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Abrapa reduz previsão de produção no País para 2,6 mi/t na safra 2021/22
29 de Junho de 2022O Brasil deve produzir na safra 2021/22, que está sendo colhida, 2,6 milhões de toneladas de algodão, disse o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato, em evento do setor realizado na Bahia e transmitido pela internet. "Vínhamos muito bem e, infelizmente, faltou a última chuva para o nosso algodão. Estávamos programando 2,8 milhões de toneladas, com possibilidade de chegar a 2,9 milhões de toneladas, mas a chuva não veio, e a nossa estimativa hoje é de 2,6 milhões de toneladas", disse. Para a safra 2022/23, que será plantada no fim do ano, a perspectiva é de redução de área, mas Busato não estimou de quanto. "Os insumos subiram assustadoramente. Estive conversando com produtores e associações estaduais, e o Brasil talvez diminua a sua área, mas muito pouco. Estamos mais preocupados em produzir algodão para manter o mercado que conquistamos e não deixar nossos clientes sem o algodão brasileiro." Segundo o representante, o aumento de custo no algodão passa de 50%, puxado principalmente pela elevação dos fertilizantes. "O cloreto de potássio aumentou 400%", disse Busato. Contudo, o milho, que compete na segunda safra por área com o algodão, também teve elevação de custos, lembrou Busato. Segundo Busato, a rentabilidade tende a ser menor, mas é preciso "olhar para o futuro". "Queremos num futuro próximo ser os maiores exportadores mundiais", afirmou. O presidente da Abrapa lembrou que, no início da pandemia, o Brasil havia colhido sua maior safra, que ficou meses à espera de compradores, e na hora da definição do plantio seguinte o algodão estava cotado a 40 cents por libra-peso. "Se fosse matemática, o Brasil ia plantar zero. Mas reduzimos apenas 15% a área e produzimos 2,3 milhões de toneladas", lembrou. "Temos nossos investimentos, treinamento de pessoas e um mercado que conquistamos e no qual queremos permanecer. Para a próxima safra vamos trabalhar no mesmo sentido." Com relação à qualidade, Busato afirmou que apenas 6,9% da área de algodão foi colhida até o momento e é "muito cedo" para apresentar conclusões. "Desses números que temos até agora, o algodão se manteve com boa qualidade em comprimento e resistência de fibra e diminuiu um pouquinho o micronaire." Questionado pela plateia sobre porcentual elevado de pegajosidade no algodão brasileiro, Busato disse que se trata de caso isolado. "É algum caso que aconteceu e que às vezes produtor nem sabe que aconteceu, porque foi em um canto de um talhão de lavoura em que não houve bom controle dos insetos sugadores", disse. "Mas hoje temos como saber quem é esse produtor. Tenho falado nas missões que compradores passem essa informação para a Abrapa que nós vamos entrar em contato com o produtor para saber realmente o que aconteceu." Busato assinalou ainda que a Abrapa está testando a certificação do algodão brasileiro pelo Ministério da Agricultura. "Vamos ter a chancela do ministério de que aquela amostra que saiu de um fardo é uma amostra que foi analisada em laboratório e que o resultado é todo controlado por ele (ministério), como fazem os colegas norte-americanos", disse. Segundo o representante, a cadeia também busca uniformizar tecnologia que ajuda a identificar o local exato da fazenda em que o fardo foi produzido. "Isso vai dar uma aceleração nos processos de carregamento na fazenda e na exportação também." Leia mais: Broadcast | Agro Mídia: Broadcast Agro
Futuro do agro foi debatido em evento, com a participação da Abrapa
29 de Junho de 2022O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato, participou de evento com produtores rurais para discutir o futuro do agronegócio brasileiro. O setor algodoeiro representa um dos principais segmentos do agro nacional. O Brasil está entre os quatro maiores produtores de algodão do mundo, com estimativas para a safra 2022/2023 de totalizar 2.796 (mil toneladas) produzidas, segundo relatório de safra de junho, divulgado pela Abrapa. Além disso, o Brasil é o segundo maior exportador da pluma, atrás apenas dos Estados Unidos. Busato aproveitou o encontro para apresentar as ações implementadas pela cadeia, visando a melhoria da produtividade, com responsabilidade social, ambiental e econômica. O evento foi uma iniciativa da Cargill e se realizou na cidade de Luís Eduardo Magalhães (BA). Para o presidente da Abrapa, encontros com o setor produtivo são importantes momentos para a troca de impressões e discussões sobre avanços e desafios a serem perseguidos. No atual cenário de pujança da agricultura no País é importante mostrar as iniciativas e as ações dos respectivos segmentos para o desenvolvimento sustentável e responsável, que preze o meio ambiente, com crescimento econômico e responsabilidades sociais. "Precisamos divulgar o que os produtores brasileiros estão fazendo em relação à preservação do meio ambiente. É um trabalho permanente que totaliza 299 milhões de hectares, o equivalente à cobertura de 14 países da Europa de verde", destaca. Para Busato, produzir com sustentabilidade é o que