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Comitiva da Guiana Inglesa conhece trabalho da Abrapa
24 de Maio de 2024O Brasil é o maior produtor de algodão responsável do mundo e o segundo no ranking global de exportação. Para conhecer melhor este setor que investe em tecnologia e inovação para alcançar os melhores índices de produtividade com sustentabilidade, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) recebeu a visita de uma comitiva do governo da Guiana Inglesa, no dia 24 de maio. O grupo foi conduzido ao escritório da entidade, em Brasília, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), onde puderam conhecer o trabalho desenvolvido para impulsionar a cotonicultura brasileira. O diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, destacou as transformações do setor ao longo dos anos e os avanços que resultaram em uma mudança significativa de paradigma. "O setor cresceu em meio às crises, adaptando-se e progredindo em questões estratégicas, com o objetivo de demonstrar ao mundo que o algodão é produzido com responsabilidade social, e ambiental, além de possuir rastreabilidade, desde a semente até o produto final", afirmou. Em parceria com a FAO, a Abrapa recebe periodicamente grupos de pessoas ligadas a governos ou ao setor produtivo interessadas em conhecer a governança da organização e o modelo de produção brasileiro. "Os representantes do governo da Guiana Inglesa estavam interessados em estreitar as relações com o Brasil, inclusive explorando possibilidades na área da cotonicultura em seu país. Durante o encontro, eles puderam conhecer nossa organização, especialmente os projetos de rastreabilidade, sustentabilidade e promoção, com o objetivo de alinhar estratégias com outros países participantes do projeto da FAO", explicou Portocarrero. Os visitantes também conheceram o Centro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), que funciona no mesmo prédio. A estrutura é parte do programa Standard Brasil (SBHVI). Coube ao gestor de Qualidade da Abrapa, Edson Mizoguchi, mostrar o funcionamento do laboratório central de verificação e padronização dos processos classificatórios do algodão brasileiro. “Na FAO Brasil, tivemos o prazer de receber uma missão internacional com membros da Guiana Inglesa, incluindo ambientalistas, geólogos e agrônomos, que demonstraram grande interesse não apenas na produção do Cerrado, mas também nos princípios de sustentabilidade que a agricultura brasileira alcançou. Um dos exemplos mais representativos disso é o setor do algodão, liderado pela Abrapa”, disse Camilo Quintero, especialista em cadeias de valor e certificação do projeto + Algodão.
Abrapa compõe reunião da Câmara Temática de Inovação Agrodigital
24 de Maio de 2024A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) acompanhou a terceira reunião extraordinária da Câmara Temática de Inovação Agrodigital, criada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Realizada de forma híbrida, em 23 de maio, o encontro abordou diversos tópicos, desde a admissão de novos membros até projetos relacionados a créditos de carbono e logística reversa. O diretor-presidente Marcelo Okamura, do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV), apresentou o funcionamento do Sistema Campo Limpo, um programa de logística reversa que, apenas em 2023, destinou corretamente 53,2 mil toneladas de embalagens vazias. Coube ao diretor do Departamento de Apoio à Inovação Agropecuária, Alessandro Cruvinel, fornecer um panorama de inovação agropecuária aos participantes. Outros destaques incluíram a exposição do projeto "Crédito de Carbono: Originação, Estruturação e Comercialização", apresentado por Marcos Ferronato, representante da NetWord, e a proposta de Regulamentação de Produtos Vegetais Análogos a Produtos de Origem Animal, demonstrada pelo diretor do Departamento de Fiscalização de Produtos de Origem Vegetal do Mapa, Hugo Caruso. Paulo Silveira, representante da FoodTech HUB Latam, apresentou o trabalho do Grupo Técnico, com tema “FoodTech – Sistemas Alimentares e Ingredientes Contemporâneos”. A Câmara Temática de Inovação Agrodigital, como órgão consultivo, reúne representantes das principais entidades privadas e públicas de diversos setores. É um fórum estratégico destinado a discutir e promover a transformação digital na agropecuária, seguindo os moldes das demais câmaras setoriais e temáticas do Mapa.
