notícias

Curso de capacitação da Abrapa prepara inspetores de algodão em pluma em Mato Grosso
10 de Junho de 2024

De 05 a 07 de junho, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) organizou mais um curso de capacitação e qualificação de inspetores de algodão em pluma, desta vez voltado para participantes do Estado de Mato Grosso. O treinamento, supervisionado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foi realizado no laboratório da Unicotton, situado em Primavera do Leste (MT), com o objetivo de capacitar os profissionais nos laboratórios para o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB), na safra 2023/2024. Além de realizar a inspeção das amostras, eles têm a responsabilidade de garantir resultados confiáveis, o que implica assegurar que as verificações sejam conduzidas a cada 200 análises, mantendo uma taxa de confiabilidade igual ou superior a 90%. “Foram abordados aspectos técnicos para preparar os profissionais na realização do autocontrole nos pontos críticos do processo, desde a retirada das amostras até a análise do algodão para a certificação oficial do Mapa. Preparamos e qualificamos os profissionais que atuarão nos laboratórios, enfrentando o desafio de analisar mais uma safra que promete ser recorde. Fico satisfeito em ver uma equipe tão motivada e comprometida com o setor do algodão”, explicou Edson Mizoguchi, gestor do programa de Qualidade da Abrapa. Exclusivo para os inspetores de Mato Grosso, o encontro abordou não apenas questões técnicas, mas também o posicionamento do algodão brasileiro. "Apresentamos as ações realizadas nos pilares de atuação da Abrapa e reservamos um tempo para discutir sobre rastreabilidade e o movimento Sou de Algodão e o programa SouABR, visando proporcionar aos participantes uma visão abrangente do setor", explicou Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da entidade. Para Pamela Fergutz, coordenadora de Gestão da Qualidade da Unicotton, o treinamento chegou em um momento oportuno. "Foi uma oportunidade única para todos os laboratórios que iniciarão a safra, agregando muito conhecimento e informações valiosas. Os palestrantes são verdadeiros especialistas no assunto e conseguiram transmitir os conceitos de forma acessível, com uma linguagem que todos pudessem compreender. A experiência foi extraordinária", assegurou. O gestor do laboratório da Kuhlmann, localizado em Rondonópolis (MT), Guido Souza Santana, expressou sua satisfação com o encontro, enfatizando a participação significativa de membros da empresa. "Buscamos constantemente melhorias para o laboratório, e essa experiência foi extremamente importante, enriquecendo nosso conhecimento e prática", afirmou ele. Com temas diversificados, a capacitação abrangeu aspectos técnicos e legais das Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBAs); dos laboratórios de análise de HVI; do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) – sistema que tem a qualidade como foco, padronizando a classificação instrumental do algodão, informatizando o acesso aos dados de classificação; da legislação vigente; do Sistema Abrapa de Identificação (SAI) e de toda a operação do Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro. “Foram abordados temas relevantes, como os pilares do programa SBRHVI, PQAB e o SAI. Esclareceu muitas dúvidas e aprendemos boas práticas para aplicar em nosso dia a dia, aumentando, assim, a nossa confiabilidade”, afirmou Ana Paula da Silva, operadora de HVI e líder de turno, do laboratório Cooperfibra, localizado em Campo Verde (MT). Silvia Jacobina Pereira, coordenadora de laboratório instrumental da Unicotton, endossou: “o curso foi excelente, proporcionando um grande conhecimento”. Além da instrução teórica, os inspetores também participaram de atividades conforme estipulado nos manuais de boas práticas, tanto do SBRHVI quanto do PQAB. Posteriormente, foram submetidos a uma avaliação, na qual a nota mínima exigida foi sete.

Comissão Científica do 14º CBA discute andamento das inscrições e entrega dos trabalhos científicos
10 de Junho de 2024