o setor algodoeiro faz, incentivado por um trabalho permanente da Abrapa, em parceria com as associações estaduais e os produtores. O programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e o ABR-UBA, voltado às beneficiadoras, foram exemplos citados pelo presidente da Abrapa ao grupo. Para os organizadores da atividade, a participação da Abrapa foi de extrema relevância para o evento porque trouxe o ponto de vista da entidade que representa um dos principais segmentos do agro nacional. Foi uma oportunidade, de a cadeia mostrar os benefícios da produção mais sustentável, gerar valor e alavancar o agronegócio no Brasil. Na ocasião, estiveram presentes Renata Nogueira, líder de sustentabilidade para o negócio agrícola da Cargill, Marcos Jank, coordenador do Centro Insper Agro Global e Julio Busato, presidente da Abrapa, além de 30 produtores da região. O debate foi mediado por Kellen Severo, jornalista especializada em Economia e Agronegócios. Fonte: Abrapa Leia mais: A Mídia Eletrônica mais completa de Mato Grosso do Sul - Jovem Sul (jovemsulnews.com.br) Mídia: Jovem Sul News
Cotonicultores brasileiros querem levar o País ao primeiro lugar em exportações
28 de Junho de 2022Os produtores brasileiros de algodão trabalham com uma meta ambiciosa: querem que o Brasil seja o maior exportador mundial da fibra. Há capacidade para aumentar a área e a produção de algodão de forma rápida e eficiente, mas é preciso dar rentabilidade ao cotonicultor e atingir novos mercados. "Nosso foco são nove países que hoje concentram 49% da população mundial e 90% da importação global de algodão. Para estes mercados, trabalhamos a produção em quatro pilares: qualidade, rastreabilidade, sustentabilidade e relacionamento com os clientes", disse Júlio Cézar Busato, presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), no simpósio online The Global Cotton Market, no sábado (25). O evento integra as ações do programa Cotton Brazil, e foi organizado pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) em parceria com Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). Direcionado a clientes internacionais da indústria têxtil, levou informações estratégicas sobre a cotonicultura e o comércio externo do algodão brasileiro a mais de 400 participantes, de forma presencial e online. A Ásia é o continente que mais importa algodão brasileiro e, por isso, a Abrapa e a ApexBrasil trabalham, desde 2019, no Cotton Brazil, programa que objetiva desenvolver mercados. A iniciativa tem um escritório de representação em Singapura para estreitar relacionamento com os clientes potenciais. "Estamos construindo a imagem do algodão brasileiro na Ásia. Com eventos e reuniões, mostramos aos nossos clientes que podem ter tranquilidade com a produção e entrega do produto e isso ocorre porque toda a cadeia do algodão está trabalhando unida", informou Busato. "O algodão é uma cultura sazonal, mas estamos conseguindo mudar a percepção dos clientes externos nos apresentando como fornecedores contínuos, com estoque para atender as demandas nos 12 meses do ano", disse Miguel Faus, presidente da Anea. Ele revelou que, somente no mês de junho, já foram embarcadas 80 mil toneladas de algodão. Mesmo com a garantia de entrega do produto, o cenário macroeconômico exige cautela, de acordo com Antonio Esteve, diretor da Ecom Cotton. Com a alta da inflação em todo o mundo, os bancos centrais tendem a tomar medidas duras em relação ao aumento de juros para frear os índices e trazer as taxas a níveis aceitáveis. "A situação impacta na previsão de crescimento econômico mundial e, neste cenário, o consumo das pessoas será reduzido, especialmente em itens de consumo discricionário, como roupas", explicou. Mesmo com uma conjuntura internacional desafiadora, há espaço para ampliar a presença brasileira no mercado externo. O Cotton Brazil busca ampliar o índice de market share nos países asiáticos, que já respondem por 99% dos embarques nacionais. Um exemplo é Bangladesh, segundo maior importador de algodão do mundo, em que o algodão brasileiro tem 14% de participação nas importações. Recentemente visitado por uma missão comercial da Abrapa, o país sinalizou interesse em adquirir mais pluma brasileira. Representantes da indústria têxtil brasileira informaram que o algodão representa entre 35% e 40% dos custos e que é preciso planejamento de longo prazo para o equilíbrio das operações frente a um cenário de possível recessão mundial. "Além disso, temos o desafio da modernização da nossa indústria para sermos mais eficientes e diminuirmos custos", afirmou Marco Antônio Branquinho, diretor presidente na Cedro Têxtil. Sérgio Benevides, diretor da Valença Industrial, também citou a entrada de novas fibras no mercado e a crise mundial como desafios da indústria. "Várias fiações fecharam e não há novos empresários no ramo. Para o mercado interno chegar ao consumo de um milhão de toneladas, que é a meta, será preciso ter mais margem para o consumo de algodão", disse. O evento contou ainda com a presença do diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, e com o vice-presidente da Anea, Henrique Snitcovski.