Após três dias, Abrapa finaliza workshop de cálculo de incerteza de medição
24 de Maio de 2024Com base no terceiro pilar do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) organizou o Workshop de Cálculo de Incerteza de Medição de Análise de Algodão por Instrumento de Alto Volume, de 21 a 23 de maio, em Brasília. O evento reuniu os 12 laboratórios participantes do programa, de forma híbrida, com orientação do instrutor César Leopoldo de Souza, focando nos desafios associados à classificação instrumental. "Este treinamento de nível avançado visa aprimorar os cálculos de incerteza das análises realizadas no instrumento de alto volume do tipo HVI, abordando as principais características comerciais de qualidade intrínseca da fibra de algodão, tais como micronaire, comprimento UHML, índice de uniformidade, resistência em gramas por tex, bem como o grau de brilho Rd e de amarelamento +b”, afirmou Edson Mizoguchi, gestor de Qualidade da Abrapa. Nenhum resultado de medição é completamente confiável, pois está sujeito a erros. É por isso que o cálculo da incerteza é importante para avaliar a qualidade da medição e garantir a confiabilidade da ferramenta utilizada. Ela também é requisito obrigatório para cumprir a conformidade com a NBR ISO/IEC 17025, norma internacional que estabelece as exigências gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração. "Conduzimos o treinamento como um grupo de trabalho, não seguindo uma apostila específica, mas abordando as componentes clássicas de uma medição que são aplicáveis a qualquer ensaio. No último dia, realizamos o cálculo da incerteza para um resultado de análise de micronaire", explicou o instrutor. Ele destacou ainda que apesar do workshop envolver bastante estatística e matemática, ficou satisfeito com o nível e a participação da equipe. "A Abrapa merece elogios tanto pela escolha do formato, quanto pelo método", acrescentou. A importância da incerteza de medição é fundamental para compreender a qualidade de um resultado. Ela representa a medida da confiabilidade do resultado obtido por um laboratório. “Quando um laboratório emite um relatório de ensaio com resultados, é crucial que esses sejam confiáveis e precisos. A incerteza de medição é uma maneira de quantificar essa confiabilidade. Quanto menor for a faixa de incerteza, maior será a credibilidade do resultado", concluiu.
Abrapa reúne todas as associadas na 1ª Assembleia Geral Extraordinária de Representantes
23 de Maio de 2024O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, conduziu a 1ª Assembleia Geral Extraordinária do Conselho de Representantes da entidade. Realizada virtualmente, em 22 de maio, a reunião contou com a participação de todos os membros das associações estaduais e discutiu assuntos estratégicos, como a renovação da parceria com a Better Cotton (BC), os preparativos para o 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14ºCBA), e o andamento do Projeto Bicudo, desenvolvido em parceria com a Embrapa e outras instituições. Desde 2013, o Algodão Brasileiro Responsável (ABR) funciona em parceria com a Better Cotton, incorporando critérios internacionais ao checklist do programa brasileiro e fortalecendo a posição do algodão nacional no mercado global. Os participantes da Assembleia discutiram os principais pontos para a renovação do acordo da parceria com a BC, uma das principais licenciadoras de algodão do mundo. “Entre eles estão o estabelecimento da proibição de desmatamento em áreas cultivadas com algodão certificado pela BC, o compromisso de redução do uso de defensivos agrícolas, a inclusão do recorte de gênero nas atividades das fazendas produtoras e o relacionamento das fazendas produtoras de algodão com as comunidades locais”, avaliou Schenkel. Foi deliberada a criação de um grupo especial para avaliar e discutir cada um desses pontos com o objetivo de avançar na renovação da parceria. Houve também a avaliação do andamento do Projeto Bicudo, desenvolvido em parceria com a Embrapa e outras instituições. “Fomos informados de notícias promissoras com relação à obtenção de material genético resistente ao bicudo-do-algodoeiro e optou-se pela realização de uma reunião com os