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Cooperação com Bangladesh deve impulsionar mercado nacional de algodão
08 de Fevereiro de 2023

​Quarto maior mercado para o algodão brasileiro e destino de 12% de toda a fibra embarcada pelo Brasil para o mundo, Bangladesh é um país prioritário para a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). O presidente da entidade, Alexandre Schenkel, foi um dos representantes dos setores econômicos exportadores nacionais que participaram, na última semana, da assinatura do Memorando de Entendimento entre a Apex-Brasil e a Federation of Bangladesh Chambers of Commerce & Industries (FBCCI), instituição bengalesa equivalente à agência de fomento nacional. + Exportações de algodão em Mato Grosso crescem 7,2% Entre as partes que assinaram o memorando, a cerimônia teve presença, dentre outros, da embaixadora de Bangladesh para o Brasil, Sadia Faizunneza, do secretário sênior do Ministério do Comércio de Bangladesh, Tapan Kanti Gosh, e do presidente da FBCCI, Jashim Uddin. Do lado do governo brasileiro, participaram a diretora de Negócios da Apex-Brasil, Ana Paula Repezza, e o diretor do Departamento de Comércio e Promoção de Investimentos, embaixador Alex Giacomelli. A expectativa da Apex e da FBCCI, com o acordo de cooperação, é de promover, fortalecer e dar visibilidade às relações comerciais entre os dois países. Atualmente, além do algodão, o Brasil é um fornecedor representativo de outras commodities, como açúcar, soja e minério de ferro. Já Bangladesh exporta produtos manufaturados para o Brasil, especialmente, têxteis. De acordo com o presidente da FBCCI, Jashim Uddin, no biênio 2024/2025, a indústria têxtil de Bagladesh deve dobrar em tamanho. “Vamos precisar de mais algodão. Hoje, estamos comprando a fibra do Brasil, África e India, e o memorando assinado aqui favorece o comércio entre nós”, afirmou. A FBCCI representa 80% das indústrias da iniciativa privada de Bangladesh, tem mais de 400 associados e cerca de 38 acordos bilaterais, como o firmado em Brasília. A instituição bengalesa completa 50 anos, em 2024, e prepara uma grande cerimônia para a qual mais de 200 delegações estrangeiras têm presença prevista. Na solenidade de assinatura do memorando, o Brasil foi convidado a participar da celebração. A sustentabilidade, um dos principais atributos do algodão brasileiro, foi apresentada como uma oportunidade para o comércio entre os dois países. O tema faz parte da agenda de Bangladesh, que vem reforçando suas ações neste sentido, nos últimos dez anos, tendo já, em operação, várias plantas industriais consideradas verdes. Em sua fala, Alexandre Schenkel destacou o fato do Brasil ser a origem de algodão com maior participação em toda a pluma licenciada pela ONG suíça Better Cotton Initiative (BCI). “Atualmente, 42% de todo algodão licenciado pela Better Cotton vêm de lavouras brasileiras e 86% de toda a pluma produzida pelo Brasil são certificados pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que opera em benchmark com a BCI”, disse. Schenkel ressaltou, ainda, que, de acordo com o International Cotton Association Committee (Icac), 95% do algodão brasileiro depende apenas da água da chuva para a sua produção. “A possibilidade de ter esse algodão sendo manufaturado em fábricas igualmente sustentáveis, em Bangladesh, abre novas oportunidades de comércio, faz os nossos clientes felizes e traz ganhos ambientais, sociais e econômicos”, afirmou o presidente da Abrapa. Na noite anterior à assinatura do Memorando de Entendimento, Schenkel participou de um jantar oferecido pela embaixadora de Bangladesh e o marido dela, Michael Winter, na sede da embaixada. Na ocasião, o secretário sênior do Ministério do Comércio de Bangladesh, Tapan Kanti Gosh, e o presidente da FBCCI, Jashim Uddin, foram apresentados aos representantes do setor privado do Brasil. “Este encontro prévio foi interessante para que pudéssemos estreitar os laços e entender melhor as demandas deles, que são oportunas para o Brasil. Mais uma vez, constatamos a imensa receptividade do povo de Bangladesh. Já havíamos verificado isso em todas as missões de promoção do algodão brasileiro que empreendemos lá. Somos países com grandes semelhanças e afinidades”, concluiu Schenkel. Com informações do Canal Rural