Abrapa revisa projeção de colheita da safra 2021/2022
27 de Junho de 2022A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), divulgou nesta sexta-feira (24), a revisão da colheita da safra 2021/2022. A previsão de crescimento ficará abaixo das estimativas iniciais, devido às intempéries climáticas que atingiram as regiões produtoras de maneira diferenciada, com chuvas excessivas ou seca. Diante deste cenário, a projeção é colher 2,609 mil toneladas de algodão, na safra 2021/2022, ante as estimativas iniciais de 2,8 milhões de toneladas. Apesar da revisão negativa, o volume de pluma projetado para a colheita 2021/2022 é 10,8% maior do que as 2,36 milhões de toneladas colhidas na safra passada. Os dados foram divulgados durante reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, que reuniu representantes do setor, em sessão híbrida. Até 23 de junho, 6,9% da área total de algodão foi colhida, segundo levantamento da Abrapa. Os capulhos estão abrindo nas lavouras brasileiras e a colheita começa a ser a realidade. "Infelizmente, em um momento em que o mundo quer mais o algodão brasileiro tivemos essa questão climática que impactou nas lavouras", destacou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. Safra 2022/2023 A safra 2022/23 começa oficialmente em 01 de agosto. Em junho de 2022, o ICAC divulgou as primeiras estimativas detalhadas para a nova temporada, mas poderá haver alterações, especialmente do lado da oferta, sendo que a maior parte das lavouras do hemisfério norte já foi semeada e agora está em desenvolvimento vegetativo, susceptível aos efeitos do clima. A área plantada global com algodão é estimada em 32,78 milhões de hectares, queda de 1%. As reduções são previstas nos EUA (-11%), na Austrália (-5%) e no Brasil (-1%). O elevado preço dos fertilizantes, dos combustíveis e a competitividade de outras commodities influenciam, sem dúvida, as decisões de plantio dos produtores mesmo com preços de algodão elevados. A seca extrema, no oeste do Texas, é apontada como uma grande preocupação, podendo resultar em altas taxas de abandono de área e na redução da estimativa de produção norte-americana. A previsão é de que a produção some 26,13 milhões de toneladas. O volume é 0,93% superior ao do ciclo 2021/22 devido à recuperação de produtividades. O Paquistão é o destaque no aumento de produção, com projeção de 1,6 milhão de toneladas (crescimento de 25%). Há fortes incentivos e discussões domésticas para reduzir a dependência de importações. Atualmente, o consumo no mercado paquistanês supera em três vezes a produção no país. O consumo global de algodão é projetado em 26,09 milhões de toneladas, queda de 0,25%. A demanda manteve-se forte durante a safra 21/22, recuperando-se do cenário pós-pandêmico. Entretanto, há sinais de que os consumidores podem estar diminuindo o apetite nas compras. O European Central Banks' Consumer Expectations Survey e o United States Consumer Confidence Survey apontam para uma redução da confiança do consumidor com o encarecimento dos alimentos e dos preços de combustíveis. Além disso, os lucros trimestrais de vários grandes varejistas americanos estão significativamente abaixo das expectativas, enquanto os pontos de venda com baixo custo (geralmente de fibras sintéticas) registraram melhores lucros. Abit e Anea Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) estiveram presentes na reunião da Câmara e também discorreram sobre o setor e o atual cenário. Fernando Pimentel, presidente da Abit, apresentou informações da produção têxtil entre abril (2021) e janeiro (2022), com queda de 19,2%. Nos 12 meses, porém, a queda atingiu 7,5%. Mesmo com indicativos negativos, Pimentel avalia que o cenário está melhorando. Na explanação do presidente da Anea, Miguel Faus, destaque para o trabalho de consolidação da pluma brasileira nos principais mercados, apesar do ano de incertezas por conta das eleições no Brasil. A estimativa da Anea para 2021-2022 é a exportação de 1.742 mil toneladas.