pesquisadores para avaliar quais serão os próximos passos”, disse o presidente. No dia anterior, 21 de maio, a entidade realizou a 2ª sessão Ordinária do Conselho de Administração para fazer o encaminhamento das propostas que foram apresentadas na Assembleia. Entre os temas estavam o relatório final da consultoria de qualidade conduzida por Darryl Ernest para o programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) e o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB), além dos relatórios da safra 2022/2023 do Sistema Abrapa de Identificação (SAI) e do PQAB. Também foram discutidos detalhes do 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA), que ocorrerá entre os dias 03 e 05 de setembro, em Fortaleza/CE. Sucesso total Os preparativos para o 14º CBA tiveram destaque especial na pauta da Assembleia. A expectativa é que o maior evento da cotonicultura no Brasil supere, mais uma vez, a marca de três mil participantes, de todos os elos da cadeia produtiva e da comunidade científica. A comercialização de 100% das cotas de exposição superou todas as versões anteriores. Os participantes discutiram sobre a política de comercialização de cotas extras, além da agenda científica e das plenárias dos três dias de congresso, que serão colocadas à disposição dos congressistas.
Prazos para inscrições dos trabalhos científicos no 14º estão acabando
23 de Maio de 2024Terminam, respectivamente, em 30 de maio e 13 de junho, os prazos de submissão de trabalhos científicos para o 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA), nas categorias “Graduação e Pós-graduação” e “Áreas Temáticas”. O evento, promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), será realizado no Centro de Eventos de Fortaleza/CE, entre os dias 03 e 05 de setembro de 2024. Segundo a Abrapa, a premiação tem sido mantida e incrementada, a cada nova edição do congresso, como uma forma de fomentar a pesquisa e o desenvolvimento científico na cotonicultura, através de prêmios que permitem aos jovens pesquisadores ampliar seus conhecimentos e o interesse pela cultura. No 14º CBA, os postulantes competem nas categorias “Graduação e Pós-graduação” e “Áreas Temáticas”. Nas primeiras, os trabalhos escolhidos vão permitir que seus autores possam participar, com tudo pago (passagens, hospedagem e inscrição), do congresso. Já os escolhidos na categoria Áreas Temáticas terão direito a prêmios diversos, incluindo bolsas de estudo em dinheiro, conforme as especificidades detalhadas no edital. Todos os requisitos de configuração e envio dos trabalhos estão detalhados no site do congresso, em www.congressodoalgodao.com.br. Os trabalhos deverão abordar temas inovadores e criativos, que proponham soluções para problemas enfrentados pela cadeia produtiva do algodão. Eles serão avaliados por uma comissão de especialistas, nas diferentes áreas temáticas do congresso. Cada trabalho passa pelo crivo de três experts, que darão suas notas de acordo com as variáveis de avaliação. “Vencem os que obtiverem as melhores notas”, explica Odilon Reny Ribeiro Ferreira Silva, representante da Embrapa Algodão na Comissão Científica do 14º CBA. “Estamos fomentando o surgimento de novas equipes de pesquisadores do algodão brasileiro, para que o país continue pujante e produtivo, como um grande player na cotonicultura mundial”, afirma. Segundo o presidente da Abrapa, Alexandre Schekel, os trabalhos científicos são a grande promessa do CBA. “Esse material compõe uma massa crítica muito interessante, e a gente espera que, em alguns deles, possamos encontrar soluções para muitos dos problemas que o produtor enfrenta em seu dia a dia. Nada mais justo do que premiar o esforço e o talento de quem se engaja à missão de levar o algodão brasileiro ao topo”, finaliza, Alexandre Shenkel. Prêmios e Categorias: Categoria Estudante de Graduação: deslocamento, inscrição e hospedagem. Categoria estudante de Pós-Graduação - deslocamento, inscrição e hospedagem. Categoria Área Temáticas – Primeiro colocado: bolsa de pesquisa no valor de R$10 mil. Categoria Professor Orientador – Primeiro colocado: bolsa de pesquisa no valor de R$15 mil; segundo colocado: bolsa de pesquisa no valor de R$10 mil.