A Comissão Científica do 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA) realizou uma reunião online na última sexta-feira (07), abordando o progresso das inscrições e a análise dos trabalhos submetidos, com ênfase na revisão dos materiais recebidos. Promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o evento está agendado para ocorrer em Fortaleza (CE), entre os dias 03 e 05 de setembro. As inscrições para o Congresso seguem abertas e a comissão científica está contente com o ritmo até agora. “Esta será a primeira vez em que as premiações serão definidas antes do CBA, e estudamos maneiras de identificar e valorizar os premiados nos crachás”, afirmou o coordenador da comissão, Jean Belot (IMAmt). O espaço para apresentação de pôsteres eletrônicos no Centro de Eventos também foi tema de debate, com a comissão buscando soluções para aprimorar a experiência dos participantes. Para a apresentação deles, 11 TVs serão disponibilizadas. O grupo já definiu que, no mínimo, os 12 melhores trabalhos serão selecionados para apresentação oral em um espaço dedicado, durante os intervalos da manhã e da tarde dos dias 03 e 04 do evento. A programação das plenárias também está sendo cuidadosamente elaborada pela Abrapa para oferecer aos participantes uma agenda abrangente e relevante. Para mais informações, acesse o site 14º Congresso Brasileiro do Algodão - CBA 2024

Workshops reforçarão aprendizagem dos temas centrais, no 14º CBA
07 de Junho de 2024

Aprofundar nos temas abordados de forma interativa, para fixar melhor o conhecimento. Esse é o conceito dos cinco “workshops”, oficinas que prometem colocar o público para refletir bastante, no 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA). O evento é promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), e será realizado entre os dias 03 e 05 de setembro de 2024, em Fortaleza/CE. Ao contrário das “salas temáticas”, os workshops têm número restrito de inscritos, para tornar o aprendizado mais eficaz, segundo explica o coordenador-geral da Comissão Científica do 14º CBA e pesquisador do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), Jean Belot. A participação será por ordem de chegada. Portanto, os interessados devem ficar atentos à programação da tarde do último dia de evento (05/09). O técnico e além Ainda de acordo com Jean Belot, as matérias trabalhadas nessas oficinas estão diretamente ligadas aos temas centrais do congresso, que versam em torno de quatro linhas de abordagem, entomologia; fitopatologia/nematologia; qualidade/colheita/beneficiamento e agronomia/sustentabilidade/fisiologia. “Há ainda um sexto workshop, que abrange o papel da mulher na cotonicultura, algo que vai além do conteúdo técnico, para tratar de uma questão que cada dia mais tem se evidenciado: a incontornável contribuição feminina na produção de algodão, em lugares de decisão e em áreas tradicionalmente ocupadas por homens”, finaliza o coordenador geral. Para saber mais sobre o 14º Congresso Brasileiro do Algodão, acesse: https://congressodoalgodao.com.br

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
07 de Junho de 2024

Destaque da Semana 1 - As cotações têm se recuperado um pouco desde terça (4), mas em ritmo insuficiente para compensar as perdas de sexta (31) e segunda (3). Destaque da Semana 2 - Nesta semana, foi concluída com êxito mais uma missão do Cotton Brazil à China. Pela primeira vez, o Brasil lidera as importações chinesas de algodão, fornecendo 48% do volume importado pelo gigante asiático neste ano. Algodão em NY - O contrato Jul/24 fechou nesta quinta (06/06) cotado a 75,44 U$c/lp (-3,4% na semana). O contrato Dez/24 fechou 73,60 U$c/lp (-4,1% na semana) e o Dez/25 a 74,35 U$c/lp (-1,7% na semana). Basis Ásia - Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 650 pts para embarque Out/Nov-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 06/jun/24). Altistas 1 - Apesar da demanda não estar crescendo globalmente por enquanto, na China tivemos relatos de negócios, principalmente com algodão do Brasil, durante a conferência em Xi’an. Altistas 2 - O Banco Central Europeu cortou as taxas de juros pela primeira vez em cerca de cinco anos. Baixistas 1 - Nos EUA, 61% das lavouras estão classificadas como excelentes/boas - contra 52% nesta mesma época na safra passada e 47% da média de cinco anos. Baixistas 2 - O cenário de mais de 70% da área plantada nos EUA com lavouras em ótimas condições é baixista para o mercado, mas há 69% de chance de La Niña ocorrer em julho e agosto, resultando em clima bastante quente e seco. China 1 - As exportações da China subiram mais do que o previsto em maio, aumentando a esperança de reaquecimento econômico na segunda maior economia do mundo. China 2 - As exportações aumentaram 7,6% em relação a 2023, conforme o governo local informou hoje (7) – acima dos 5,7% previsto por economistas. Cotton Brazil na China 1 - A Abrapa homenageou as estatais chinesas Chinatex, CNCE e CNCGC com o prêmio “Global Cotton Brazil Global Partnership Award” durante a missão concluída nesta semana na China. Cotton Brazil na China 2 - A homenagem foi entregue à presidente da Chinatex, Yuan Fei, ao presidente da CNCGC, Liu Yong, e ao presidente da CNCE, Yang Baofu, pelo vice-presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli. Cotton Brazil na China 3 - Chinatex, CNCE e CNCGC são as três maiores estatais chinesas do setor de algodão. Juntas, respondem por 40% da importação de pluma feita pela China neste ano - a maior da história. Cotton Brazil na China 4 - O prêmio foi entregue também ao presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana, e ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Bangladesh - Os preços de exportação de roupas prontas nos últimos oito meses caíram devido à demanda reduzida nos principais mercados. Essa redução de preço, aliada ao aumento das taxas de frete, está pressionando os exportadores. Vietnã - As fiações do país estão aproveitando a queda dos preços futuros para cobrir mais suas necessidades a curto prazo. Em grande parte, o padrão de compra no Vietnã continua de mão para boca – uma estratégia para minimizar riscos. Paquistão - Houve pouca melhora na demanda local ou de exportação por fios de algodão. As cotações de fios permaneceram estáveis, apesar desses desafios. Turquia - Apesar de estarem cobertos para os próximos meses, negócios de importação envolvendo principalmente algodão dos EUA, Brasil e Austrália têm acontecido na Turquia. Exportações - O Brasil exportou 229,4 mil tons de algodão em maio/24. O valor supera em 280% o exportado no mesmo mês em 2023. Exportações 2 - No acumulado de agosto/23 a maio/24, as exportações somaram 2,35 milhões tons, 79% a mais que o registrado no mesmo período da temporada passada. Colheita 2023/24 - Até ontem (06/06), o índice de colheita foi de 54% no estado de SP; 10% em MG; 5% no MS; 1% na BA; 0,04% no PI e 100% no PR. Total Brasil: 0,82%. Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Quadro de cotações para 06-06 Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