Algodão: empresários do setor têxtil conhecem potencial e anunciam investimentos em MT
08 de Fevereiro de 2023

Empresários do setor têxtil de Mato Grosso, São Paulo, Bahia, Sergipe, Santa Catarina e Paraná participaram nos dias 3 e 4 de fevereiro de um tour pela indústria e lavoura algodoeira mato-grossense em Campo Verde. Município irá receber investimentos na ordem de R$ 2,5 milhões com a implantação de uma indústria de produção de tubetes de papelão utilizados pelas fiações para enrolar os fios. A visita fez parte do evento “Tour da Fibra ao Fio”, realizado pelo Governo do Estado, por meio de uma parceria da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) com a Prefeitura de Campo Verde. O município é polo da fiação no estado com 15 usinas de beneficiamento da pluma em atividade e quatro fiações que produzem cerca de quase cinco mil toneladas de fios de algodão. A estratégia é atrair novos investidores, diante da ampla oferta e disponibilidade de incentivos fiscais. Ao todo, onze empresários participaram do tour. Durante a abertura da ação, realizada na sede da Associação Mato-grossenses dos Produtores de Algodão (Ampa-MT) em Cuiabá, no dia 3, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, destacou os investimentos em infraestrutura que estão sendo realizados, principalmente ferroviário. Análise de incentivos fiscais em cerca de 48h Mauro Mendes ressaltou ainda que o estado vem buscando reduzir burocracias quanto à questão dos incentivos fiscais. “Para terem uma ideia, o período entre o pedido e o deferimento do incentivo fiscal em Mato Grosso demora aproximadamente 48 horas, sem burocracia, pela internet, sem precisar contratar consultor. Não precisa nem ir à secretaria”. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Alberto Miranda, apresentou aos empresários o Programa de Incentivo Fiscal (Proalmat) que concede crédito presumido equivalente a 65% do valor do ICMS, e os principais investimentos já realizados com o intuito de impulsionar a indústria no estado. “O algodão de Mato Grosso representa 70% da produção nacional. O governo estadual oferece percentuais atrativos por meio da política de incentivos fiscais, no caso do algodão, o Proalmat. A adesão ao nosso programa de incentivo é digital, isonômica, com segurança jurídica e com percentuais equivalentes a 65%. Temos uma matéria-prima de qualidade. Oferecemos isenções tributárias e programas que expandem, atraem e fomentam a indústria algodoeira no Estado”, destacou Miranda. Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, ação como a realizada pelo Governo de Mato Grosso é de sua importância para o setor produtivo. “Era necessário fazer essa ação, atrair essas indústrias. E o trabalho foi muito bem feito, com um preparo até da Legislação Estadual, para que se tenha mais incentivos ainda para trazer essas indústrias e também, logicamente, a Prefeitura poder estar trazendo, preparando, mostrando o que tem de melhor no município. Temos uma evolução, até inclusive, das indústrias que já estão instaladas em Campo Verde, mas nós podemos acompanhar essa evolução em novas empresas. Vamos trabalhar para que tenha cada vez mais essa ampliação do nosso parque fabril para, realmente, nós termos o polo têxtil de Mato Grosso em Campo Verde. Nós temos todas as condições para isso”, salientou Schenkel. Qualidade da fibra chama a atenção Campo Verde cultiva anualmente 90 mil hectares de algodão. Conforme o prefeito Alexandre Lopes, o nível de qualidade faz com que a pluma seja um dos produtos mais almejados pelo mercado exportador. Durante o tour, os empresários tiveram a oportunidade no dia 4 de conhecer a sede da Cooperfibra, além da fiação da Cooperfios, empresa que foi desmembrada da Cooperfibra, e que está ampliando a sua capacidade de produção de 1,2 mil toneladas para 2,4 mil toneladas mês. Ainda em passagem por Campo Verde os empresários visitaram a Fazenda Filadélfia, do Grupo Bom Futuro. “É o município de Campo Verde despontando, mostrando as suas potencialidades, para que a gente possa, no futuro, fazer novos negócios. Saber que existe aqui um solo fértil para o crescimento dessa tão importante matéria-prima, que é o nosso algodão”, frisou o prefeito Alexandre Lopes ao acompanhar os visitantes. Empresário do Paraná irá investir em Campo Verde Empresário do ramo tubetes para a indústria têxtil, tubos de papelão, open end e cones de papelão voltados para a indústria têxtil, Alexandre Takatsu Costa da Indústria Paranaense de Tubos e Conicais (IPTC), com sede em Mandaguaçu (PR), era um dos integrantes da comitiva de empresários no tour. Na ocasião ele anunciou investimentos na ordem de R$ 2,5 milhões no município na implantação de uma planta industrial de sua empresa. De acordo com Alexandre Takatsu Costa, o terreno já foi adquirido e nesta semana começa a elaboração dos projetos para a realização das obras. “Decidimos investir em Campo Verde porque nós temos uma parceria desde 2011 com a Coopefibra. E agora, com essa expansão da Cooperfios e a implantação da Incofibras, realmente viabilizou em termos financeiros, a instalação de uma unidade nossa aqui. Acho que mais fiações virão para cá por todo o potencial que tem o algodão e a facilidade dos incentivos fiscais que o estado entrega para os empresários”, disse o empresário. canalrural.com.br 07/02/2023