Indústria têxtil egípcia aprova algodão brasileiro e Turquia já percebe melhorias do ABR-LOG
21 de Maio de 2024Durante oito dias, um grupo de 12 brasileiros participou de um intercâmbio técnico-comercial realizado pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) no Egito e na Turquia. Com o objetivo de aperfeiçoar o diagnóstico da indústria têxtil egípcia e estreitar laços com os industriais turcos, a “Missão Egito-Turquia” terminou neste final de semana com saldo positivo. “Confirmamos que o mercado egípcio precisa do algodão brasileiro para complementar o mix de fibras usado pelas fiações e que a qualidade da nossa pluma é reconhecida pelos egípcios. Por outro lado, os industriais turcos nos deram importantes feedbacks mostrando já os primeiros resultados do nosso programa de certificação da etapa de logística do algodão brasileiro”, analisou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. A “Missão Egito-Turquia” integra o calendário de ações do Cotton Brazil, iniciativa da Abrapa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. O Cotton Brazil é realizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e apoio da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea). A comitiva brasileira visitou o grupo Bidewi, em Alexandria - primeira fiação egípcia a importar algodão do Brasil. E o feedback foi positivo. “O algodão brasileiro se destacou quanto ao rendimento operacional e à qualidade da fibra em relação a outros países. A palavra-chave é complementariedade, porque, além da fibra longa egípcia, a indústria têxtil também precisa de fibras médias”, contextualizou Schenkel. A agenda no Egito incluiu uma visita técnica ao Agriculture Research Center (Centro de Pesquisa Agrícola) – órgão equivalente à Embrapa brasileira. Lá, a comitiva discutiu formas de cooperação técnica quanto à tecnologia de produção, com foco em melhoria genética para qualidade da fibra. Já na Holding Company, empresa estatal que hoje é a maior compradora de algodão do Egito, a pauta girou em torno de parcerias comerciais. Cotton Brazil Outlook. Tanto no Egito quanto na Turquia, a Abrapa realizou edições do seminário “Cotton Brazil Outlook”, em que o diretor de Relações Internacionais, Marcelo Duarte, mostrou o status da safra 2023/2024 e perspectivas futuras. A palestra enfatizou também os principais ativos do algodão brasileiro, com destaque para o índice de mais de 80% de certificação socioambiental da safra nacional. No Cairo, capital do Egito, o evento reuniu cerca de 70 industriais, executivos e investidores. A introdução coube ao embaixador do Brasil na cidade, Paulino Franco, que ressaltou a importância da abertura do mercado egípcio para o algodão brasileiro – que começou em janeiro de 2023. “Uma das ações da embaixada tem sido construir condições para que esse comércio seja cada vez mais aproveitado”, pontuou. O presidente da Anea, Miguel Faus, traçou um panorama das tendências mundiais para a logística do mercado de algodão, com destaque para os preços de frete. Na Turquia, o seminário foi realizado na cidade de Antalya para um público de 60 profissionais, industriais, agentes e traders. O evento abriu espaço para a troca de informações e feedback dos importadores. “Um dos pontos altos foi ouvir que melhoramos a qualidade de condicionamento dos fardos de dois anos para cá, pois vimos na prática os primeiros efeitos do programa de certificação ABR-LOG, da Abrapa”, destacou Alexandre Schenkel. O ABR-LOG é um protocolo de certificação desenvolvido pela Abrapa em parceria com a Anea de forma específica para os terminais logísticos que exportam algodão. Criado em 2022, ele inclui 127 itens de avaliação – entre critérios socioambientais e, principalmente, operacionais, visando garantir que os fardos cheguem ao destino sem avarias, danos físicos ou sujeira. Números - No ciclo 2022/23, a importação egípcia de algodão brasileiro foi de 99,5 toneladas. De agosto de 2023 a março de 2024, esse volume já soma 8.521 toneladas – 85 vezes mais que nos 12 meses do ano comercial anterior. Já a Turquia foi o quinto maior importador mundial de pluma na temporada 2022/23, comprando 165 mil toneladas de algodão brasileiro. Esse volume permitiu ao Brasil um market share de 18% sobre o total.
