notícias
Movimento Sou de Algodão e Agopa participam de “bate-papo” sobre a cadeia produtiva na Universidade Estadual de Goiás
30 de Setembro de 2022O presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Carlos Alberto Moresco, a gestora de Relações Institucionais do Movimento Sou de Algodão, Manami Kawaguchi e o estilista Theo Alexandre, proprietário da marca Thear e integrante do line-up do São Paulo Fashion Week, participaram, na quarta-feira (28/09), de um bate-papo com os alunos e docentes da Universidade Estadual de Goiás. O encontro inaugurou a parceria entre a faculdade de moda e a iniciativa da Abrapa, que tem como objetivo fomentar a pesquisa e a criatividade na moda, com conhecimento e experiências, tendo o algodão como tema central. O encontro teve início com a participação da gestora do Movimento Sou de Algodão explicando a importância da união dos elos que o algodão faz parte. "Representamos o início da cadeia, mas a nossa essência é a união e o fortalecimento de toda a cadeia, que vai do produtor ao varejo, passando pelas etapas da indústria têxtil, profissionais de moda, marcas dos mais diversos segmentos e, a partir deste ano, universidades. As marcas tornam a matéria-prima tangível no dia a dia das pessoas por meio de seus produtos, mas as universidades são importantes para nós, porque formam o futuro do nosso País, os criadores que vão desenhar coleções para as mais diferentes marcas e trazer novos olhares e inovação para a moda", explicou Manami. O presidente da Agopa destacou a importância da produção de algodão para a economia do Brasil, que é o quarto maior produtor do mundo e referência no cultivo com certificação socioambiental, já que 84% da última safra foi certificada pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). "Com esse programa, mostramos que nos preocupamos com a preservação do meio ambiente e com o uso controlado e adequado de defensivos aprovados. Todo o processo começa na fazenda certificada, onde a produção precisa atender a um extenso protocolo socioambiental, com mais de 180 itens distribuídos em 08 critérios como contrato de trabalho, proibição do trabalho infantil, proibição de trabalho análogo à escravidão ou em condições degradantes ou indignas, desempenho ambiental e boas práticas agrícolas", reforçou Moresco. Em relação à cultura da fibra no pilar ambiental, o presidente da Agopa explicou que, entre as melhores práticas, é adotado o regime de sequeiro em 92% da produção, quando as águas da chuva são aproveitadas e a lavoura não precisa de irrigação durante as estações secas. Outra iniciativa envolve as técnicas para redução da dependência do uso de insumos químicos como o controle biológico de pragas e a agricultura de precisão, que permitem uma maior sustentabilidade para a cotonicultura. Moresco também falou sobre o Sistema Abrapa de Identificação (SAI), em que os dados presentes no código de barras permitem saber qual fazenda produziu o algodão, a algodoeira que beneficiou a pluma, o número da certificação ABR, se tem licenciamento Better Cotton Initiative (BCI) e quais são os dados de qualidade da fibra. Tudo integrado e registrado numa etiqueta que funciona como um RG do fardo de algodão. "Para ampliarmos essa rastreabilidade para o consumidor de moda, que pede por isso, a Abrapa, por meio do Movimento Sou de Algodão, criou, em outubro de 2021, o Programa SouABR. Por meio de QR Code é possível verificar de qual fazenda saiu a matéria-prima presente na peça de roupa, a geolocalização, as certificações, a fiação, a tecelagem, a confecção e a rede varejista que participaram do processo de fabricação e de venda do produto. Tudo isso na palma da mão", explicou o presidente da Agopa. O estilista Theo Alexandre também destacou a importância da sustentabilidade e como o tema está cada vez mais presente no mundo da moda. Para ele, as marcas que não começarem a pensar sobre isso podem não durar muito tempo no mercado. A observação vai ao encontro de um levantamento do Instituto de Pesquisa Locomotiva, que aponta que 86% da população brasileira se interessa por sustentabilidade, 75% consideram que as empresas de vestuário deveriam se preocupar com o tema e tê-lo como pauta permanente e 45% acham que as marcas deveriam se posicionar sobre ele. O encontro foi finalizado pelo presidente da Agopa que comentou sobre como os produtores passaram a entender a importância da moda para o algodão. "Queremos diminuir as distâncias entre os diferentes públicos e nos comunicar com os consumidores, envolvendo os produtores de algodão e toda a cadeia têxtil. Ao mostrarmos que o algodão é o elemento que nos conecta e demonstrarmos a importância de cada agente dessa grande cadeia, unimos todos em torno de um único propósito e rompemos os limites entre cada setor para que todos possam se comunicar".