Abrapa detalha rastreabilidade do algodão brasileiro, em evento com investidores em Mato Grosso
07 de Fevereiro de 2023

O programa de rastreabilidade do algodão brasileiro foi um dos destaques apresentados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) a um grupo de empresários do Paraná, São Paulo, Bahia e Santa Catarina que visitou, na sexta-feira, 03 de fevereiro, a capital do estado de Mato Grosso, Cuiabá. Eles foram os convidados especiais do evento batizado de ""I Tour da fibra ao fio"", realizado pela Prefeitura Municipal de Campo Verde, município para o qual partiram, no dia seguinte. O objetivo da iniciativa é prospectar e atrair novos investidores para este importante polo estadual de produção de algodão, assim como de têxteis, do país. Um jantar na sede da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) abriu a programação do tour. O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, e a assessora da presidência, Silmara Ferraresi, representaram a associação. Dentre as autoridades presentes, estavam o governador do estado, Mauro Mendes, o vice-presidente da Ampa, Orcival Gouveia Guimarães, e o diretor-executivo da entidade, Décio Tocantins. A rastreabilidade, um dos compromissos fundamentais da Abrapa, foi detalhada na ocasião, por Silmara Ferraresi, que fez uma panorâmica, desde o Sistema Abrapa de Identificação (SAI), que, através de etiquetas, identifica e conta em detalhes a ""história"" de cada fardo produzido no Brasil, até o inovador Sou ABR. Este último é uma iniciativa inaugurada em 2021, com um projeto-piloto desenvolvido pela Abrapa, por meio do movimento Sou de Algodão, em parceria com a varejista Reserva e, mais tarde, com a Renner.  O SouABR possibilitou ao consumidor dessas marcas fazer o caminho de volta, passo a passo, daquelas peças de roupas, desde a loja até a lavoura, conhecendo quem produziu, beneficiou e manufaturou, além de todas as certificações socioambientais agregadas neste trajeto. De acordo com o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, com tecnologia de ponta, aliada à vontade do produtor, a associação deu um grande salto em transparência, credibilidade e fortalecimento de imagem do algodão brasileiro, tanto para o chamado mercado B2B (entre empresas), quanto para o B2C (da empresa para o consumidor final). "Um investidor que queira aportar recursos na indústria têxtil em Campo Verde ou em qualquer outro polo produtivo do país, deve conhecer a fundo a rastreabilidade do algodão brasileiro, para entender a sua importância e o potencial que ela representa para os negócios", afirmou. Silmara Ferraresi ressaltou o quanto a rastreabilidade está alinhada às agendas que regem as decisões do consumidor final. "Hoje, mais do que qualidade e preço, esse consumidor quer saber de onde veio, como foi produzida e em que condições, aquela peça que ele está levando para casa. Nós temos como mostrar a ele esse caminho, no que tange à produção, e, com apoio dos demais elos, podemos entregar o passo a passo, em cada uma das etapas produtivas", explicou. Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 98881-8064

