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Inspetores das UBAs do MS passam pela capacitação para a “certificação oficial”
10 de Março de 2023A maratona de treinamentos para o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro chegou ao Mato Grosso do Sul, onde mais de 50 inspetores de Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBAs) foram treinados, na sede da Associação Sul Matogrossense dos Produtores de Algodão (Ampasul), no dia 07 de março. O Programa da Qualidade do Algodão Brasileiro é a certificação oficial da fibra, chancelada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Com ele, Governo e Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) esperam simplificar etapas e dispensar a necessidade de rechecagem do algodão, pelos países de destino e mesmo no mercado interno, a partir do pressuposto de que a análise do produto comercializado é fidedigna. Para isto, todo um esforço no aprimoramento dos processos e no cumprimento rigoroso da legislação já existente estão sendo empreendidos. O Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro é baseado no autocontrole e, por isso, tanto laboratórios quanto UBAs precisam designar inspetores, que são funcionários capacitados, detentores dos conhecimentos legais e técnicos para o ofício, e legalmente responsáveis pelos dados que informam. O treinamento tem supervisão da Superintendência Federal de Agricultura do Distrito Federal, SFA/DF, e foi aprovado pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), do mesmo ministério.A capacitação ocorreu no Centro de Eventos do Algodão, da Ampasul, em Chapadão do Sul O conteúdo programático abordou os requisitos legais do programa, como a Instrução Normativa nº24 de 14 de julho de 2016, do Mapa, que define o regulamento técnico do algodão em pluma, o padrão oficial de classificação, os requisitos de identidade e qualidade, a amostragem, o modo de apresentação e a marcação ou rotulagem, nos aspectos referentes à classificação do produto. Já a Portaria 375, de 12 de agosto de 2021, estabelece os requisitos e critérios para a certificação voluntária dos produtos de origem vegetal. Inspetores das UBAs do MS passam pela capacitação para a “certificação oficial – YouTube O estado tem oito algodoeiras, mas por questão de distância geográfica, atraiu outras quatro UBAs do vizinho, Goiás. Após a capacitação – ministrada pela diretora de Relações Institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi, e pelo gestor do programa de Qualidade da associação, Edson Mizoguchi –, a sensação, para o gestor de laboratório da Ampasul, Renato Marinho de Souza, foi de que o público tomou consciência da complexidade, importância e do grau de responsabilidade que as algodoeiras e laboratórios terão de assumir, com o Programa de Qualidade.A capacitação foi ministrada pela diretora de Relações Institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi, e pelo gestor do programa de Qualidade da associação, Edson Mizoguchi “Todos os aspectos legais permanecem os mesmos, mas, agora, o descumprimento deles pode descredenciar o fardo à certificação oficial, e isso trará consequências”, explica. Souza diz ainda que, antes mesmo da capacitação da Abrapa e do Mapa, a Ampasul já desenvolvia um trabalho de alerta em relação ao cumprimento da legislação. “Antes, parecia que nós clamávamos no deserto. No dia seguinte ao treinamento, recebemos diversas ligações dos participantes que deixaram claro que entenderam a responsabilidade e estão comprometidos a trabalhar pela classificação”, afirmou. O diretor executivo da Ampasul, Adão Hoffmann, ressaltou que um dos pontos que mais lhe chamaram a atenção foi a explicação da etiqueta SAI. A etiqueta é a síntese do programa de rastreabilidade da Abrapa e funciona como um “CPF” de cada fardo de algodão produzido no Brasil. Ela é composta por uma série de 20 algarismos, incluindo dígito verificador, dispostos em uma ordem lógica, no código de barras. Dentre estes números, o código fornecido pela GS1, organização internacional parceira da Abrapa, no Brasil, que fornece códigos de barras (EAN/UPC) no mundo. “Os profissionais capacitados pela Abrapa e Mapa trabalham