Abrapa revisa atual safra e projeta produção de 22/23
28 de Setembro de 2022A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) divulgou nesta quarta-feira (28), a revisão da colheita da safra 2021/2022. As previsões de 2,6 milhões de toneladas estimadas em junho oscilaram para baixo, ficando em 2,5 milhões. O movimento é atribuído aos problemas climáticos que atingiram as regiões produtoras de maneira diferenciada, com chuvas excessivas ou seca. A projeção inicial era de 2,8 milhões de toneladas para a safra 2021/2022. Apesar da revisão, o volume de pluma colheita 2021/2022 é maior do que as 2,36 milhões colhidas na safra passada. Os dados foram divulgados durante reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, que reuniu representantes do setor. "Infelizmente, por questões climáticas, as lavouras do País foram impactadas e a produção oscilou para baixo, mesmo assim teremos volumes para atender o mercado", ponderou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. Para a safra 2022/2023, que começou globalmente, em agosto, mas no Brasil começa a ser plantada em novembro, no entanto, os prognósticos são de produção de 3,1 milhões de toneladas, uma variação de 27% ante os atuais 2,5 milhões. As projeções levam em conta os cálculos estimados pela nove estaduais associadas à Abrapa, em setembro de 2022. A área plantada é projetada em 1,78 milhão de hectares, um crescimento de 9,3% com relação à safra 21/22 (1,63 milhão de hectare). Abit e Anea apresentam resultados parciais de 2022 e projetam o próximo período A reunião da Câmara teve a participação da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). Fernando Pimentel, presidente da Abit, apresentou informações sobre a produção têxtil no acumulado de 12 meses, que teve retração foi de 14,1%. Entre janeiro e julho deste ano, comparativamente ao mesmo período de 2021, a queda foi de 14,6%. A alta da inflação e os custos impactaram no desempenho da indústria têxtil e de confecção. Para 2023, a expectativa é de “ligeira” recuperação, com crescimento na produção de 1,9% e 0,9% em vendas internas. Representando a Anea, Marco Antônio Aluísio, apresentou as estatísticas e informações sobre a exportação da pluma brasileira em 2022 e as estimativas para 2023. Embarques de algodão para 2021/2022 fecharam em 1,72 milhão de toneladas, sendo China, Vietnã e Paquistão os principais destinos. Para o setor, os efeitos do lockdown da China seguram a demanda, outro impacto é a inflação mundial que segue elevada e a possível recessão mundial. O executivo considerou ainda a volatilidade do petróleo, que foi a 125 dólares, hoje está em 85 dólares (impactando positivamente nos sintéticos). Os fertilizantes, que ainda permanecem elevados, continuam a pesar sobre o setor, neste e ano e em 2023. A próxima reunião da Câmara está prevista para o dia 15 de dezembro.