Cotton Brazil bate metas e já planeja as ações para o próximo semestre
03 de Fevereiro de 2023

Desde que foi lançado, em dezembro de 2020, o projeto Cotton Brazil, de desenvolvimento de mercado internacional para o algodão brasileiro, vem batendo todas as metas em ações de promoção da fibra nos mercados-alvo, sobretudo na Ásia, e mesmo em incremento do valor, em dólar, movimentado com as exportações do produto. Foram US$ 3,68 bilhões, em 2022, contra US$ 3,41 bilhões no ano anterior. Na última terça-feira, 31 de janeiro, os gestores do programa, representantes da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) reuniram-se para apresentar os resultados e falar sobre as estratégias para o próximo semestre, quando a chamada Fase 2 da iniciativa estará concluída. Dentre os objetivos, elencados, estão novas abordagens em comunicação – com abertura de diálogo com outros elos da cadeia produtiva no exterior – e reforço nas ações em ESG. Em 2022, com o arrefecimento da pandemia, o Cotton Brazil intensificou as ações nos mercados-alvo, com visitas e eventos em formato presencial, e trazendo, também, representantes da indústria para conhecer o modelo de produção do algodão brasileiro, marcado pela sustentabilidade e produtividade. De acordo com o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, o Cotton Brazil está possibilitando que o esforço empreendido pelos produtores de algodão, através da Abrapa, para fortalecer a cotonicultura brasileira, seja materializado em aumento de negócios, expansão e consolidação de mercados. ""A Abrapa trabalha tendo como norte quatros compromissos, que são sustentabilidade, qualidade, rastreabilidade e promoção. Os três primeiros criam as condições para que possamos promover nosso algodão no Brasil e no mundo, entregando, de fato, valor"", disse Schenkel, enfatizando que este deve ser um trabalho continuado. Eficiência e inovação Para a gestora do projeto na Apex, Rafaela Albuquerque, o Cotton Brazil se tornou uma referência para iniciativas de outros setores, dentro da agência de fomento.  ""Este é um exemplo de benchmarking a ser seguido, pela excelência na gestão, a eficiência no uso dos recursos, e a forma como as ações são estruturadas, de forma inovadora. Temos aprendido bastante ao longo desses dois anos, e, cada vez mais, utilizamos os cases da Abrapa como referência para outros projetos na Apex"", disse. O diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, explica que eficiência foi a palavra-síntese das conclusões da mais recente reunião do conselho gestor.  ""Entregamos resultados. Estamos empregando os recursos dentro do montante planejado. O maior valor movimentado nas exportações também atesta o êxito da estratégia. Agora, planejamos o próximo semestre, sempre subindo a régua"", afirma Marcelo Duarte, que está baseado na cidade de Singapura, para potencializar as ações de promoção na Ásia. O presidente da Anea, Miguel Faus, endossa a fala dos demais.  ""As conquistas do Cotton Brazil são inúmeras. O projeto é um grande sucesso na promoção internacional do algodão brasileiro, junto ao seu mercado consumidor. O Brasil está se consolidando como origem de qualidade, sustentabilidade e confiabilidade nestes mercados, e hoje já temos a perspectiva de abertura de um novo, no Egito, para onde poderemos exportar os volumes adicionais que ocorrerão com o aumento da safra"", concluiu. 03.02.2023 Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 9 8881-8064