Abrapa mostra como cultivar algodão responsável
24 de Junho de 2022Conciliar eficiência produtiva, práticas sustentáveis e viabilidade econômica na cotonicultura tropical e de larga escala não só é possível como já está acontecendo no Brasil. Essa foi a mensagem emitida pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), durante sua participação na Better Cotton Conference, evento promovido em Malmö, na Suécia, pela BCI. "Apresentamos informação qualificada para atestar as práticas que já vêm sendo adotadas em nossas fazendas. O compromisso do cotonicultor brasileiro com a sustentabilidade tornou o Brasil uma referência mundial na produção de algodão responsável. E com um importante diferencial: nossa pluma é rastreada fardo a fardo", contextualiza o presidente da Abrapa, Júlio Busato. Na safra 2020/21, o Brasil produziu 42% da oferta mundial de Better Cotton, que é o algodão certificado pela BCI. Além de promotora da conferência, a BCI é uma organização sem fins lucrativos que desde 2005 fomenta práticas responsáveis na cadeia produtiva mundial do algodão. Busato participou de um painel sobre práticas disruptivas na agricultura na quarta-feira (22). Além de mostrar o investimento progressivo do Brasil nas opções biológicas de controle sanitário, o presidente aproveitou a ocasião para divulgar dados que explicam como o país se tornou o maior fornecedor mundial de algodão Better Cotton. Na quinta (23), um case brasileiro foi destaque na programação. Thiago Souza, head de Pesquisa e Desenvolvimento do grupo Scheffer, de Mato Grosso, mostrou como a empresa pretende chegar a 2030 aplicando práticas de agricultura regenerativa em 100% de sua área plantada – que hoje supera 200 mil hectares. A agricultura regenerativa consiste em um conjunto de práticas agrícolas que ampliam a biodiversidade do solo, tornando-o mais saudável e, portanto, nutritivo para as culturas. Isso é obtido incentivando a presença de inimigos naturais, o que leva o ecossistema das fazendas a se tornar mais resiliente e saudável. Plantas mais resistentes e 'fortes' demandam menos produtos químicos, e uma das muitas consequências positivas é a redução da pegada de carbono ao longo do ciclo agrícola. "Começamos há cerca de seis anos e hoje a agricultura regenerativa é utilizada em uma área de 4,04 mil hectares de algodão e soja. O experimento foi bem-sucedido e, no ano passado, nos tornamos a primeira empresa do agro brasileiro a receber a certificação internacional regenagri, da Control Union", comentou Souza. O executivo informou que na safra 2020/21 houve uma redução de 48% no uso de químicos no cultivo de algodão e de 45% na sojicultura, em comparação com o método tradicional. "Temos uma fábrica de bioinsumos com capacidade de produção de 15 mil litros por semana. Hoje, dispomos de 14 diferentes biológicos produzidos on farm" revelou Souza. Desses 14, sete são bioinseticidas, três são biofungicidas, dois bioinoculantes e dois bionematicidas. Além da aposta nos biológicos, a Scheffer realiza outras práticas regenerativas, como plantio direto em toda a área cultivada, cobertura de solo com palhada, compostagem, culturas de cobertura do solo, rotação de culturas, agricultura de precisão e a manutenção de áreas de mata nativa preservadas. O exemplo da Scheffer impressiona também pela escala. A agropecuária soma mais de 200 mil ha de algodão, soja e milho, além de pecuária, em Mato Grosso, Pará, Maranhão e Colômbia. Em 2021, o grupo produziu 105 mil toneladas de algodão, 410 mil tons de soja, 117 mil tons de milho – além de dispor de um rebanho com 20 mil cabeças de gado. "Nosso próximo passo é mapear a pegada de carbono e dar mais transparência aos resultados", afirmou o head da Scheffer. A Abrapa foi uma das apoiadoras da Better Cotton Conference por meio do Cotton Brazil (https://cottonbrazil.com/), programa de desenvolvimento de mercado internacional para o algodão brasileiro, executado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