diariamente com estas etiquetas, mas muitos deles não detinham o conhecimento do que cada um dos números quer dizer. Depois do encontro, tudo ficou mais claro”, disse Hoffmann. Inspetores das UBAs do MS passam pela capacitação para a “certificação oficial – YouTube Entre as informações embarcadas nas etiquetas SAI, estão onde o algodão foi produzido, o local de beneficiamento e até em que prensa ele foi compactado. Da mesma forma, o código informa se aquele algodão é certificado pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e/ou licenciado pela Better Cotton Initiative (BCI), que tratam da sustentabilidade da fibra. “Para a certificação oficial, contudo, o que precisamos deixar claro e transparente é a resposta a duas perguntas: se a amostra enviada ao laboratório, realmente, corresponde e representa o fardo e se análise de HVI (High Volume Instrument), realizada na amostra, respeitou os padrões internacionais. A credibilidade do produto brasileiro depende, diretamente, da precisão em todos os processos”, sintetiza Silmara Ferraresi. Como o código de barras SAI (20 dígitos) é formado: 00 – Tipo de código 0 a 9 – Dígito de extensão – indica se a algodoeira é matriz ou filial 789854519 – Sequência de 9 dígitos – GS1 – identificação da algodoeira 1 a 9 – identificação da prensa 064004 – Número do fardo 5 – Dígito verificador Confira abaixo: Fonte: Abrapa/Jovem Sul News
Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
10 de Março de 2023Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão no seu WhatsApp Destaque da Semana – A combinação de um relatório de oferta e demanda do USDA neutro/baixista com uma postura conservadora do Fed fez com que o mercado cedesse esta semana. Algodão em NY 1 – O contrato Mai/23 fechou ontem a 82,18 U$c/lp (-1,8%). Algodão em NY 2 - Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 83,07 U$c/lp (-0,8%) e o Dez/24 a 79,50 (-0,5%) para a safra 2023/24. Preços (09/03), o algodão brasileiro estava cotado a 96,25 U$c/lp (-325 pts) para embarque em Mar-Abr/23 (Middling 1-1/8"" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para embarque em Out-Nov/23 a referência do preço fechou em 100,00 U$c/lp (-175 pts). Baixistas 1 – O relatório de oferta e demanda do USDA de março, divulgado na última quarta (8) trouxe estoques iniciais mundiais de 2022/23 maiores (+191 mil tons) e também safra mundial maior (+157 mil tons), agora estimada em 25,06 milhões. Baixistas 2 – O órgão também reduziu a previsão de consumo mundial em 121 mil tons, para 23,97 milhões. Baixistas 3 – Consequentemente, os estoques finais mundiais aumentaram em 449 mil tons, para 19,85 milhões, o maior nível desde 2015/16, excluindo pico da pandemia de COVID em 2019/20. Baixistas 4 –Esta semana, o presidente do Fed, Jerome Powell, enfatizou bastante em seus discursos a necessidade de taxas de juros mais altas para combater a inflação nos EUA. Altistas 1 – Números da China no relatório de oferta e demanda deste mês mostram crescimento robusto na demanda do país: 6,7% de 21/22 para 22/23, enquanto que o mundo cai 7,3% no mesmo período. Altistas 2 – As recentes mostras de que a China irá liberar a entrada de algodão australiano, após um longo período de boicote, evidenciam a demanda no gigante asiático. Altistas 3 – A China tem restrições crescentes para usar seu próprio algodão em produtos para exportação devido ao banimento imposto pelos EUA e outros países ao algodão de Xinjiang. EUA - Relatório do USDA apontou que as importações de produtos de algodão pelos EUA no ano civil de 2022 caíram após atingir o nível mais alto em uma década. China 1 - Como já esperado, os congressistas chineses votaram unanimemente para dar a Xi Jinping um terceiro mandato como presidente. Agora, a expectativa é em relação às prometidas medidas de ajuste para retomada de crescimento e enfrentamento dos desafios geopolíticos. China 2 - No campo geopolítico, Pequim e Washington se envolvem em uma nova rodada de acusações esta semana. A relação entre os países está em seu ponto mais baixo em anos e parece estar pior a cada dia. Qualidade 1 - Mais de 50 inspetores foram treinados em Mato Grosso do Sul, na sede da Ampasul, para