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão no seu WhatsApp
03 de Fevereiro de 2023

- Destaque da Semana – O ano novo começou oficialmente na China esta semana, com a volta do feriado. O Fed agiu como esperado nos EUA e o mercado segue “andando de lado”, buscando rumo. - Algodão em NY 1 – O contrato Mar/23 fechou ontem a 86,39 U$c/lp (-1,27%). - Algodão em NY 2 - Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 86,00 U$c/lp (+0,09%) e o Dez/24 a 82,92 U$c/lp (+0,70%) para a safra 2023/24. - Preços - Ontem (02/02), o algodão brasileiro estava cotado a 100,50 U$c/lp (-100 pts) para embarque em Fev/Mar-23 (Middling 1-1/8"" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para embarque em Out-Nov/23 a referência do preço fechou também em 103,00 U$c/lp (-75 pts). - Altistas 1 - O FMI está menos pessimista e, pela primeira vez em um ano, revisou para cima a previsão de crescimento econômico global: 2,9% em 2023. - Altistas 2 – O órgão projetou que o PIB chinês aumentará 5,2% em 2023 com a reabertura da economia após a severa política de Covid-Zero - bem acima dos 4,3% do ano passado. Das economias desenvolvidas, a de pior desempenho é do Reino Unido: retração de 0,6%. - Altistas 3 – O Fed dos EUA apenas aumentou a taxa de juros em 0,25%, chegando a para 4,75%, em linha com as expectativas. Mas o mercado se animou com o comunicado de imprensa do seu Presidente. - Baixistas 1 – As cotações de petróleo tiveram importante queda esta semana após anúncio de altos estoques nos EUA. - Baixistas 2 – Apesar da demanda ter melhorado em relação aos últimos meses de 2022, está ainda tímida e concentrada nos prazos de embarque mais curtos. - Mercado 1 - O ICAC divulgou seus números de fevereiro praticamente sem alterações em relação ao mês anterior, com consumo global projetado em 23 milhões de tons e produção 24,7 milhões de tons. - Mercado 2 - A relação estoque/uso em 22/23 está projetada para 93,9% no final do ciclo, bem maior que os 77,7% de 21/22. - Mercado 3 - A situação de falta de dólares continua impactando negócios no Paquistão e Bangladesh. - China 1 - Em dezembro de 2022, 66,8% do algodão importado pela China veio do Brasil. Do total de 170,9 mil tons da pluma, 114,2 mil tons eram brasileiras. Os dados são da Benjing Cotton Outlook Consulting (BCO). - China 2 - No acumulado do ano, no entanto, o algodão norte-americano ficou à frente do brasileiro. - Bangladesh 1 - Prevendo que a indústria têxtil bengalesa dobre de tamanho nos próximos anos, o presidente da Federation of Bangladesh Chambers of Commerce & Industries (FBCCI), Jashim Uddin, disse que o país ampliará as compras do Brasil. - Bangladesh 2 - A afirmação veio nesta quarta (1º), durante a assinatura de Memorando de Entendimento entre Apex-Brasil e FBCCI. A instituição bengalesa representa 80% das indústrias privadas de Bangladesh. - Parceria 1 - O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, e o presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana, reuniram-se pela primeira vez desde que assumiram seus cargos em janeiro. - Parceria 2 - Viana reconheceu a importância estratégica do programa Cotton Brazil e garantiu sua continuidade. “Queremos fomentar a expansão da cotonicultura e suas exportações”, afirmou. - Parceria 3 - A Apex é importante parceira da Abrapa e da Anea no programa Cotton Brazil, lançado em dezembro de 2019 com a missão de fortalecer a imagem e difundir a fibra nacional nos principais mercados globais. - Sustentável 1 - Somente 5% da área plantada com algodão no Brasil foi irrigada em 2022. O dado é do Databook 2022 do ICAC, publicado em janeiro. - Sustentável 2 - O anuário do ICAC mostra também que o Brasil é o país com maior percentual de lavouras cultivadas em plantio direto: 75%. - Exportações 1 - O algodão e o milho são os setores do agronegócio que mais ampliaram suas vendas ao exterior nos últimos 20 anos.  Segundo estudo do Insper, ambos produtos  tiveram crescimento anualizado de 15% das exportações nos últimos 20 anos. - Exportações 2 - O Brasil exportou 124 mil tons de algodão em jan/23. O volume foi 37,8% menor que o total embarcado em Jan/22. - Exportações 3 - Apesar da queda dos últimos dois meses, no acumulado de ago/22 a jan/23 (1º semestre do calendário comercial) as exportações somaram 1,08 milhão tons – alta de 4,4% ante mesmo período da temporada passada. - Semeadura 2022/23 - Até ontem (02/02): BA (97%); GO (87%); MA (82%), MG (90%), MS (100%); MT (67%); PI (100%); PR (100%), SP (94%). Total Brasil: 75% semeado. -  Beneficiamento 2021/22 - Brasil: 99,6% beneficiado (só MA não é finalizou ainda) - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