24 de Junho de 2022- Destaque da Semana – Os temores de uma recessão global já são bem maiores que os riscos da persistência da inflação galopante. As declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, esta semana no Senado americano solidifiraram essa visão. - Algodão em NY – O contrato dez/22 fechou ontem a 102,01 U$c/lp (-13,49%). Referência para a safra 2022/23, o contrato dez/23 era cotado a 84,21 U$c/lp (-9,38%) e o Dez/24 a 80,04 U$c/lp (-9,49%) para a safra 2023/24. - Preços – Ontem (23/6) o algodão brasileiro estava cotado a 152,25 U$c/lp (-1.000 pts) para embarque em Jul-Ago/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22: 128,75 U$c/lp (-750 pts). - Baixistas 1 – O presidente do Fed defendeu o aumento de juros para conter a escalada da inflação e ainda previu turbulências dizendo que uma "soft landing" (aterrisagem tranquila) é muito difícil. - Baixistas 2 – De todas as principais commodities agrícolas e minerais, o algodão é a que mais sofre com a possibilidade de uma recessão. Nos últimos 30 dias, o contrato dez/22 caiu 19%, enquanto soja caiu 10%, milho 4,5% e petróleo Brent ficou praticamente estável. - Baixistas 3 – O consumo de algodão está muito correlacionado com a economia. Assim, em um cenário de recessão, um dos primeiros impactos que economistas preveem é a redução do consumo de algodão. Baixistas 4 – Roupas e artigos de cama, mesa, banho e móveis são considerados discricionários. As pessoas adiam a compra destes itens em tempos de aperto econômico até que a situação melhore. Empresas também adiam reformas que incluem carpetes, cortinas e móveis. - Baixistas 5 – A China divulgou nesta semana os números de importação de algodão e fios de algodão de maio/22. As compras de algodão de agosto a maio estão 43% abaixo do mesmo período do ano anterior, enquanto as de fios de algodão apresentam queda de 22%. - Baixistas 6 – Para completar a semana difícil, as previsões meteorológicas de seis a 10 dias e de oito a 14 dias indicam chances acima do normal de chuva no oeste do Texas. - Altistas 1 - A safra dos EUA, entretanto, ainda enfrenta grave seca, a pior em mais de uma década, concentrada no Texas. Altas temperaturas do verão causam preocupação em outros estados também. - Altistas 2 – A Abrapa irá divulgar hoje os números mais recentes de previsão para a safra 2021/22, que está começando a ser colhida agora. A expectativa é de redução de 5% (150 mil toneladas) em relação ao número anterior. - Better Cotton 1 - Crescimento do controle biológico, práticas responsáveis e indicadores de sustentabilidade foram destaque na fala do presidente da Abrapa, Júlio Busato, em painel na Better Cotton Conference, nesta semana. - Better Cotton 2 - A programação incluiu também o case do grupo Scheffer. Após adotar práticas de agricultura regenerativa, a empresa reduziu em 48% o uso de químicos na safra 2020/21 de algodão, em relação ao cultivo convencional. - Better Cotton 3 - O evento promovido pela BCI, certificadora do Better Cotton, ocorreu em Malmö (Suécia) e contou com apoio institucional da Abrapa, por meio do programa Cotton Brazil, em parceria com a Apex-Brasil. - Better Cotton 4 - Na safra 2020/21, o Brasil permaneceu com o posto de maior fornecedor mundial de Better Cotton, respondendo por 42% do volume total de pluma certificada pela BCI. - Agenda - Mercado global de algodão é o tema central do simpósio neste sábado (25) às 9h, com transmissão online. O evento integra a programação do Anea Dinner and Golf em parceria com Abrapa e Apex-Brasil. - Agenda 2 - Ainda dá tempo para se inscrever e participar. Basta clicar em: www.cottonbrazil.ac2live.com.br. - Colheita 2021/22 –Até ontem (23/06): BA (17,0%); GO (10,8%); MS: (10%); MT (4,0%); MG (8,0%) PR (95%); SP (87%); PI (6,0%). Total Brasil: 6,92% colhido. MA começou a colheita nesta semana. - Exportações - De acordo o Ministério da Economia, o Brasil exportou 41,3 mil tons de algodão nas três primeiras semanas de junho/22. A média diária de embarque é 28,1% inferior quando comparado com junho/21. - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com