Indústria têxtil egípcia aprova algodão brasileiro e Turquia já percebe melhorias do ABR-LOG
21 de Maio de 2024Durante oito dias, um grupo de 12 brasileiros participou de um intercâmbio técnico-comercial realizado pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) no Egito e na Turquia. Com o objetivo de aperfeiçoar o diagnóstico da indústria têxtil egípcia e estreitar laços com os industriais turcos, a “Missão Egito-Turquia” terminou neste final de semana com saldo positivo. “Confirmamos que o mercado egípcio precisa do algodão brasileiro para complementar o mix de fibras usado pelas fiações e que a qualidade da nossa pluma é reconhecida pelos egípcios. Por outro lado, os industriais turcos nos deram importantes feedbacks mostrando já os primeiros resultados do nosso programa de certificação da etapa de logística do algodão brasileiro”, analisou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel .A “Missão Egito-Turquia” integra o calendário de ações do Cotton Brazil, iniciativa da Abrapa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. O Cotton Brazil é realizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e apoio da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea). A comitiva brasileira visitou o grupo Bidewi, em Alexandria - primeira fiação egípcia a importar algodão do Brasil. E o feedback foi positivo. “O algodão brasileiro se destacou quanto ao rendimento operacional e à qualidade da fibra em relação a outros países. A palavra-chave é complementariedade, porque, além da fibra longa egípcia, a indústria têxtil também precisa de fibras médias”, contextualizou Schenkel. A agenda no Egito incluiu uma visita técnica ao Agriculture Research Center (Centro de Pesquisa Agrícola) – órgão equivalente à Embrapa brasileira. Lá, a comitiva discutiu formas de cooperação técnica quanto à tecnologia de produção, com foco em melhoria genética para qualidade da fibra. Já na Holding Company, empresa estatal que hoje é a maior compradora de algodão do Egito, a pauta girou em torno de parcerias comerciais. Cotton Brazil Outlook. Tanto no Egito quanto na Turquia, a Abrapa realizou edições do seminário “Cotton Brazil Outlook”, em que o diretor de Relações Internacionais, Marcelo Duarte, mostrou o status da safra 2023/2024 e perspectivas futuras. A palestra enfatizou também os principais ativos do algodão brasileiro, com destaque para o índice de mais de 80% de certificação socioambiental da safra nacional. No Cairo, capital do Egito, o evento reuniu cerca de 70 industriais, executivos e investidores. A introdução coube ao embaixador do Brasil na cidade, Paulino Franco, que ressaltou a importância da abertura do mercado egípcio para o algodão brasileiro – que começou em janeiro de 2023. “Uma das ações da embaixada tem sido construir condições para que esse comércio seja cada vez mais aproveitado”, pontuou. O presidente da Anea, Miguel Faus, traçou um panorama das tendências mundiais para a logística do mercado de algodão, com destaque para os preços de frete. Na Turquia, o seminário foi realizado na cidade de Antalya para um público de 60 profissionais, industriais, agentes e traders. O evento abriu espaço para a troca de informações e feedback dos importadores. “Um dos pontos altos foi ouvir que melhoramos a qualidade de condicionamento dos fardos de dois anos para cá, pois vimos na prática os primeiros efeitos do programa de certificação ABR-LOG, da Abrapa”, destacou Alexandre Schenkel. O ABR-LOG é um protocolo de certificação desenvolvido pela Abrapa em parceria com a Anea de forma específica para os terminais logísticos que exportam algodão. Criado em 2022, ele inclui 127 itens de avaliação – entre critérios socioambientais e, principalmente, operacionais, visando garantir que os fardos cheguem ao destino sem avarias, danos físicos ou sujeira. Números - No ciclo 2022/23, a importação egípcia de algodão brasileiro foi de 99,5 toneladas. De agosto de 2023 a março de 2024, esse volume já soma 8.521 toneladas – 85 vezes mais que nos 12 meses do ano comercial anterior. Já a Turquia foi o quinto maior importador mundial de pluma na temporada 2022/23, comprando 165 mil toneladas de algodão brasileiro. Esse volume permitiu ao Brasil um market share de 18% sobre o total.