Cooperação entre Brasil e Bangladesh deve impulsionar o mercado para o algodão brasileiro
01 de Fevereiro de 2023

Quarto maior mercado para o algodão brasileiro e destino de 12% de toda a fibra embarcada pelo Brasil para o mundo, Bangladesh é um país prioritário para a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). O presidente da entidade, Alexandre Schenkel, foi um dos representantes dos setores econômicos exportadores nacionais que participaram, na manhã desta quarta-feira, 1º de fevereiro, da assinatura do Memorando de Entendimento entre a Apex-Brasil e a Federation of Bangladesh Chambers of Commerce & Industries (FBCCI), instituição bengalesa equivalente à agência de fomento nacional. Entre as partes que assinaram o memorando, a cerimônia teve presença, dentre outros, da embaixadora de Bangladesh para o Brasil, Sadia Faizunneza, do secretário sênior do Ministério do Comércio de Bangladesh, Tapan Kanti Gosh, e do presidente da FBCCI, Jashim Uddin. Do lado do governo brasileiro, participaram a diretora de Negócios da Apex-Brasil, Ana Paula Repezza, e o diretor do Departamento de Comércio e Promoção de Investimentos, embaixador Alex Giacomelli. A expectativa da Apex e da FBCCI, com o acordo de cooperação, é de promover, fortalecer e dar visibilidade às relações comerciais entre os dois países. Atualmente, além do algodão, o Brasil é um fornecedor representativo de outras commodities, como açúcar, soja e minério de ferro. Já Bangladesh exporta produtos manufaturados para o Brasil, especialmente, têxteis. Indústria crescente: mais algodão De acordo com o presidente da FBCCI, Jashim Uddin, no biênio 2024/2025, a indústria têxtil de Bagladesh deve dobrar em tamanho. ""Vamos precisar de mais algodão. Hoje, estamos comprando a fibra do Brasil, África e Índia, e o memorando assinado aqui favorece o comércio entre nós"", afirmou. A FBCCI representa 80% das indústrias da iniciativa privada de Bangladesh, tem mais de 400 associados e cerca de 38 acordos bilaterais, como o firmado em Brasília. A instituição bengalesa completa 50 anos, em 2024, e prepara uma grande cerimônia para a qual mais de 200 delegações estrangeiras têm presença prevista. Na solenidade de assinatura do memorando, o Brasil foi convidado a participar da celebração. Oportunidades sustentáveis A sustentabilidade, um dos principais atributos do algodão brasileiro, foi apresentada como uma oportunidade para o comércio entre os dois países. O tema faz parte da agenda de Bangladesh, que vem reforçando suas ações neste sentido, nos últimos dez anos, tendo já, em operação, várias plantas industriais consideradas ""verdes"". Em sua fala, Alexandre Schenkel destacou o fato do Brasil ser a origem de algodão com maior participação em toda a pluma licenciada pela ONG suíça Better Cotton Initiative (BCI). ""Atualmente, 42% de todo algodão licenciado pela Better Cotton vêm de lavouras brasileiras e 86% de toda a pluma produzida pelo Brasil são certificados pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que opera em benchmark com a BCI"", disse. Schenkel ressaltou, ainda, que, de acordo com o International Cotton Association Committee (Icac), 95% do algodão brasileiro depende apenas da água da chuva para a sua produção. ""A possibilidade de ter esse algodão sendo manufaturado em fábricas igualmente sustentáveis, em Bangladesh, abre novas oportunidades de comércio, faz os nossos clientes felizes e traz ganhos ambientais, sociais e econômicos"", afirmou o presidente da Abrapa. Afinidades constatadas Na noite anterior à assinatura do Memorando de Entendimento, Schenkel participou de um jantar oferecido pela embaixadora de Bangladesh e o marido dela, Michael Winter, na sede da embaixada. Na ocasião, o secretário sênior do Ministério do Comércio de Bangladesh, Tapan Kanti Gosh, e o presidente da FBCCI, Jashim Uddin, foram apresentados aos representantes do setor privado do Brasil. ""Este encontro prévio foi interessante para que pudéssemos estreitar os laços e entender melhor as demandas deles, que são oportunas para o Brasil. Mais uma vez, constatamos a imensa receptividade do povo de Bangladesh. Já havíamos verificado isso em todas as missões de promoção do algodão brasileiro que empreendemos lá. Somos países com grandes semelhanças e afinidades"", concluiu Schenkel. 1º de janeiro de 2023 Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 9 8881-8064