o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro na terça (07). Qualidade 2 - É um programa oficial do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com a Abrapa, que tem como objetivo padronizar os procedimentos de classificação do algodão e certificar os resultados de classificação que estejam em conformidade com a norma oficial. Safra 2022/23 1 - De acordo com o 6º levantamento da safra 2022/23, divulgado ontem (09/03) pela Conab, a área plantada de algodão é estimada em 1,664 milhão de hectares (+4,0%) e a produção de pluma em 2,78 (+9,0%). Safra 2022/23 2 - A produção estimada pela Conab é 7,8% menor que a divulgada pela Abrapa (3,01 mmt) em 01 de março. Semeadura 2022/23 - Até ontem (09/03) 99,86% do algodão semeado, restando apenas o estado de Goiás (92,15%) finalizar o plantio. Beneficiamento 2021/22 - Até ontem (09/03) 99,83% beneficiado, restando apenas o estado do Maranhão (93%) para finalizar o processo. Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com
Comitê Sou de Algodão se reúne com os apoiadores Bayer e FMC
09 de Março de 2023Na última terça-feira, 07/03, aconteceu a primeira reunião de 2023 do comitê de Sou de Algodão, constituído por representantes da Abrapa e dos apoiadores platino do movimento, Bayer e FMC. Durante o encontro, foi apresentado o balanço financeiro e os resultados conquistados em 2022, além das perspectivas de arrecadações e investimentos para 2023. Estiveram presentes os seguintes representantes das instituições: Alexandre Pedro Schenkel, presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura e Carlos Alberto Moresco, do comitê Sou de Algodão, Silmara S. Ferraresi, diretora de Relações Institucionais, e Camila de Souza Preuss, assessora de Relações Institucionais; Eduardo Correa e João Tovajar, da Bayer; Érica Rodrigues e Fábio Lemos, da FMC; e Luciano Thomé Castro, Augusto Lima e Silva e Manami Kawaguchi Torres, da Markestrat, assessoria estratégica e de comunicação: Sobre o planejamento e metas de 2023, o grupo destacou para os apoios a abertura do programa de rastreabilidade SouABR para o mercado nacional, que já chamou atenção de muitas marcas interessadas em participar; o lançamento de marketplace para produtos de algodão de marcas parceiras no Mercado Livre; e o lançamento do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, concurso voltado para estudantes de moda e design de todo o Brasil. A reunião encerrou com comentários dos presentes sobre como o movimento está no caminho certo, colhendo o fruto do trabalho desses seis anos. Atualmente, Sou de Algodão é considerado uma marca de valor, sendo referência para outros setores do agro e tendo muita abertura com a indústria têxtil nacional. Abrace este movimento: Site: www.soudealgodao.com.br Facebook, Instagram, Youtube, LinkedIn e Pinterest: @soudealgodao
Inspetores das UBAs do MS passam pela capacitação para a “certificação oficial
09 de Março de 2023A maratona de treinamentos para o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro chegou ao Mato Grosso do Sul, onde mais de 50 inspetores de Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBAs) foram treinados, na sede da Associação Sul Matogrossense dos Produtores de Algodão (Ampasul), no dia 07 de março. O Programa da Qualidade do Algodão Brasileiro é a certificação oficial da fibra, chancelada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Com ele, Governo e Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) esperam simplificar etapas e dispensar a necessidade de rechecagem do algodão, pelos países de destino e mesmo no mercado interno, a partir do pressuposto de que a análise do produto comercializado é fidedigna. Para isto, todo um esforço no aprimoramento dos processos e no cumprimento rigoroso da legislação já existente estão sendo empreendidos. O Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro é baseado no autocontrole e, por isso, tanto laboratórios quanto UBAs precisam designar inspetores, que são funcionários capacitados, detentores dos conhecimentos legais e técnicos para o ofício, e legalmente responsáveis pelos dados que informam. O treinamento tem supervisão da Superintendência Federal de Agricultura