Revisão estratégica do Programa Algodão Brasileiro (ABR) avança no GT de Sustentabilidade da Abrapa
07 de Junho de 2024

Em uma reunião online realizada nesta quarta-feira, 05 de junho, o Grupo de Trabalho (GT) de Sustentabilidade da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) deu um passo significativo na revisão estratégica do Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que opera em parceria com a Better Cotton (BC), uma das principais certificadoras de algodão do mundo. O GT avaliou o início dos trabalhos de revisão do posicionamento em sustentabilidade e comunicação do ABR, que está sendo elaborado pela consultoria Lamparina, discutiu as novas ações do programa para as temporadas 2024/2025 e 2025/2026, bem como o regulamento da certificação das Unidades de Beneficiamento de Algodão (ABR-UBA). O gestor de Sustentabilidade da Abrapa, Fabio Carneiro, explicou que o grupo está em processo de discussão do re-benchmarking com a BC. “Foram abordados feedbacks e analisadas as recomendações para aprimorar o protocolo, especialmente em relação aos requisitos de melhoria contínua, uso do solo, relacionamento com as comunidades e manejo integrado de pragas e doenças (MIPD)”, afirmou. A consultoria Lamparina apresentou um relatório de diagnóstico do posicionamento em sustentabilidade e comunicação do ABR. O objetivo é promover um relacionamento mais eficaz com os stakeholders da entidade e fortalecer a divulgação das melhores práticas da produção sustentável da cotonicultura nacional. A certificação do ABR/Better Cotton é um marco importante para a produção nacional, com mais de 80% da pluma brasileira atualmente certificada. O protocolo está há mais de 10 anos sendo implementado no Brasil, e passa por constantes atualizações, como a que está sendo discutida agora, para atender os mais rígidos critérios nacionais como internacionais. A comprovação da atuação das propriedades é realizada com base em uma rigorosa auditoria independente, atualmente é conduzida por três empresas terceirizadas: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Genesis Certifications e Qima/WQS. O GT também discutiu as ações para atualizar a equivalência do protocolo ABR com os princípios e critérios v3.0 da Better Cotton, visando manter o alinhamento com os padrões mais recentes da organização. “Este esforço conjunto é fundamental para garantir que estejamos alinhados com as melhores práticas e padrões internacionais de sustentabilidade na produção de algodão”, afirmou Carneiro. A reunião encerrou com a abordagem da atualização do regulamento da certificação das Unidades de Beneficiamento de Algodão (ABR-UBA), com auditorias do programa agendadas para o segundo semestre deste ano.