Com mercado aberto, Brasil busca vender algodão ao Egito
01 de Fevereiro de 2023

Os produtores brasileiros têm como objetivo responder por 20% da demanda do algodão importado pelo Egito nos próximos dois anos e se organizam para ir em busca dessa fatia ainda no primeiro semestre deste ano. A meta foi estipulada pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) após o mercado egípcio ter sido aberto para o algodão brasileiro neste mês. Na prática, isso significa que Egito e Brasil fizeram acordo fitossanitário que definiu as regras para o fornecimento do algodão brasileiro ao país árabe. Diante da porta aberta, o setor deve fazer alguma ação de promoção comercial no Egito nos primeiros meses deste ano, de acordo com o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. Segundo Schenkel, isso já é feito em outros países junto com as embaixadas brasileiras e os adidos agrícolas e o mesmo deve ser realizado no Egito. O segmento quer mostrar a qualidade do algodão brasileiro, a rastreabilidade da produção e a confiabilidade do fornecimento. O Egito é um importante produtor de algodão, mas o país cultiva especialmente o produto de fibra longa e extralonga, que é premium. Já o Brasil produz o algodão de fibra média. — O Egito importa em torno de 120 mil toneladas ao ano, nós queremos atingir em torno de 25 mil toneladas — afirmou Schenkel à ANBA sobre a perspectiva de atender o país com cerca de 20% do que ele importa. O presidente da Abrapa afirma que essa tem sido a experiência brasileira ao entrar em novos mercados: conseguir uma fatia de 20% das importações, em alguns casos até 50%. Schenkel acredita que a indústria egípcia utilizará o algodão brasileiro, de fibra média, para fazer blend com o seu algodão de fibras mais longas, e pensa que é possível até responder por mais que 20% das compras internacionais egípcias do algodão. —Vai depender de nós, de eles gostarem do nosso produto. Nós podemos atendê-los bem— afirma. O presidente da Abrapa lembra que os períodos de colheita no hemisfério norte (onde estão Egito e Estados Unidos, que são produtores) e sul (onde está o Brasil) são diferentes. —A gente pode entrar na outra metade do ano com o nosso algodão —afirma o presidente. O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e o quarto maior produtor mundial. Diferente de outros países, no entanto, o Brasil tem colheita para atender a demanda interna e ainda exportar. Em dezembro, por exemplo, o País exportou 175,7 mil toneladas de algodão. No acumulado do atual ano comercial para o setor, de agosto a dezembro, a exportação somou 952,1 mil toneladas e teve alta de 14,6% em relação ao mesmo período da temporada anterior. Brasil é segundo maior exportador de algodão —A abertura do mercado egípcio, que foi anunciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, era um pedido dos produtores brasileiros em função da importância da produção têxtil no país árabe. —O governo, a parte diplomática, o Ministério da Agricultura vieram trabalhando para viabilizar —afirmou Schenkel para a ANBA. A demanda era antiga, mas foi reforçada nos últimos três anos, segundo o presidente da Abrapa. Ele diz que o Brasil vem promovendo o algodão mundo afora há 20 anos e acredita que as informações sobre a produção brasileira e sua credibilidade chegaram no Egito em função disso também. Schenkel afirma também que os brasileiros vão cumprir as exigências fitossanitárias dos egípcios. —Como nós exigimos alguns controles fitossanitários para entrar aqui no Brasil, a gente tem que respeitar o controle fitossanitário dos outros países —afirma. Schenkel faz questão de afirmar quão confiável é o Brasil nas entregas e diz que o País é fornecedor estratégico. —Nós somos cumpridores de contratos e queremos mostrar a viabilidade logística —fala o presidente da Abrapa. Ele afirma que o Brasil atingiu qualidade tão boa quanto dos seus concorrentes, como os Estados Unidos, e que o País tem a produção em regiões menos suscetíveis a crises hídricas e climáticas do que os norte-americanos. Mesmo com alguma queda na safra, os brasileiros conseguem exportar algodão. O Brasil produz ao redor de 2,6 milhões de toneladas e tem demanda nacional de cerca de 700 mil toneladas. Na missão prevista, ainda sem data definida, os brasileiros devem apresentar essas características do setor.