do Distrito Federal, SFA/DF, e foi aprovado pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), do mesmo ministério. O conteúdo programático abordou os requisitos legais do programa, como a Instrução Normativa nº24 de 14 de julho de 2016, do Mapa, que define o regulamento técnico do algodão em pluma, o padrão oficial de classificação, os requisitos de identidade e qualidade, a amostragem, o modo de apresentação e a marcação ou rotulagem, nos aspectos referentes à classificação do produto. Já a Portaria 375, de 12 de agosto de 2021, estabelece os requisitos e critérios para a certificação voluntária dos produtos de origem vegetal. O estado tem oito algodoeiras, mas por questão de distância geográfica, atraiu outras quatro UBAs do vizinho, Goiás. Após a capacitação – ministrada pela diretora de Relações Institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi, e pelo gestor do programa de Qualidade da associação, Edson Mizoguchi –, a sensação, para o gestor de laboratório da Ampasul, Renato Marinho de Souza, foi de que o público tomou consciência da complexidade, importância e do grau de responsabilidade que as algodoeiras e laboratórios terão de assumir, com o Programa de Qualidade. ""Todos os aspectos legais permanecem os mesmos, mas, agora, o descumprimento deles pode descredenciar o fardo à certificação oficial, e isso trará consequências"", explica. Souza diz ainda que, antes mesmo da capacitação da Abrapa e do Mapa, a Ampasul já desenvolvia um trabalho de alerta em relação ao cumprimento da legislação. ""Antes, parecia que nós clamávamos no deserto. No dia seguinte ao treinamento, recebemos diversas ligações dos participantes que deixaram claro que entenderam a responsabilidade e estão comprometidos a trabalhar pela classificação"", afirmou. O diretor executivo da Ampasul, Adão Hoffmann, ressaltou que um dos pontos que mais lhe chamaram a atenção foi a explicação da etiqueta SAI. A etiqueta é a síntese do programa de rastreabilidade da Abrapa e funciona como um ""CPF"" de cada fardo de algodão produzido no Brasil. Ela é composta por uma série de 20 algarismos, incluindo dígito verificador, dispostos em uma ordem lógica, no código de barras. Dentre estes números, o código fornecido pela GS1, organização internacional parceira da Abrapa, no Brasil, que fornece códigos de barras (EAN/UPC) no mundo. ""Os profissionais capacitados pela Abrapa e Mapa trabalham diariamente com estas etiquetas, mas muitos deles não detinham o conhecimento do que cada um dos números quer dizer. Depois do encontro, tudo ficou mais claro"", disse Hoffmann. Entre as informações embarcadas nas etiquetas SAI, estão onde o algodão foi produzido, o local de beneficiamento e até em que prensa ele foi compactado. Da mesma forma, o código informa se aquele algodão é certificado pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e/ou licenciado pela Better Cotton Initiative (BCI), que tratam da sustentabilidade da fibra. ""Para a certificação oficial, contudo, o que precisamos deixar claro e transparente é a resposta a duas perguntas: se a amostra enviada ao laboratório, realmente, corresponde e representa o fardo e se análise de HVI (High Volume Instrument), realizada na amostra, respeitou os padrões internacionais. A credibilidade do produto brasileiro depende, diretamente, da precisão em todos os processos"", sintetiza Silmara Ferraresi. Como o código de barras SAI (20 dígitos) é formado: 00 – Tipo de código 0 a 9 – Dígito de extensão – indica se a algodoeira é matriz ou filial 789854519 – Sequência de 9 dígitos – GS1 – identificação da algodoeira 1 a 9 – identificação da prensa 064004 – Número do fardo 5 – Dígito verificador Confira abaixo: 09.03.2023 Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 9 8881-8064 "
Setor têxtil brasileiro se destaca com tecnologia responsável de rastreabilidade do algodão