GT discute controle biológico como ferramenta no manejo integrado de pragas do algodão brasileiro
26 de Setembro de 2022O controle biológico é uma importante ferramenta no manejo integrado de pragas (MIP) nas lavouras de algodão do País com potencial de contribuir para a sustentabilidade e competitividade do setor. O assunto foi tratado na terceira reunião do grupo de trabalho (GT), criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e pela Better Cotton Initiative (BCI) para compartilhar experiências referentes ao manejo de pragas e doenças. A reunião virtual foi nesta sexta-feira, 23. Representantes da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), do Grupo SLC Agrícola e da Seron Agro Consulting trouxeram relatos do que está em uso nas fazendas para o combate às pragas, os produtos registrados nos órgãos oficiais de controle no Brasil, os desafios e perspectivas do setor no uso dos biopesticidas. O diretor Executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, o gerente Sênior da Better Cotton, Álvaro Moreira, e o gestor de Sustentabilidade da Abrapa, Fábio Carneiro, participaram do encontro. Para o diretor Executivo da Amipa, Lício Pena, o investimento em novas tecnologias de biológicos é uma tendência que está em franco crescimento no Brasil. Hoje, a Amipa tem registros de produtos biológicos e mantém um trabalho permanente, em parceria com a Embrapa Algodão e Universidade Federal de Viçosa, na pesquisa e desenvolvimento desse tipo de tecnologia. O diretor falou sobre a implantação da Biofábrica, na sede da Amipa, em Uberlândia (MG), e detalhou como o controle biológico vem auxiliando no fortalecimento das ferramentas de manejo de pragas nos sistemas produtivos, não apenas nas lavouras de algodão, mas também no café, soja, frutas e hortaliças. Segundo ele, foi um grande desafio, que envolveu um trabalho permanente de conscientização, capacitação e treinamento da equipe envolvida, além do engajamento dos associados da Amipa que empregam em suas lavouras tecnologias biológicas disruptivas, reduzindo uso de químicos e produzindo com equilíbrio. O executivo da SLC Agrícola Doglas Broetto discorreu sobre os resultados e os desafios da empresa na produção on farm de microrganismos. Destacou que os biológicos serão complementos a outras formas de combate às pragas e doenças e que é preciso adoção de premissas preventivas em todo o processo. Infraestrutura adequada para que os resultados sejam alcançados, monitoramento, treinamento da equipe e adequações técnica e operacional são pontos que devem ser levados em conta quando o assunto é controle biológico, segundo Broetto. Edivandro Seron, da Seron Agro Consulting, consultor da Abrapa para assuntos regulatórios, apresentou o fluxograma de aprovação de novos produtos biopesticidas e o levantamento de números de produtos registrados para o controle biológico nos órgãos de controle (446). São produtos considerados de baixo impacto ambiental e à saúde que possuem ingredientes ativos microbiológicos (fungos, vírus e bactérias) e os agentes de controle macrobiológicos (microvespas e outros insetos parasitóides), autorizados para uso na agricultura de forma geral. Dados da IHS Markit, referentes ao ano passado, mostram que o mercado de produtos biológicos de controle no País cresceu a uma taxa anual de 42% (CAGR) em comparação a taxa global de 16% (CAGR). Mesmo o Brasil se posicionando atrás da Europa e Estados Unidos, com 5% do mercado global, o ritmo de crescimento consolidará um novo patamar nos próximos anos. A projeção é de que em 2030 este setor alcance R$16,9 bilhões, considerando uma taxa de crescimento acumulada CAGR de 35% até 2025 e de 25% até 2030. O diretor Executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, ressalta a importância das discussões para melhorar a competitividade do algodão brasileiro. Segundo ele, é uma oportunidade de mostrar os avanços da cotonicultura quando o tema é sustentabilidade e o controle biológico como ferramenta no combate às pragas é um avanço e