Parceria com Banco dos Brics irá destinar US$ 100 milhões para infraestrutura agrícola do RS
07 de Junho de 2024

Nesta terça-feira (4), iniciou a missão oficial à China, em Pequim, liderada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Foi realizada uma reunião com a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o Banco dos Brics, Dilma Rousseff, e, na ocasião, foi assinada a carta-compromisso de apoio ao Rio Grande do Sul que formaliza a destinação de US$ 495 milhões do banco para a reconstrução do estado (o equivalente a R$ 2,6 bilhões). O encontro também contou a presença dos ministros que compõem a delegação: Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária); Rui Costa (Casa Civil); Simone Tebet (Planejamento e Orçamento); Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), Márcio França (Micro e Pequenas Empresas) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), além dos presidentes da ApexBrasil, Jorge Viana, e da ABDI, Ricardo Cappelli. Além dos recursos oriundos diretamente do NDB, tomadores como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB) e Banco Regional do Extremo Sul (BRDE) irão disponibilizar outros US$ 620 milhões, totalizando US$ 1,115 bilhão (R$ 5,75 bilhões) em investimentos. Na parceria com o BB, serão destinados US$ 100 milhões para a reconstrução da infraestrutura agrícola no estado gaúcho, como por exemplo, em projetos de armazenagem e de logística. “Serão destinados para obras de infraestrutura agrícola, porque o Rio Grande do Sul é um grande produtor de grãos e de proteína animal, então para armazenagem e projetos de infraestrutura logística”, explicou a presidente do NDB, Dilma Roussef. “Agradeço ao NDB, por meio da presidenta Dilma, por todo apoio que vem oferecendo ao povo gaúcho diante desta catástrofe sem precedentes”, afirmou o vice-presidente, Alckmin. “Tenho convicção de que a reconstrução do estado será maior que a destruição”. Já o ministro Fávaro, destacou que a importância da iniciativa, que revela o compromisso do governo do presidente Lula em buscar alternativas para apoiar os produtores do agro brasileiro. De acordo com a carta-compromisso, os recursos de US$ 495 milhões serão distribuídos da seguinte forma: US$ 200 milhões para infraestrutura, incluindo investimentos em rodovias, pontes, vias urbanas e outras instalações. Os outros US$ 295 milhões serão canalizados pelo BRDE e destinados exclusivamente às necessidades do Rio Grande do Sul. Já os US$ 620 milhões alocados exclusivamente para o estado serão concedidos por BNDES, BB e BRDE. AGENDA Ainda nesta terça-feira (4), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, também participou de reunião com executivos da indústria têxtil chinesa. O encontro, promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), teve o objetivo de ser um espaço para compartilhamento de informações do setor e fortalecer o relacionamento entre os países. As informações partem do Mapa.

Evento sobre defesa agropecuária brasileira tem participação da Abrapa, em Goiás
06 de Junho de 2024

A conectividade agropecuária, a inspeção vegetal, as mulheres no agro, a sustentabilidade, os recursos genéticos e a nova lei dos defensivos agrícolas foram alguns dos temas tratados na 8ª Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária (CNDA), realizada de 04 a 06 de junho, no Centro de Convenções de Goiânia (GO). O fórum reuniu cerca de 1,5 mil participantes, entre eles a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), para discutir questões relacionadas à defesa agropecuária do país. Foi a primeira vez que um estado da região Centro-Oeste sediou o evento bianual, promovido pela Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA) em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). No primeiro dia, Edivandro Seron, consultor técnico da Abrapa, participou de diversos painéis que abordaram assuntos relevantes para o setor agrícola na era digital, como o desenvolvimento de novos produtos, a mitigação dos riscos da exposição das abelhas aos químicos em colaboração com os órgãos estaduais de sanidade agropecuária, as boas práticas no combate aos insumos ilegais e a nova legislação dos defensivos agrícolas, lei 14.785/23. Nos dias seguintes, Seron esteve envolvido no Encontro Nacional Sobre Fiscalização de Agrotóxicos (Enfisa), uma iniciativa direcionada a servidores de órgãos estaduais de defesa agropecuária, auditores fiscais federais agropecuários do Mapa e representantes das empresas fabricantes de produtos fitossanitários e suas associações. Sua participação foi importante para acompanhar as discussões e trocas de experiências sobre a fiscalização e regulamentação desses itens no país. “Os debates giraram em torno da nova legislação de defensivos agrícolas e suas diretrizes para a fiscalização estadual. O tema foi coordenado pelo Mapa e contou com apresentações dos órgãos de defesa agropecuária dos principais estados produtores de grãos e fibra. Outro assunto de grande relevância para a sociedade, que recebeu considerável atenção, foi o combate aos ilícitos, incluindo o contrabando desses insumos, e a atuação do poder público na fiscalização", explicou. Além do consultor da Abrapa, Haroldo Rodrigues da Cunha, presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), foi moderador do painel que abordou o tema Sustentabilidade, no dia 05 de junho. A Conferência havia sido realizada pela última vez em 2022, em Belo Horizonte (MG). A CNDA possui caráter multidisciplinar e interinstitucional, consolidado como um importante fórum de discussão da defesa agropecuária, no qual são compartilhados conhecimentos e responsabilidades a fim de contribuir com a segurança nacional, principalmente, no que diz respeito às normas e procedimentos da agropecuária brasileira.