08 de Março de 2023O projeto SouABR é a primeira iniciativa de rastreabilidade da cadeia têxtil nacional, que utiliza a tecnologia blockchain. Com ela, o consumidor pode ter informações sobre a certificação de origem do algodão, sustentável, utilizado em suas roupas. O programa foi desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) com o objetivo de oferecer transparência no consumo de moda e estimular escolhas mais conscientes. A iniciativa foi idealizada pela Abrapa através do movimento Sou de Algodão, em parceria com as marcas Reserva e Renner. Dentre os seus fornecedores certificados estão as empresas Vicunha Têxtil, Incofios, Renauxview e Dalila, que fazem parte do Texbrasil (Programa de Internacionalização da Indústria Têxtil e de Moda Brasileira), fruto de uma parceria entre a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) e a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). “A certificação da sustentabilidade do algodão utilizado pela indústria têxtil brasileira é um ponto de orgulho para o setor e nos destaca frente ao mercado internacional. Ficamos felizes com a participação das empresas do Texbrasil no programa”, comenta Lilian Kaddissi, Superintendente Executiva de Projetos Estratégicos da Abit. Através de um QR Code na peça de roupa, o consumidor poderá ter a certeza de que o algodão utilizado tem a certificação socioambiental Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que entrega à indústria o comprometimento dos produtores com os três pilares da sustentabilidade (social, ambiental e econômico), além de informar sobre os elos da produção: fazenda, fiação, tecelagem ou malharia, confecção e varejo. Atualmente o Brasil é o maior fornecedor de algodão responsável do mundo, com 84% de toda a sua produção certificada pela ABR. O caminho que o algodão certificado percorre começa na fazenda, onde a produção atende a um completo protocolo, que inclue mais de 180 perguntas, divididas em oito critérios, como Contrato de Trabalho, Proibição de Trabalho Infantil, Proibição de Trabalho Análogo ao Escravo, Liberdade de Associação Sindical, Proibição de Discriminação de Pessoas, Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente de Trabalho, Desempenho Ambiental e Boas Práticas Agrícolas. As auditorias são anuais, individuais e realizadas por empresas certificadoras como a Bureau Veritas e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “Nosso cliente está mais exigente e estamos buscando entregar o que ele pede: responsabilidade e transparência.” explica Júlio Cézar Busato, presidente Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Abrapa. A Associação estima que a tecnologia de rastreamento do programa SouABR esteja disponível para toda a cadeia têxtil nacional neste ano de 2023. Sobre o Texbrasil O Programa de Internacionalização da Indústria Têxtil e de Moda Brasileira (Texbrasil) atua junto às empresas do setor têxtil e de confecção no desenvolvimento de estratégias para conquistar o mercado global. Ao longo de 20 anos, já auxiliou cerca de 1600 marcas a entrar na trilha da exportação, realizando USD 9 bilhões em negócios. O Programa é realizado por meio de uma parceria entre a Abit e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). https://apexbrasil.com.br/br/pt/conteudo/noticias/baristas-divulgam-vaga-para-representar-o-Brasil-em-campeonato-munidal-na-Grecia/setor-textil-brasileiro-se-destaca-com-tecnologia-responsavel-de-rastreabilidade-do-algodao.html
Com o MIP, cotonicultura brasileira supera as adversidades naturais do clima tropical
08 de Março de 2023Há mais de duas décadas, a produção de algodão no cerrado brasileiro e o conceito de Manejo Integrado de Pragas e Doenças (MIP) andam juntos e evoluem a cada ano, na dinâmica do agro nacional. O conceito não é novo. Vem desde os anos de 1960, e consiste em integrar, numa matriz, diversas ferramentas de proteção de cultivos, como os defensivos químicos, agentes biológicos e outras tecnologias, assim como práticas agronômicas, num sistema que otimiza o efeito de cada uma delas. Esse “mix” é fundamental para a sustentabilidade da produção. Foi para tratar de MIP que a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e a Better Cotton Initiative (BCI) reuniram-se, ao longo dos dias 28 de fevereiro e 02 de março. O objetivo comum foi entender os desafios à produção responsável de algodão, na perspectiva das agendas do novo milênio, dentre elas, a redução no uso de pesticidas. O workshop aconteceu na sede da Abrapa, em