realidade na produção da fibra no Brasil. Álvaro Moreira, gerente Sênior da Better Cotton, destacou a necessidade de difundir os bons resultados e conhecer melhor como se dá o desenvolvimento e a utilização do controle biológico no País. "Faz anos que identificamos que esse seria o caminho, mas ainda precisamos superar obstáculos para que a prática seja adotada", disse. As reuniões do GT são trimestrais e se estenderão até 2023, quando será publicado o Manual de Manejo Integrado de Pragas e Doenças do algodão brasileiro, atualizado. Ao todo, serão sete encontros virtuais com duração de duas horas, onde se pretende abordar temas como: variedades e resistência das pragas, uso de produtos biológicos, métodos de aplicação, registro de novos pesticidas e controle de pragas, plantas daninhas e doenças. A expectativa de Portocarrero é de que o documento atualizado sobre Manejo Integrado possa servir de subsídio aos produtores brasileiros. Saiba mais sobre o que pretende o GT: Fórum técnico capacitado, em âmbito nacional, para discutir a superação dos atuais desafios encontrados no campo; Monitoramento das principais pragas e doenças da cotonicultura brasileira; Publicação de um manual atualizado de manejo integrado de pragas e doenças do algodão brasileiro. Leia mais: GT discute controle biológico como ferramenta no manejo integrado de pragas do algodão brasileiro - Diário Agrícola | AgroPlanning Mídia: Diário Agrícola – 26/09/2022
Beneficiamento da safra 2021/22 de algodão alcança 68% da produção, diz Abrapa
26 de Setembro de 2022O beneficiamento de algodão da safra 2021/22 no Brasil alcançava até o dia 22 de setembro 68% da pluma colhida no País, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira, 23, pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). O trabalho já foi concluído nos Estados de São Paulo e Paraná. Na Bahia, chega a 79% da produção; em Goiás, a 85%; Mato Grosso do Sul, 86%, Minas Gerais, 76%; Mato Grosso, 65%; Piauí, 57%; e no Maranhão, 42%. Com relação à colheita, a retirada da pluma do campo foi finalizada em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Piauí e Paraná. Na Bahia, os trabalhos foram realizados em 99,8% da área cultivada; em Goiás, em 99,6%; Minas Gerais, 96%, e no Maranhão, em 94%, segundo a Abrapa. A média da área colhida no Brasil permaneceu em 99%, assim como apurado uma semana atrás. A associação informou também que no acumulado de setembro (três semanas), o País exportou 88,5 mil toneladas de algodão, conforme dados do Ministério da Economia. A média diária de embarque foi 20,5% superior à de setembro de 2021. Leia mais: Beneficiamento da safra 2021/22 de algodão alcança 68% da produção, diz Abrapa - ISTOÉ DINHEIRO (istoedinheiro.com.br) Mídia: Istoé Dinheiro – 23/09/2022
GT discute controle biológico como ferramenta no manejo integrado de pragas do algodão brasileiro
26 de Setembro de 2022O controle biológico é uma importante ferramenta no manejo integrado de pragas (MIP) nas lavouras de algodão do País com potencial de contribuir para a sustentabilidade e competitividade do setor. O assunto foi tratado na terceira reunião do grupo de trabalho (GT), criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e pela Better Cotton Initiative (BCI) para compartilhar experiências referentes ao manejo de pragas e doenças. A reunião virtual foi nesta sexta-feira, 23. Representantes da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), do Grupo SLC Agrícola e da Seron Agro Consulting trouxeram relatos do que está em uso nas fazendas para o combate às pragas, os produtos registrados nos órgãos oficiais de controle no Brasil, os desafios e perspectivas do setor no uso dos biopesticidas. O diretor Executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, o gerente Sênior da Better Cotton, Álvaro Moreira, e o gestor de Sustentabilidade da Abrapa, Fábio Carneiro, participaram do encontro. Para o diretor Executivo da Amipa, Lício Pena, o investimento em novas tecnologias de biológicos é uma tendência que está em franco