Abrapa homenageia Chinatex, CNCE e CNCGC pela parceria em 2024
06 de Junho de 2024

A aliança comercial entre Brasil e China inicia o mês de junho com os votos renovados. Durante a missão do Cotton Brazil no país asiático, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) homenageou as três principais empresas estatais chinesas do setor. O gesto, além de ilustrar o interesse brasileiro em seguir com a parceria, marca, na história dos dois países, o ano de 2024 como aquele em que o Brasil se tornou o maior fornecedor do produto para o gigante asiático. “Há seis anos, somente 6% dos fardos de algodão importados pela China tinham origem no Brasil. Em 2024, a China bateu o recorde de importação do nosso algodão, passando à frente do volume consumido pela indústria têxtil brasileira, e se tornando nosso maior cliente”, analisou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa. De janeiro a abril deste ano, 48% de todos os fardos importados pela China saíram do Brasil. Desde 28 de maio, uma delegação brasileira com nove membros da Abrapa e da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea) cumpre agenda de visitas técnicas, eventos e reuniões de trabalho. A missão é uma das ações do Cotton Brazil, iniciativa coordenada pela Abrapa que representa em escala global a cadeia produtiva brasileira de algodão. Durante a agenda, os presidentes das três maiores companhias estatais de comercialização de algodão receberam o “Global Cotton Brazil Global Partnership Award”, uma placa comemorativa em reconhecimento à parceria. A honraria foi entregue à presidente da Chinatex, Yuan Fei, ao presidente da China National Cotton Group Corporation (CNCGC), Liu Yong, e ao presidente da China National Cotton Exchange (CNCE), Yang Baofu. Chinatex, CNCE e CNCGC são as três mais relevantes companhias estatais chinesas do setor de algodão. Juntas, elas são responsáveis por 40% da importação de pluma feita pela China neste ano - a maior da história. O prêmio foi entregue, em mãos, pelo vice-presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, durante jantar oficial com o Ministério da Agricultura do Brasil que marcou o fim da missão do Cotton Brazil. Além dos executivos, foram homenageados o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana. “A agência tem sido uma parceria essencial ao algodão brasileiro, graças ao apoio dado ao Cotton Brazil, desde seu início, em 2019. Além disso, estamos expandindo nossas ações de forma estratégica na Europa, junto a grandes marcas varejistas, porque temos a ApexBrasil ao nosso lado”, contextualizar o diretor de Relações Institucionais da Abrapa, Marcelo Duarte. Ministro da Agricultura e da Pecuária, Carlos Fávaro também recebeu o prêmio “Global Cotton Brazil Global Partnership Award” por sua contribuição ao comércio do algodão brasileiro no exterior. Entre as conquistas do ministério, a Abrapa destacou a abertura do mercado egípcio, em janeiro de 2023, a criação do Programa Nacional de Qualidade do Algodão do Brasil (PQAB) e a parceria com o mercado chinês. Uma das atividades mais importantes durante a missão brasileira foi o ciclo de visitas técnicas com Chinatex, CNCE e CNCGC. “Ratificamos nossa parceria com cada uma das estatais e aproveitamos para trocar feedbacks, identificando pontos que ainda podemos melhorar”, observou Marcelo Duarte. O último compromisso dos brasileiros na China foi a participação na reunião ampla da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), principal fórum de diálogo regular e oficial entre Brasil e China. Em pauta, três demandas nacionais: a liberação da importação chinesa de caroço de algodão, a criação de cotas específicas para a pluma brasileira e a flexibilização de datas para desembarque do algodão na China.