Dia Mundial do Jeans: 6 motivos para amá-lo!
20 de Maio de 202420 de maio é o Dia Mundial do Jeans! O produto mais democrático do mundo faz anos e a sorte é toda nossa, porque a cada ano que passa ele fica mais incrível. E para começar as comemorações em grande estilo, separamos 6 itens para lembrar os leitores que o jeans está de parabéns em todos os sentidos. Em 1873, quando os norte-americanos Jacob W. Davis e Levi Strauss criaram esta peça, eles não imaginavam que ela seria fundamental na economia, na moda, na valorização do algodão e que nós não viveríamos sem ela. Separe alguns minutinhos para parabenizar o seu “melhor amigo” e sair falando bem dele por aí! 1 – Gigante pela própria natureza Nosso país tem uma das principais cadeias produtivas de jeanswear no mundo. E, com uma estrutura produtiva desse tamanho (alô, marcas parceiras), a oferta do produto no Brasil conta com um potencial ilimitado de crescimento! Quer ver? O jeans, sozinho, já responde por 11,3% do consumo de roupas no varejo nacional e movimentou quase R$ 22 bilhões em 2020, mesmo com o mercado de moda sob os efeitos da pandemia. Segundo a pesquisa do site Mordor Intelligence, “O mercado de jeans deverá crescer de US$ 101,94 bilhões em 2023 para US$ 125,10 bilhões até 2028, com um CAGR (Compound Annual Growth Rate) de 4,18% durante o período de previsão (2023–2028).” E não tem como esperar outra coisa, é só olhar para as inúmeras possibilidades estampadas nas vitrines das lojas: calças, jaquetas, croppeds, camisas, shorts, saias e até botas! Uma pesquisa realizada pelo IEMI Inteligência de Mercado, solicitado pela marca parceira Vicunha, em 2021, com 800 pessoas acima de 16 anos, aponta o jeans como a peça mais democrática do mundo, além de ter sido considerada um “modelo de vida híbrido” ao funcionar tanto no home office, quanto no trabalho presencial em escritórios. Para os brasileiros, o Dia Mundial do Jeans é todo dia, sim! 2 – Jeans reciclados e sustentável Quando Charles Bergh, CEO da Levi Strauss, afirmou não lavar seus jeans com frequência e reforçou a importância da conscientização do uso da água, a internet foi à loucura! Mas pensando bem, qual seria a necessidade de higienizar com frequência um material tão estruturado como esse? Para equilibrar os insumos utilizados na produção do jeans, algumas iniciativas apresentam soluções práticas e responsáveis para continuar usando e abusando do produto, como upcycling, tingimento natural, reaproveitamento da água, reciclagem de tecidos e produção certificada. A marcas parceiras Renner, por exemplo, lançou a edição Re Jeans, uma coleção confeccionada no conceito de economia circular que logo virou o selo Re-Moda Responsável que passou a assinar todas as ações da empresa na área de sustentabilidade. Coleção Renner 2018 Já a Malwee apresentou o projeto “Água Para o que Importa” produzindo calças jeans com o uso de apenas 300ml de água. Esse conceito, reduziu 98% do uso de água na produção em parceria com a startup Água Na Caixa, que produz a água mineral carbono neutro do Brasil, envasada em caixinha reutilizável e 100% reciclável. Coleção Malwee 2022 3 – A peça democrática e responsável Para começar, a fibra brasileira é cultivada de forma responsável (82% da sua produção possui certificação socioambiental) e mais de 90% de