crescimento no Brasil. Hoje, a Amipa tem registros de produtos biológicos e mantém um trabalho permanente, em parceria com a Embrapa Algodão e Universidade Federal de Viçosa, na pesquisa e desenvolvimento desse tipo de tecnologia. O diretor falou sobre a implantação da Biofábrica, na sede da Amipa, em Uberlândia (MG), e detalhou como o controle biológico vem auxiliando no fortalecimento das ferramentas de manejo de pragas nos sistemas produtivos, não apenas nas lavouras de algodão, mas também no café, soja, frutas e hortaliças. Segundo ele, foi um grande desafio, que envolveu um trabalho permanente de conscientização, capacitação e treinamento da equipe envolvida, além do engajamento dos associados da Amipa que empregam em suas lavouras tecnologias biológicas disruptivas, reduzindo uso de químicos e produzindo com equilíbrio. O executivo da SLC Agrícola Doglas Broetto discorreu sobre os resultados e os desafios da empresa na produção on farm de microrganismos. Destacou que os biológicos serão complementos a outras formas de combate às pragas e doenças e que é preciso adoção de premissas preventivas em todo o processo. Infraestrutura adequada para que os resultados sejam alcançados, monitoramento, treinamento da equipe e adequações técnica e operacional são pontos que devem ser levados em conta quando o assunto é controle biológico, segundo Broetto. Edivandro Seron, da Seron Agro Consulting, consultor da Abrapa para assuntos regulatórios, apresentou o fluxograma de aprovação de novos produtos biopesticidas e o levantamento de números de produtos registrados para o controle biológico nos órgãos de controle (446). São produtos considerados de baixo impacto ambiental e à saúde que possuem ingredientes ativos microbiológicos (fungos, vírus e bactérias) e os agentes de controle macrobiológicos (microvespas e outros insetos parasitóides), autorizados para uso na agricultura de forma geral. Dados da IHS Markit, referentes ao ano passado, mostram que o mercado de produtos biológicos de controle no País cresceu a uma taxa anual de 42% (CAGR) em comparação a taxa global de 16% (CAGR). Mesmo o Brasil se posicionando atrás da Europa e Estados Unidos, com 5% do mercado global, o ritmo de crescimento consolidará um novo patamar nos próximos anos. A projeção é de que em 2030 este setor alcance R$16,9 bilhões, considerando uma taxa de crescimento acumulada CAGR de 35% até 2025 e de 25% até 2030. O diretor Executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, ressalta a importância das discussões para melhorar a competitividade do algodão brasileiro. Segundo ele, é uma oportunidade de mostrar os avanços da cotonicultura quando o tema é sustentabilidade e o controle biológico como ferramenta no combate às pragas é um avanço e realidade na produção da fibra no Brasil. Álvaro Moreira, gerente Sênior da Better Cotton, destacou a necessidade de difundir os bons resultados e conhecer melhor como se dá o desenvolvimento e a utilização do controle biológico no País. "Faz anos que identificamos que esse seria o caminho, mas ainda precisamos superar obstáculos para que a prática seja adotada", disse. As reuniões do GT são trimestrais e se estenderão até 2023, quando será publicado o Manual de Manejo Integrado de Pragas e Doenças do algodão brasileiro, atualizado. Ao todo, serão sete encontros virtuais com duração de duas horas, onde se pretende abordar temas como: variedades e resistência das pragas, uso de produtos biológicos, métodos de aplicação, registro de novos pesticidas e controle de pragas, plantas daninhas e doenças. A expectativa de Portocarrero é de que o documento atualizado sobre Manejo Integrado possa servir de subsídio aos produtores brasileiros Saiba mais sobre o que pretende o GT: Fórum técnico capacitado, em âmbito nacional, para discutir a superação dos atuais desafios encontrados no campo; Monitoramento das principais pragas e doenças da cotonicultura brasileira; Publicação de um manual atualizado de manejo integrado de pragas e doenças do algodão brasileiro.
Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
23 de Setembro de 2022- Destaque da Semana – Mais uma semana de queda de preços com sinais cada vez mais claros de fraqueza da demanda apesar do risco de mais um problema climático na safra dos EUA. Boletim desta semana traz um resumo dos principais pontos do congresso mundial da indústria têxtil ocorrido esta semana na Suíça. - Algodão em NY – O contrato Dez/22 fechou ontem a 96,54 U$c/lp (-6,53%). Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 80,53 U$c/lp (-2,81%) e o Dez/24 a 75,28 (-1,41%) para a safra 2023/24. - Preços (22/09), o algodão brasileiro estava cotado a 118,25 U$c/lp (-650 pts) para embarque em Nov-Dez/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). - Baixistas 1 – O Federal Reserve (FED) elevou a taxa de juros americana em 0,75 ponto percentual (p.p) na quarta (21). É a terceira vez consecutiva que o FED eleva a taxa, levando o juro para entre 3% e 3,25%, o maior desde 2008. - Baixistas 2 – A alta dos juros americanos já era esperada, o que chamou a atenção foi o discurso do FED afirmando que deve continuar aumentando a taxa até que inflação chegue a 2% - atualmente está em 8,3% ao ano. - Baixistas 3 – O dólar norte-americano está no patamar mais alto dos últimos 20 anos em relação a uma cesta de moedas, o que pressiona as commodities. - Baixistas 4 – Gerou temor entre analistas a notícia de que a GAP, uma das maiores marcas de confecção do mundo, está demitindo 500 funcionários corporativos. Entre os motivos: quedas nas vendas. - Altistas 1 – Meteorologistas americanos alertaram nesta semana que um sistema tropical pode se transformar em um furacão no Golfo do México na próxima semana e atingir lavouras na região do Sudeste dos EUA, podendo trazer mais um problema para um ano dificílimo para os produtores dos EUA. - Altistas 2 – A situação no Paquistão continua grave em consequência das enchentes. As estimavas de produção local giram em torno de 950 mil toneladas, enquanto o número oficial do USDA ainda está em 1,2 milhão. - Congresso ITMF 1 - Entre os participantes do congresso anual da Federação Internacional de Fabricantes Têxteis (ITMF) esta semana em Davos, na Suíça, o clima era de preocupação com o momento de mercado no curto e médio prazos. - Congresso ITMF 2 - No curto prazo, pela fraqueza da demanda, alta da energia, guerra e temores de recessão. As expectativas são que as condições melhorarão somente a partir da metade do próximo ano. - Congresso ITMF 3 - No médio e longo prazos, preocupam as demandas crescentes por tecidos reciclados, a pressão pelo levantamento de emissões de gases de efeito estufa em cada elo da cadeia, certificações socioambientais em todos os níveis e as exigências de recolhimento de roupas usadas pelos varejistas. Muitas ideias e demandas, mas poucas respostas ainda. - Congresso ITMF 4 - A União Europeia, maior consumidor de produtos têxteis acabados do mundo, recentemente aprovou uma legislação criando a obrigatoriedade do "passaporte digital" até 2030 para cada peça de vestuário comercializada na região contendo dados detalhados dos impactos ambientais e climáticos. Empresários de vários países em desenvolvimento manifestaram suas preocupações com o excesso de regulamentação imposto pelos Europeus. - Congresso ITMF 5 - O programa ABR teve um destaque especial no evento. Em um painel dedicado ao algodão, a Abrapa apresentou o case do ABR no Brasil, destacando sua história, motivadores e os diferenciais do programa tanto para o ambiente, sociedade e produtores. O programa é hoje o maior programa de certificação de algodão do mundo e continua crescendo no Brasil. - Congresso ITMF 6 - Mesmo respondendo por 11% da produção global de algodão, o Brasil representa 37% de todo algodão certificado do mundo. O resultado é uma agricultura com alta produtividade, menor pegada de carbono por tonelada de algodão, maior preservação e produtores e funcionários satisfeitos e realizados. - Congresso ITMF 7 - Os presentes na conferência também conheceram como cada fardo de algodão do Brasil pode ser rastreado à sua origem. Ao