Brasília, e a programação incluiu ainda uma visita à fazenda Pamplona, do grupo SLC Agrícola, situada no município de Cristalina/GO. Cerca de 20 pessoas participaram do evento, oriundas das regiões produtoras do país. Além delas, pesquisadores nacionais e internacionais, representantes da Abrapa e da Better Cotton, inclusive o seu CEO, Alan McCLay, que visitou o país pela primeira vez. A BCI é uma Organização Não Governamental com sede na Suíça e atuação em 26 países. Ela é a referência internacional em licenciamento de algodão responsável, e o Brasil responde por 42% de todo o montante do chamado algodão BC no mundo. Há dez anos, a Abrapa e a BCI firmaram um benchmark, estabelecendo a equivalência entre os protocolos dos programas Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e BCI. A busca e propagação de melhores práticas agrícolas é parte fundamental dos requisitos destas iniciativas. “Quando a Abrapa e a BCI oficializaram a parceria, demonstraram confiança e desejo mútuo de aprimorar a produção de algodão, no que tange à sustentabilidade. Não há como falar de sustentabilidade na cotonicultura sem colocar em evidência o trabalho dos produtores brasileiros. Chegamos ao segundo lugar na exportação mundial, mas entregamos muito mais do que volume. Temos sustentabilidade, índices impressionantes de produtividade, rastreabilidade fardo a fardo e dados que comprovam a seriedade deste trabalho. Com o workshop, pudemos apresentar, in loco, à BCI este recorte de uma história de sucesso, que já existe e que precisa ser contada, com orgulho, aqui, em nosso território, e pelo globo afora”, disse o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. Poupa-terra Na teoria, em Brasília, e na prática, na fazenda Pamplona, os visitantes puderam ver como a cotonicultura brasileira, através da tecnologia e do MIP, conseguiu galgar patamares de produtividade, em sequeiro, únicos no mundo. Desta forma, reduziu sobremaneira a demanda por terras para o plantio. O feito se torna ainda mais relevante, quando se considera o fato de que se trata de um país tropical. Assim como para as lavouras e rebanhos, o clima é favorável aos patógenos e parasitas, que atacam o ano inteiro, na falta de eventos naturais que interrompam seu ciclo reprodutivo. As condições específicas e as dimensões continentais do país, na opinião do chefe-geral da Embrapa Algodão, Alderi Araújo, invalidam qualquer tentativa de fazer paralelos com outros países. “Precisamos comparar volumes e ingredientes ativos em relação a nós mesmos, à nossa evolução. As condições que enfrentamos são muito mais adversas”, pondera. De acordo com um estudo recente da Embrapa, mencionado pelo pesquisador, que contrapôs a tecnologia embarcada na cotonicultura brasileira atual com a dos anos de 1970, se o mesmo pacote tecnológico daquela época fosse aplicado hoje, seriam necessários 18,5 milhões de hectares para obter a mesma produção atual. “Isso corresponde ao território de Portugal e Hungria; nós chamamos esse estudo de tecnologia poupa-terra. Reduzir o volume implicaria em abrir muito mais áreas”, disse. Singularidades O CEO da BCI, Alan McClay, concordou que comparações internacionais são difíceis e arriscadas, porque nenhum país é igual. “A maneira como o produtor de algodão trabalha é diferente, até entre comunidades. Ainda mais, entre países. No entanto, o que eu vejo é que um grande progresso foi feito. Eu gostaria de dizer que a Abrapa tem muito a ver com isso, no recente ressurgimento da produção brasileira de algodão. Porque, se você olhar para 10 ou 20 anos atrás, o Brasil era completamente diferente na indústria de produção”, afirmou. McClay se disse, ainda, muito impressionado com a visita à fazenda Pamplona, desde a organização, até a estrutura voltada aos funcionários e suas famílias, com escola, playgrounds e diversos recursos. “Outra coisa que me impressionou foi o tamanho do lugar e o fato de que você precisa usar um avião para distribuir, precisamente, o pesticida. Me fez perceber o quão bem-organizada e planejada é essa indústria. Porque é uma escala massiva, e se usa tecnologia e equipamentos para poder gerenciar toda essa dimensão”, concluiu.