Renner utiliza blockchain para rastrear nova coleção de jeans com algodão sustentável
31 de Janeiro de 2023

A Renner, uma das maiores varejistas de moda no Brasil, lança uma nova coleção de peças em jeans produzidas com algodão com certificação socioambiental e rastreadas com a tecnologia Blockchain. São oito modelos femininos à venda no e-commerce e em lojas físicas da Bahia, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco. O lançamento é uma parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que iniciou o desenvolvimento da coleção de jeans femininos rastreáveis por blockchain no ano passado. Tudo isso por meio do programa SouABR (Sou de Algodão Brasileiro Responsável). “Há mais de dez anos, a Abrapa vem estruturando suas frentes de atuação para garantir a oferta de uma fibra de alta qualidade, produzida com responsabilidade socioambiental e que tenha sua origem rastreável. Ficamos muito felizes e orgulhosos em ter a Renner como marca pioneira nesta missão, iniciando uma nova jornada em prol da sustentabilidade das marcas de moda”, declara Alexandre Pedro Schenkel, presidente da Abrapa. Como funciona a rastreabilidade? O objetivo da tecnologia de rastreabilidade digital desenvolvida pela Abrapa é garantir transparência sobre a origem e a trajetória de cada peça, permitindo o acompanhamento de todo o ciclo de produção: desde a fazenda que cultiva a matéria-prima passando pela fiação, tecelagem ou malharia, confecção e varejo. Quando inseridas no sistema, as informações são criptografadas e não podem ser alteradas. Todas as informações estão disponíveis por meio da leitura de um código QR impresso nas etiquetas, que remete a uma página (landing page). “Queremos ser um agente de transformação do setor de moda”, completa o gerente-geral de sustentabilidade da Lojas Renner, Eduardo Ferlauto. Como obter a certificação ABR? Para obter a certificação socioambiental ABR, as fazendas de algodão são auditadas por órgãos terceiros — com acreditação internacional — e precisam atender a mais de 180 pontos de verificação. Entre eles, estão: contrato de trabalho obrigatório e condições dignas para os trabalhadores, além de veto a discriminação, boas práticas de preservação e o cumprimento de 100% das leis ambientais brasileiras. FONTE: https://exame.com/esg/renner-utiliza-blockchain-para-rastrear-nova-colecao-de-jeans-com-algodao-sustentavel/