fim da apresentação, o case de rastreabilidade da fazenda à peça de vestuário final, SouAbr, foi apresentado. - Congresso ITMF 8 - A liderança do Brasil em algodão socio-ambientalmente certificado é incontestável, principalmente quando apresentamos dados demonstrando nosso desempenho. Entretanto, os demais países produtores de algodão não são nossos únicos concorrentes. - Congresso ITMF 9 - A grande maioria das apresentações no congresso do ITMF foi relativo a tecnologias de reciclagem de fibras, novas fibras celulósicas, bio plásticos, etc, mostrando que a pressão por inovação nas demais fibras é alta e precisamos continuar avançando em sustentabilidade e qualidade para manter e conquistar mercados. - EUA - Já chega a 11% a área total de algodão colhida nos EUA, segundo informações do USDA. - China 1 - Assim como a Europa, a China teve o verão mais quente desde 1961, quando começaram os registros meteorológicos. - China 2 - O governo chinês tem imposto racionamento de energia devido ao clima seco e quente e este é mais um problema que tem afetado o consumo de algodão no país. - China 3 - A colheita em Xinjiang segue avançando, mas em ritmo mais lento devido às grandes restrições devido à Covid-19 no país e lockdowns na província. - Agenda - Na quarta-feira (28), a Abrapa participa da reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, em Brasília (DF), quando apresentará dados atualizados de safra e projeções. - Exportações - De acordo com dados do Ministério da Economia, o Brasil exportou 88,5 mil tons de algodão nas três primeiras semanas de setembro/22. A média diária de embarque é 20,5% superior quando comparado com setembro/21. - Colheita 2021/22 - Até ontem (22/09): BA (99,8%); GO (99,6%); MS: (100%); MT (100%); MG (96%); SP (100%); PI (100%); MA (94%); PR (100%). Total Brasil: 99% colhido. - Beneficiamento 2021/22 - Até ontem (22/09): BA (79%); GO (85%); MA (42%) MS (86%); MT (65%); MG (76%); SP (100%); PI (57%); PR (100%). Total Brasil: 68% beneficiado. - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com
Produção brasileira de algodão responsável impressiona players da indústria têxtil e de fiação, no congresso da ITMF, em Davos
22 de Setembro de 2022A busca por uma produção responsável da pluma se mostra cada vez mais atual e atende a algumas das mais prementes demandas do mercado global, no que tange à geração de resíduos e à sustentabilidade. Atenta a essa mudança, a cotonicultura brasileira em pouco menos de duas décadas se transformou. Para mostrar a evolução, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) detalhou aos congressistas que participaram da Conferência Anual da International Textil e Manufacturers Federation (ITMF), o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), protocolo brasileiro de certificação socioambiental, durante a plenária sobre a fibra, que reuniu especialistas, players da indústria de fiação e têxtil, trade e produtores, nesta semana, em Davos (Suíça). A implantação do programa ABR que avalia o cumprimento das leis brasileiras na área de meio ambiente e trabalhista, como as boas práticas agrícolas e uso racional de insumos pelas fazendas participantes, impressionou o público pela riqueza de detalhes e pelo conceito de melhoria continuada nos processos. Segundo o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, que palestrou no evento, o ABR estimula, na prática, a eficiência na produção, o investimento em qualidade da fibra e rastreabilidade da pluma cultivada no País. Duarte mostrou como a adoção do programa ABR fez com que o Brasil se destacasse na produção responsável em larga escala. "O ABR é um componente fundamental da trajetória de sucesso da produção brasileira de algodão. Em menos de duas décadas, 84% da safra brasileira é certificada pelo protocolo ABR", ressaltou. Isso significa que a fibra do País é produzida com responsabilidade, baseada nos pilares social, ambiental e econômico. O painel sobre o algodão, no qual a Abrapa participou, contou ainda com a presença de Stephanie Silber, da Bremen Cotton Exchange (Alemanha), que falou sobre "O mundo