das informações e impedindo qualquer alteração. Isso significa que as informações inseridas por todos os fornecedores envolvidos na cadeia têxtil daquela peça são digitalizadas e auditáveis. "Não só garantimos que a peça foi produzida em linha com boas práticas socioambientais, como também damos ampla visibilidade ao nosso cliente. Antes de chegar ao guarda-roupa das pessoas, cada peça já terá toda sua história devidamente registrada", observa Costa. A Lojas Renner S.A. tem a ambição de, até o ano de 2030, alcançar 100% de rastreabilidade dos produtos de algodão, além de avançar na rastreabilidade de outras matérias-primas têxteis.

Agricultura moderna deve ser regenerativa
23 de Maio de 2022

O setor algodoeiro do Brasil foi um dos primeiros a se preocupar com a questão da sustentabilidade e estimular boas práticas socioambientais, com o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR. Com a marca do pioneirismo, queremos sempre avançar e estamos atentos a novos conceitos de produção nas fazendas, baseados em processos naturais de cultivo de solos férteis e saudáveis, utilizando técnicas de cobertura de solo, diversificando a cultura e apostando na preservação da biodiversidade no sistema, para o manejo integrado de pragas e doenças   Leia mais: https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Opiniao/Vozes-do-Agro/noticia/2022/05/agricultura-moderna-deve-ser-regenerativa.html