Alinhamento de estratégias e ODSs em pauta na reunião do projeto +Algodão no Chile
07 de Março de 2023Entre os dias 13 e 15 de março, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou, na cidade de Santiago, no Chile, do 14º Comitê de Acompanhamento do Projeto (CAP) Regional, como parte das ações do ""Mais Algodão"", iniciativa criada para o fortalecimento do setor algodoeiro, no Mercosul, Haiti e África Subsaariana, por meio da cooperação Sul–Sul. O Brasil é signatário do acordo, aportando, para isso, recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). Mais que provedor de recursos, o país tem papel estratégico na cooperação, servindo de parâmetro para os demais, assim como difusor de conhecimento sobre o cultivo sustentável, organização da cadeia produtiva e união dos produtores. O evento foi promovido pelo Escritório Regional para América Latina e o Caribe (ALC) da FAO, em colaboração com o Governo do Brasil, através, do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Agência Brasileira de Cooperação (ABC). O CAP é o mecanismo adotado pela Cooperação Sul-Sul Trilateral que fornece orientação e planejamento operacional, funcionando também como um espaço para tratar de questões relevantes à implementação adequada dos Planos Operacionais Anuais (POAs) e dos Projetos Nacionais executados sob o componente regional, entre outras atividades de coordenação e gestão do projeto regional. Na pauta do evento, o alinhamento das ações realizadas pelos países integrantes do acordo de cooperação firmado desde 2012, quando foi firmado, até 2021. Para isso, uma extensa agenda de trabalho foi desenvolvida, durante os três dias. O atendimento aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da ONU, também foi uma das prioridades nas discussões. Para o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, no encontro do Chile foi a oportunidade de, após 10 anos, desde a assinatura do acordo, ver o quanto se evoluiu na produção de algodão, nestes países. ""Na reunião, pudemos realinhar as estratégias e planejar os próximos passos. É notória a dedicação dos nossos vizinhos cotonicultores, mas a atividade lá é, em muitos aspectos, diferente da nossa, sobretudo no porte, assim como na tecnologia aplicada. Foi uma semana bem produtiva, na qual compartilhamos nossa visão de futuro, e ela é muito positiva"", afirmou Schenkel. Segundo o diretor executivo da Abrapa, o foco do Mais Algodão é o resgate social. ""Tratam-se de produtores de perfil de agricultura de subsistência, que podem ter no cultivo da fibra uma excelente opção de melhoria de vida, com impacto no desenvolvimento nacional. Para a Abrapa, o fortalecimento da cotonicultura em bloco, sobretudo no Mercosul, é importante"", disse. 17.03.2023 Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 98881-8064 Carolina Gomes – Jornalista Assistente (71) 9 8881-1555
Visita à Amipa
06 de Março de 2023O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, deu início aos trabalhos da semana com uma visita a Minas Gerais, estado que plantou, na safra 2022/2023, aproximadamente, 27 mil hectares de algodão, e deve colher em torno de 50 mil toneladas de pluma (produto beneficiado), neste ciclo. Na cidade de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, Schenkel esteve na sede da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), acompanhado do diretor-executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero. Lá, foi recepcionado pelo presidente da entidade estadual, Daniel Bruxel, pelo vice, Inácio Urban e pelo diretor-executivo, Lício Pena. No roteiro da visita, o Minascotton - laboratório de análise de algodão, o escritório da Embrapa DENE, instalado dentro do prédio da associação, e a biofábrica “Amipa Manejo Biológico”. Esta última, braço de inovação que trabalha com macroorganimos (MAcs) – predadores e parasitoides – para atender às culturas do algodão, soja, milho, feijão, ervilha, tomate e café. Dentre os macroorganismos, a mais nova estrela é o Catolaccus Amipa, uma vespa, que, segundo Lício Pena, é o primeiro biológico registrado especificamente para o bicudo do algodoeiro. “O que vimos aqui, além de impressionante, do ponto de vista tecnológico, é uma prova da constante busca da sustentabilidade e da qualidade, pelo produtor de algodão. Esse investimento perpassa todos os elos da cadeia produtiva até chegar ao consumidor final, que somos todos nós”, afirmou Alexandre Schenkel. 06.03.2023 Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 98881-8064