atual do algodão", e de Marc Lewkowitz, da Supima (Estados Unidos), cujo tema foi "Reconstruindo valor através da autenticidade". A conferência deste ano, teve como tema "Mudanças Climáticas e uma Cadeia de Valor Têxtil Global Sustentável". O intuito foi chamar a atenção para os desafios de curto e médio prazo a serem vencidos pelo setor. Para o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, participar da ITMF foi uma oportunidade da cotonicultura brasileira discorrer sobre como se dá a produção de algodão, com ênfase no cultivo responsável. "Fomos o único País produtor de algodão presente no evento, que reuniu as indústrias têxteis, de fiação e grandes marcas em operação ao redor do mundo", destacou, acrescentando que o objetivo de informar o mercado sobre como e em que condições se dá a produção da pluma no Brasil foi alcançada. O evento, na Suíça, se realizou entre 18 e 20 de setembro. Leia mais: Noticias - BBMNET Produção brasileira de algodão responsável impressiona players da indústria... - Notícias Agrícolas (noticiasagricolas.com.br) Mídia: Bolsa Brasileira de Mercadorias – 21/09/2022 Notícias Agrícolas – 21/09/2022
Produção brasileira de algodão responsável impressiona players da indústria têxtil e de fiação, no congresso da ITMF, em Davos
21 de Setembro de 2022A busca por uma produção responsável da pluma se mostra cada vez mais atual e atende a algumas das mais prementes demandas do mercado global, no que tange à geração de resíduos e à sustentabilidade. Atenta a essa mudança, a cotonicultura brasileira em pouco menos de duas décadas se transformou. Para mostrar a evolução, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) detalhou aos congressistas que participaram da Conferência Anual da International Textil e Manufacturers Federation (ITMF), o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), protocolo brasileiro de certificação socioambiental, durante a plenária sobre a fibra, que reuniu especialistas, players da indústria de fiação e têxtil, trade e produtores, nesta semana, em Davos (Suíça). A implantação do programa ABR que avalia o cumprimento das leis brasileiras na área de meio ambiente e trabalhista, como as boas práticas agrícolas e uso racional de insumos pelas fazendas participantes, impressionou o público pela riqueza de detalhes e pelo conceito de melhoria continuada nos processos. Segundo o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, que palestrou no evento, o ABR estimula, na prática, a eficiência na produção, o investimento em qualidade da fibra e rastreabilidade da pluma cultivada no País. Duarte mostrou como a adoção do programa ABR fez com que o Brasil se destacasse na produção responsável em larga escala. "O ABR é um componente fundamental da trajetória de sucesso da produção brasileira de algodão. Em menos de duas décadas, 84% da safra brasileira é certificada pelo protocolo ABR", ressaltou. Isso significa que a fibra do País é produzida com responsabilidade, baseada nos pilares social, ambiental e econômico. O painel sobre o algodão, no qual a Abrapa participou, contou ainda com a presença de Stephanie Silber, da Bremen Cotton Exchange (Alemanha), que falou sobre "O mundo atual do algodão", e de Marc Lewkowitz, da Supima (Estados Unidos), cujo tema foi "Reconstruindo valor através da autenticidade". A conferência deste ano, teve como tema "Mudanças Climáticas e uma Cadeia de Valor Têxtil Global Sustentável". O intuito foi chamar a atenção para os desafios de curto e médio prazo a serem vencidos pelo setor. Para o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, participar da ITMF foi uma oportunidade da cotonicultura brasileira discorrer sobre como se dá a produção de algodão, com ênfase no cultivo responsável. "Fomos o único País produtor de algodão presente no evento, que reuniu as indústrias têxteis, de fiação e grandes marcas em operação ao redor do mundo", destacou, acrescentando que o objetivo de informar o mercado sobre como e em que condições se dá a produção da pluma no Brasil foi alcançada. O evento, na Suíça, se realizou entre 18 e 20 de setembro.