Audiência Pública no Senado discute modernização da lei dos pesticidas
24 de Junho de 2022A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou, nesta semana, de audiência pública no Senado sobre o projeto que prevê a modernização da legislação de pesticidas no Brasil (PL 1.459/2022). A reunião foi promovida pela Comissão de Agricultura (CRA) e serviu para que representantes de entidades, membros da sociedade civil e pesquisadores apresentassem aos senadores argumentos sobre a importância do uso de defensivos agrícolas para a produção agrícola no País, com geração de emprego e renda. O consultor da Abrapa, Paulo Amaral, participou da audiência e destacou que quem é contrário ao projeto sequer leu o relatório. Ele afirma que o texto traz segurança e transparência, com o uso de análise científica e com respeito ao que é comprovadamente seguro. "A modernização do marco regulatório de pesticidas adota a ciência como base para análise dos produtos como medida para garantir proteção à saúde, ao meio ambiente e proporciona previsibilidade e transparência para assegurar a competitividade da agricultura brasileira", concluiu. Para Caio Carbonari, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ciência das Plantas Daninhas e membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), o Brasil tem sido cada vez mais eficiente em produzir, graças a uma agricultura sustentável e confiável. Segundo ele, fruto de insumos de qualidade e tecnologias que fizeram o agro brasileiro evoluir nos últimos 40 anos. "A modernização vem para o bem de qualquer setor, ainda mais quando se trata da agricultura." A reunião foi conduzida pelo presidente da CRA do Senado e membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), senador Acir Gurgacz (PDT-RO). Também estiveram presentes representantes do Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos; do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) e do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf). CRA vai elaborar novo relatório O projeto que moderniza a legislação sobre o uso de pesticidas nas lavouras brasileiras foi retirado da pauta da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), e será reavaliada. O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) anunciou a "reanálise" de seu parecer ao Projeto de Lei (PL) 1.459/2022. A decisão foi anunciada na quinta-feira (23), após mais uma audiência pública para discutir o tema e instruir o projeto. Na audiência de quinta, como na véspera, debatedores apresentaram argumentos contrários e favoráveis à proposta, que é um substitutivo da Câmara dos Deputados a um projeto de iniciativa original do então senador Blairo Maggi. Para os defensores, a proposta moderniza a legislação sem prejudicar os mecanismos de fiscalização. O diretor-técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Reginaldo Minaré, disse que os adversários do projeto querem voltar ao século 16. "Nenhum agricultor acha bacana ir à loja e falar vou comprar muito agrotóxico hoje. Esse produto é caro. Esta lei [o projeto] não flexibiliza. Ao contrário, ela deveria estar sendo desejada por todos, estabelece um sistema muito mais interessante", destacou. Entenda a tramitação: Os requerimentos de debate foram apresentados pelos senadores Acir Gurgacz (PDT-RO), relator da matéria, e Paulo Rocha (PT-PA). O texto a ser apreciado teve origem no projeto de lei do Senado (PLS) 526/1999, de autoria do ex-senador e ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do governo Michel Temer (2016-2018), Blairo Maggi. O texto retornou ao Senado, após ser aprovado na Câmara em fevereiro, onde tramitou como PL 6.299/2002.