nossas plantações dependem apenas da água da chuva para se desenvolver. Ou seja, a maioria das peças jeans brasileiras faz parte desse sistema produtivo que movimenta a economia e contribui para uma moda consciente e responsável. Para você entender melhor, o ABR, programa Algodão Brasileiro Responsável, implantado pela Abrapa, garante a sustentabilidade da nossa fibra por três pilares: ambiental, social e econômico. Além disso, o ABR atua há mais de 10 anos em benchmarking com a Better Cotton Initiative (BCI). Na prática, isso significa que, no Brasil, para ter o licenciamento internacional, a produção precisa ser certificada ABR, que une 51 critérios mínimos de produção da BCI, os mesmos usados no mundo inteiro, e outros 132 adicionais relacionados com a nossa legislação. 4 – O Jeans rastreável existe E ele é todinho “nosso”! O SouABR é um programa que entrega a rastreabilidade total de produtos em algodão, garantindo a certificação socioambiental da origem da fibra e mostrando toda a cadeia responsável pela produção. Qual é a peça queridinha, amada e idolatrada pelos brasileiros e feita com a nossa fibra? Ele mesmo, o jeans! Por isso, convidamos os parceiros das Lojas Renner, C&A e Youcom para lançarem as primeiras calças do Brasil totalmente rastreadas através de uma tecnologia que permite acompanhar todo o ciclo produtivo, do cultivo do algodão à fabricação das roupas. Isso significa confiança, credibilidade ao consumidor final e uma nova forma de ver o jeans produzido com respeito ao meio ambiente e às pessoas. C&A lança jeans rastreável pelo programa SouABR 5 – Todo mundo venera o jeans Em 2023, o jeans fez 150 anos e todo mundo comemorou com ele. Foi quase como o aniversário de uma celebridade, em que as pessoas fazem suas manifestações de amor virtuais, prestam homenagem, fotos juntas e tudo o que uma grande estrela merece. Na edição N56 da SPFW, só se falava nele. Afinal, o maior evento de moda do Brasil não poderia deixar de exaltar essa peça que já esteve milhares de vezes na passarela, fazendo parte das coleções de pequenas e grandes marcas. Nosso movimento não poderia ficar de fora dessa festa e convidou o Paulo Borges e Paulo Martinez para dirigirem nosso “Tributo ao Jeans”, no Dia Mundial do Jeans no ano passado, um desfile exclusivo com 28 marcas parceiras entre estilistas, tecelagens, fiações, malharias, artesãos e outros serviços. Looks dos Heloisa Faria, Martins e Textil Piratininga + Artesãos no Tributo ao Dia Mundial do Jeans 6 – Clássico, atemporal e ancestral Por fim, mas não menos importante, o Dia Mundial do Jeans é rodeado de fatos importantes que conversam com a nossa história. Seja no seu início, quando foi designado para ser o uniforme dos trabalhadores, ou agora mesmo quando utilizamos esta peça para aquela entrevista de trabalho, aquele date especial ou naquele look despojado para ficar em casa. O jeans é uma das roupas mais utilizadas pelos brasileiros, chegando a mais de 90% da população, se consagrando como um produto atemporal que ultrapassa os limites geracionais. A verdade é que, embora outros itens tenham um lugar significativo no coração dos brasileiros, é o jeans que permeia todas as classes sociais e econômicas sem distinção, mostrando que o algodão é realmente a fibra que acolhe, conforta e veste a nossa gente.