Estudantes de moda de quatro estados e do Distrito Federal disputam a final do 2º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores
23 de Junho de 2022Oito futuros estilistas de sete instituições de ensino de quatro estados brasileiros e do Distrito Federal apresentarão suas coleções, no dia 07 de julho, em São Paulo, na final do 2º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, realizado pelo Movimento Sou de Algodão, uma iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), junto com a Casa de Criadores, maior evento de moda autoral do País. A competição, que contou com a participação de 462 trabalhos de todo Brasil, é a grande oportunidade para a descoberta de novos talentos para o mercado, e o estilista vencedor terá uma vaga no line-up oficial da Casa de Criadores, a partir da edição de novembro deste ano, além de um prêmio em dinheiro no valor de R$ 30 mil. Os três primeiros colocados também receberão produtos das tecelagens parceiras do Movimento e um programa de orientação profissional, promovido por apoiadores do concurso. Já o professor orientador do primeiro colocado receberá R$ 10 mil como bolsa orientação destinada à pesquisa sobre algodão. A 2ª edição do Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores contou com a inscrição de 249 trabalhos da região Sudeste, 97 do Sul, 61 do Nordeste, 37 do Centro-Oeste e 10 do Norte. Entre os estados, São Paulo liderou a lista com 181 trabalhos, Paraná com 45 inscritos, Minas Gerais com 35, Rio de Janeiro com 32 e Rio Grande do Sul com 29. Na edição passada, o Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores revelou nomes como Ateliê Fomenta, Assumpta, Era Brand, Rodrigo Evangelista, Dario Mittmann e Mateus Cardoso, que foi o ganhador da competição. Conheça abaixo um pouco de cada finalista: Nordeste Esron Candeia de Souza, do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) O estudante revela que pretende acender ainda mais o alerta para a necessidade da garantia aos direitos básicos e de segurança à comunidade LGBTQIA+, além de mostrar a potência criativa do Nordeste, levando para as peças a arte manual, tradição de suas raízes, com uma aplicação diferente do que se imagina do artesanato nordestino, em especial, do crochê. Gabe Sousa, da Universidade Potiguar (UnP) O finalista, que representa o Rio Grande do Sul, diz que quer apresentar algo mais ousado e vibrante, por meio das cores e das formas. “Poder mostrar a minha coleção ao público, junto à Casa de Criadores, é um sonho. Para mim, significa a afirmação de que escolhi o caminho certo ao abraçar o que amo, que tenho a possibilidade de tocar as pessoas com o meu trabalho e conquistar o meu lugar ao sol”, finaliza. Centro-Oeste Joyce Helena de Souza Campos, da Universidade Paulista (UNIP) De Goiânia, a estudante que, na verdade, é natural de Pernambuco, diz que expor o passado materializado na arte da moda, se tornou o seu sonho. “As palavras que me restam para expressar o que sinto por estar na final de um concurso como esse, serão contadas no meu desfile. Afinal, almejo ser esta porta-voz das riquezas que temos e contá-las sob meu olhar”, finaliza. Thayná Cristyne Araújo Marques, da Universidade Paulista (UNIP) Representando Brasília, ela diz que se sente realizada e grata por ser uma das finalistas do concurso. “Por meio da moda, e como pessoa autista, sinto que, com essa oportunidade, vai se tornar mais fácil falar sobre o autismo, sem tabu e com menos estigmas. Trago, com minha coleção, a proposta de pessoas autistas falarem por elas mesmas”, afirma. Sudeste Christian Sato, da faculdade Belas Artes Representando a cidade de São Paulo, esse finalista apresenta a coleção intitulada como “Binômio”, que soma a ancestralidade do Japão com o universo da tecnologia. “Algumas roupas foram construídas a partir das técnicas do Boro e Sashiko, método tradicional do País de costura e bordado feito à mão que formam um conjunto de costuras e texturas bordadas”, finaliza Sato. Guilherme Dutra, da faculdade Santa Marcelina O estudante paulista irá apresentar a coleção “ARÔ” e diz que é uma experiência muito enriquecedora enquanto profissional. “É algo que levarei na memória para o resto da minha vida. Espero que meu projeto ultrapasse as diversas barreiras sociais, homenageie e celebre a minha ancestralidade”, comemora o estudante. Sul Thays Mariane Veronez Machado, da Universidade Estadual de Londrina Representando a região Sul, essa estudante utilizou tecidos 100% algodão como base para pinturas que fez manualmente com referências históricas. “Ser finalista entre tantos talentos, sabendo que nós estamos valorizando uma fibra natural e tão maravilhosa, é uma contribuição para a moda brasileira, mas também, um grande passo na minha carreira”, comemora. Wender Neves, da Faculdade de Administração e Ciências Econômicas (Facec) A coleção do estudante do Paraná se chama “Cidade Jardim” e foi inspirada na segunda maior reserva urbana florestal do Brasil. “A regionalidade está ligada intrinsecamente no parque do cinturão verde e, durante meu processo, desenvolvi uma tela feita de aço e fibra de bambu. Com isso, tive a possibilidade de criar novas texturas com o algodão que vocês vão poder conferir em breve”, explica. Serviço Evento: Final do 2º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores Quando: 07/07/2022 Onde: Rua Venceslau Brás, 61, Sé - SP